celso lungaretti
Os saudosos da santa inquisição e os patrulheiros cricris são apenas duas faces da mesma moeda: a vil censura!
Ele aborda duas mazelas brasileiras. Uma é o que ele chamou de literalismo, provavelmente acreditando que a avalanche de processos movidos em todo o país pelos zumbis que obedecem cegamente aos pastores fé mercantilizada se devesse a uma indignação autêntica com este gracejo do escritor J. P. Cuenca, parafraseando Jean Meslier:
“O brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal“.
Além dos superlativos méritos intelectuais, Monteiro Lobato tem de ser respeitado pela firmeza com que enfrentou a ditadura varguista na vida real, sendo perseguido como escritor e preso como cidadão por haver honrado suas convicções.
Então, fui dos primeiros a posicionar-me contra essa nova forma de censura e patrulhamento ideológico. E, sem falsa modéstia, nos muitos artigos que escrevi contra tais caçadores de bruxas (eis aquele em relatei o final vitorioso da batalha, embora os derrotados se comportassem exatamente como o Trump faz agora, insistindo em não reconhecer o óbvio ululante), creio ter :
— cunhado a expressão que melhor os qualifica (patrulheiros cricris); e
— lançado o argumento mais irrespondível de toda essa polêmica, qual seja o de que temos é de mudar o mundo, e não a forma como nos referimos às coisas do mundo.
Pois o segundo caminho é bem mais fácil e menos arriscado, mas não resolve absolutamente nada, só servindo para dar a pusilânimes a ilusão de que estão sendo inconformistas. Pobres ratos que rugem, como são patéticos! (por Celso lungaretti)
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024