“Os versos são numerados e em ordem alfabética, isso me trouxe uma sensação de paz, organização literária e muito aconchego.”
Antes de qualquer crítica, gostaria de elogiar, acima de tudo, a inteligência e a bondade da escritora Rozz Messias, a querida Rozemar que, de forma natural e muito solícita, quis enviar a sua obra poética para resenha, sem pedir nada além da minha palavra, palavra que encantou alguns autores e, de fato, este prêmio é maior do que qualquer medalha, diploma, troféu ou bem material. Dinheiro algum compra a oportunidade de dizer, aqui neste Jornal, tudo o que essa autora disse, a poetisa – ou poeta – que eu tanto tinha curiosidade em conhecer.
Como vocês observam na foto, o livro tem uma diagramação simples, contudo, é um simples que chama a atenção pelos detalhes. Sou muito crítica com artes de capa, e apesar de ser minimalista, tal arte é de muito requinte e bom gosto, assim como a poesia pede e sempre pediu. Por mais que a poesia traga críticas sociais, a sonoridade poética também é muito refinada, e o livro da Messias faz jus à tradição.
Logo na abertura, os leitores são presenteados com uma frase de Manoel de Barros sobre poesia, mostrando o possível valor literário que Rozz nos proporcionará. O que mais deveríamos esperar? Certamente, é hora de buscar um café – ou chá – para degustar as páginas, mentalmente e fisicamente, de forma surpreendente. Sim, não preciso nem continuar para afirmar que o resultado é positivo. O livro já se mostra magnífico antes do início!
O prefácio é curto e não há assinatura, logo, suponho que foi a Messias que escreveu, e quando é assim, prefiro chamar de prólogo. Ignorando isto, a dedicatória é maravilhosa, bem curta, e diz assim:
“Aos poetas brasileiros, que veem beleza em cada fato, rimando alegrias e transformando tristeza em melodia…”
Os versos são numerados e em ordem alfabética, isso me trouxe uma sensação de paz, organização literária e muito aconchego. Eles retratam a dor do amor – ou de amar – na visão de homens e mulheres, e tal distinção fica clara quando percebemos os artigos diferentes nos poemas.
Por mais que a obra tenha uma poesia muito bela, os poemas originais foram os que mais me chamaram a atenção. Uma peculiaridade incrível da Rozz é criar versos duplamente rimados – e eu já explico melhor sobre isso – mas adianto que é surpreendente, e não me recordo de outro livro assim. Modéstia à parte, já li muito sobre poesia e poemas, e nunca vi algo igual.
Gostaria de apresentar alguns versos de “Humana”, aquela poesia que nos enche de tranquilidade, pois sua intensidade nos comove, nos move e nos mostra que não estamos a sós.
“(…)
Não há mais rancor
Não vejo flor
Nem desamor
Tudo raso, superficial
Amoral, sempre igual
Hoje estou rasa
Sou apenas humana!”
Sobre a originalidade de Rozemar, quando lemos o poema Grupos, nós nos deparamos com “versos g”, exatamente! Somente palavras com a letra g, e o contexto é impecável! Além da crítica, claro, muito pertinente em qualquer época.
“(…)
Gringos, galegas, geeks
Gostosões, guapos, gloriosos
Grupos globalizados.”
Rozz é poetisa desde a adolescência, participa de 35 Antologias de contos e poemas, foi premiada duas vezes no Concurso Literário de Colombo e faz parte das Academias Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil (ACILBRAS) e Academia Independente de Letras (AIL).
Minha Confreira na ACILBRAS, é com muita honra que apresento seu trabalho poético, e se me permitem, leitores, não direi mais nada, pois prefiro deixar que a leitura de POETIZANDO os guiem. Garanto que a ressaca literária, como dizem por aí nas redes sociais joviais, será fatal.
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024