Esvoaçam com asas tão belas;
nas flores pousam, majestosas.
Adornam árvores e janelas;
bem vestidas, chiques senhoras.
Hoje são livres, mas foi um processo;
muito rastejaram no asfalto quente.
Creram o casulo ser um retrocesso;
se enganaram; metamorfose latente.
Quão admirados todos ficaram
ao ver aquele ser repugnante
sair de onde estava, enclausurado,
transmutado em um inseto fascinante.
Airosas, bailam emancipadas,
desfilam as cores da superação.
Ainda que frágeis e delicadas,
transpiram o odor da libertação.
Quisera eu ter coragem,
de oferecer o meu braço,
e servir-me de hospedagem,
em suas horas de cansaço.
Claudia Lundgren
tiaclaudia05@hotmail.com
Últimos posts por Claudia Lundgren (exibir todos)
- Florão da América - 18 de maio de 2024
- Eliana Hoenhe Pereira: 'No silêncio da rua' - 16 de maio de 2023
- Márcia Nàscimento: 'O cérebro e sua interação com o sistema mental' - 25 de abril de 2023