novembro 25, 2024
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6ª Noite Lítero-Musical atingiu o seu objetivo: congraçamento cultural

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Tudo correu conforme planejado

 

A realização na noite de ontem, sábado, dia 10, atingiu plenamente seus objetivos, segundo o presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga, o jornalista Helio Rubens de Arruda e Miranda.

Cerca de 50 artistas e amantes da cultura participaram do jantar cultural, inclusive um grupo de Sorocaba que foi a Itapetininga especialmente para o evento, que já em sua sexta edição e que objetiva abrir um espaço para que artistas, amadores e/ou profissionais, possam mostrar seus dotes artísticos.

O sarau teve início com uma saudação a um dos mais ativos participantes dos outros eventos, o poeta gaúcho Glauco Delia Branco, que mora em Sorocaba e que compareceu às cinco edições anteriores da Noite Lítero-Musical. Sua memória foi lembrada e emocionou a muitos, principalmente aos que não sabiam de sua morte. O público respeitosamente atendeu a solicitação de silêncio.

Em seguida declamou um poema o poeta sorocabano Dado Carvalho, seguido de uma fala especial sobe Mediação pela advogada itapetiningana que mora em Sorocaba, Adriana Rocha.

O primeiro  número musical ficou a cargo do médico Helio Fontes que, acompanhado ao violão e em canto pelo professor Lucio Vieira de Moraes, animaram os presentes tocando violão, gaita, clarinete e até whasboard.

Uma homenagem especial foi solicitada pelo apresentador Helio Rubens, ao diretor de Eventos do IHGGI, o empresário Giovani Ferrari, responsável pela organização do evento, que recebeu muitas palmas pelo brilho da reunião. Da mesma forma foi citada e aplaudida a advogada e artesã especializada em scrapbook Ana Elisa Bloes Meirelles de Arruda e Miranda, responsável pela decoração do ambiente, que contou com bandeiras brasileiras, flores nas mesas e enfeites verde-amarelo nas paredes, material esse coerente com o tema do encontro: a Independência do Brasil.

O escritor, poeta e cronista sorocabano, membro da Academia Votorantinense de Letras, Sergio Diniz da Costa, deu continuidade ao espaço cultura, declamando uma bela poesia escrita por ele especialmente para o evento, cujo texto segue abaixo para deleite dos leitores do ROL, com sugestivo título ‘Independência, mas não morte!’. Logo após voltou ao palco o poeta  Dado Carvalho, que falou sobre seu novo livro, recentemente lançado em Sorocaba.

O médico David Salem apresentou-se a seguirm fazendo  um erudito e interessantíssimo relato sobre os episódios que ocorreram envolvendo D. Pedro I antes do famoso grito ‘Independência ou Morte’ pronunciado por ele dia 7 de setembro de 1822.

A professora Diva Rosa de Brito deu continuidade ao ágape declamando duas poesias de sua autoria.

O encerramento da parte artística da 6ª Noite Lítero Musical foi feito brilhantemente pelo escritor angatubense que mora em Sorocaba Elcio Mário Pinto, que cativou os presentes com sua fala mansa, tranquila e irradiante de cultura.

Após foi servido o jantar, cujo prato principal foram os tradicionalíssimos espetos  da Churrascaria Saci.

 

Eis a poesia declamada com ênfase e muito entusiasmo pelo escritor sorocabano Sergio Diniz da Costa, também colunista do nosso jornal ROL – Região On Line:

INDEPENDÊNCIA, MAS NÃO MORTE!

22 de abril de 1500.

‘Terra à vista!’ Ao longe, o Monte Pascoal

E a prazo, de Portugal, o jugo fatal!

‘É tempo: independência ou morte!

Estamos separados de Portugal!’

Ali, às margens do Ipiranga,

Estava lançada a sorte!

Do grito sacral

Brandindo o afiado metal,

O jugo chegara ao final.

O Brasil, de Cabral e de Pedros

Continuou seguindo, em enredos.

A Coroa Portuguesa é história

Mas, outros tempos vieram

E, no Brasil, na longa trajetória,

Aqui brotaram alguns homens,

Com interesses próprios, a escória.

O Brasil libertou-se de Portugal

Mas homens vis, de mandato banal

Lutam entre si por outra coroa

E a ética, na política, esboroa.

Independência ou morte?

Sem norte e nem suporte

Seguimos, com tal sorte.

Brasil, Brasil, do meu 22 de abril

Expurga os filhos ímpios do covil

Redescobre-te, ainda febril,

Mas gentil, varonil.

Porque és a pátria amada, idolatrada!

Salve! Salve! Brasil!

 

Helio Rubens
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