A Batalha Invisível
Um ser de microscópicas dimensões
Tem atacado todas as civilizações;
Independentemente do grau de desenvolvimento
Permeia os ambientes a qualquer momento.
Organismo insignificante e rudimentar
Depende de outros seres para sobreviver;
Melifluamente invade a composição celular
E se multiplica até o hospedeiro morrer.
O ar é seu veículo de transmissão
E sempre acolhe quem lhe dê a mão;
Nas pessoas viaja pelo mundo afora
E delas não quer sair nem ir embora.
Travamos uma guerra silenciosa
Contra um inimigo mortal e invisível,
Fez-nos sentir o quanto a vida é sensível
E nossa recuperação mais dificultosa.
Foram decretadas várias quarentenas
Que tem durado dias às dezenas;
Visam atingir o isolamento total
E impedir o contágio desse vírus mortal
Ao redor do mundo esvaziaram cidades inteiras;
Seus habitantes se recolheram às suas moradas,
Fecharam portas e janelas, e abriram as torneiras
Para higienizarem as mãos então contaminadas.
A falta de trabalho e de renda causou fome;
Para que a vida se nutra do que cada um come,
A muitos é preciso sair para auferir renda
E desafiar a letalidade do vírus nesta contenda.
Vencer o vírus que paira no ar é uma guerra silenciosa,
A ser combatida com alguma vacina poderosa;
Esperamos o sucesso das pesquisas pela ciência
Enquanto confinados a aguardamos com paciência.
Marcelo Augusto Paiva Pereira
secondo.appendino@gmail.com
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Natural de São Paulo (SP), Marcelo Augusto Paiva Pereira é arquiteto e urbanista