CMOS comemora o Dia do Trabalhador com Exposição Virtual
A exposição pretende ser interativa e permanente, recebendo constantemente a colaboração de textos e imagens que farão parte automaticamente do acervo online do Centro de Memória Operária
O Centro de Memória Operária de Sorocaba (CMOS) inaugurará no próximo dia 1º de Maio o seu site oficial com a Exposição “Sorocaba de Lutas”, abordando diversos temas ligados a mobilizações sociais na cidade de Sorocaba. A exposição foi idealizada pelo historiador Carlos Carvalho Cavalheiro, em fins de 2019, e contou com apoio de entidades como a Apeoesp Sorocaba e CUT Sorocaba, além dos mandatos das vereadoras Fernanda Garcia (PSOL) e Iara Bernardi (PT).
“Por ser uma cidade que conta com séculos de existência, Sorocaba foi palco de diversas mobilizações que representam, de fato, as tensões sociais que permeiam a nossa História. Porém, nem sempre temos a oportunidade de vislumbrar essas diversas lutas como num painel”, opina o historiador.
A exposição pretende ser interativa e permanente, recebendo constantemente a colaboração de textos e imagens que farão parte automaticamente do acervo online do Centro de Memória Operária. Neste primeiro momento serão abordados os temas: “A luta pela abolição da escravidão em Sorocaba”, “A luta antifascista em Sorocaba na década de 1930”, “A luta das mulheres operárias”, “A luta pela jornada de oito horas e o Dia Primeiro de Maio em Sorocaba” e “O sindicalismo da década de 1980 em Sorocaba”. Para tanto, foram elaborados pequenos textos e seleção de imagens a partir de pesquisas realizadas por Fernanda Ikedo, Flávia Aguilera e Carlos Carvalho Cavalheiro.
“A pretensão era criar uma exposição itinerante e presencial. Em fevereiro de 2020 reunimos um grupo de pessoas interessadas no projeto, mas a pandemia modificou os planos. Em 2021, a vereadora Fernanda Garcia propôs a retomada do projeto. Pensamos, então, numa exposição virtual capaz de atender as demandas atuais das restrições impostas pela pandemia”, informou Flávia Aguilera, do CMOS.
O Centro de Memória Operária de Sorocaba pretende realizar exposições temáticas ao longo do ano, sendo que a intitulada “Sorocaba de Lutas” ficará permanente, crescendo de acordo com as contribuições de pessoas e entidades interessadas.
A organização da exposição é do próprio Centro de Memória Operária de Sorocaba, com apoio dos mandatos das vereadoras Fernanda Garcia e Iara Bernardi. O desenvolvimento do site foi realizado por Igor Tanaka.
O Centro de Memória Operária de Sorocaba foi idealizado por Carlos Carvalho Cavalheiro. Em 20 de junho de 1998 o historiador lançou um folheto intitulado “A Greve de 1917 e as eleições municipais de 1947 em Sorocaba”, cujo objetivo era “o de instigar e alertar a sociedade como um todo para a importância da criação de um Centro de Estudos do Operariado de Sorocaba”. Apesar de ter enviado a proposta a sindicatos, ao Poder Público, e entidades diversas, o projeto não recebeu respaldo.
Em 26 de agosto de 2016, a artista plástica Flávia Aguilera, tomando conhecimento desse antigo projeto, resolveu retomá-lo com o nome de Centro de Memória Operária de Sorocaba, estabelecendo inicialmente a parceria com Carlos Cavalheiro. Flávia Aguilera havia realizado trabalhos voltados para a recuperação da memória dos trabalhadores de Sorocaba, como a intervenção urbana com colagens de “lambe-lambes” de desenhos feitos por ela a partir de fotografias do século XIX e início do século XX. Essas imagens foram coladas em lugares que representavam a memória dos trabalhadores, como nas imediações da antiga vila operária da Fábrica Santo Antônio.
Desde então, o Centro de Memória Operária de Sorocaba tem realizado exposições e divulgação do acervo digital que está formando. Interessados em entrar em contato com o Centro poderão fazê-lo a partir do e-mail: sorocabadeluta@gmail.com
Natural de São Paulo (SP, atualmente reside em Sorocaba. É professor de História da rede pública municipal de Porto Feliz (SP). Licenciado em História e em Pedagogia, Bacharel em Teologia e Mestre em Educação (UFSCar, campus Sorocaba). Historiador, escritor, poeta, documentarista e pesquisador de cultura popular paulista. Autor de mais de duas dezenas de livros, dentre os quais se destacam: 'Folclore em Sorocaba', 'Salvadora!', 'Scenas da Escravidão, 'Memória Operária', 'André no Céu', 'Entre o Sereno e os Teares' e 'Vadios e Imorais'. Em fevereiro de 2019, recebeu as seguintes honrarias: Título de Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça e Medalha Notório Saber Cultural, outorgados pela FEBACLA - Federação dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes e o Título Defensor Perpétuo do Patrimônio e da Memória de Sorocaba, outorgado pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos. É idealizador e organizador da FLAUS - Feira do Livro dos Autores Sorocabanos
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Natural de São Paulo (SP, atualmente reside em Sorocaba. É professor de História da rede pública municipal de Porto Feliz (SP). Licenciado em História e em Pedagogia, Bacharel em Teologia e Mestre em Educação (UFSCar, campus Sorocaba). Historiador, escritor, poeta, documentarista e pesquisador de cultura popular paulista. Autor de mais de duas dezenas de livros, dentre os quais se destacam: ‘Folclore em Sorocaba’, ‘Salvadora!’, ‘Scenas da Escravidão, ‘Memória Operária’, ‘André no Céu’, ‘Entre o Sereno e os Teares’ e ‘Vadios e Imorais’. Em fevereiro de 2019, recebeu as seguintes honrarias: Título de Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça e Medalha Notório Saber Cultural, outorgados pela FEBACLA – Federação dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes e o Título Defensor Perpétuo do Patrimônio e da Memória de Sorocaba, outorgado pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos. É idealizador e organizador da FLAUS – Feira do Livro dos Autores Sorocabanos