novembro 22, 2024
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Sonia Moreira: 'Respeitável público! Vamos nos indignar?'

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Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com – Respeitável público! Vamos nos indignar?

Sonia Moreira
Sonia Moreira

Quem já foi criança algum dia foi a um circo tem essa frase na cabeça, hoje sobraram pouquíssimos, os minguados encerados ainda existentes com certeza usam essa mesma frase, o circo tem uma história longa, desde A.C na Roma antiga, lá existiram de puro divertimento até crueldades absurdas, tudo para divertir ou distrair a plebe, e assim desviar sua atenção para os desmandos dos governantes, no caso os imperadores.

Na verdade estou fazendo esse rodeio todo para chegar ao circo montado em nosso país nos dias atuais, e pra que vocês percebam quão alienados estão à maioria das pessoas. Vejam um detalhe da história que ninguém lembrou.  Meses atrás alguns meios de comunicação destacaram em suas manchetes, que nunca houve um senador da república preso, ora vejam! Houve sim! Em 1963, um ilustre senador da república assassinou um parlamentar dentro do congresso, bem ali no meio do picadeiro, é isso mesmo picadeiro, pois o nosso senado e o congresso estão parecendo um circo, e vem de longe, pois o nobre colega a que me refiro é pai de um atual senador que também foi presidente e sofreu impeachment, olha parece maldição! Conta à história que o mesmo foi inocentado do assassinato, ficou poucos dias preso, e saiu da cadeia sem perder o mandato, não é mesmo um espetáculo de circo dos horrores? Dizem as más línguas que sua excelência tinha um revolver com cabo de madrepérola, nossa que meigo! O ilustre cidadão recusou-se a separar-se dele, mantendo-o em sua cintura o tempo todo, isto consta nos anais de nossa breve história.  O que me deixa indignada é que na época da eleição do belo rebento seu filho, nenhum meio de comunicação informou ao público a história de sua nobre linhagem, e ele foi eleito com glórias, só que entrou pela porta da frente e depois saiu pela porta dos fundos, e com uma pose digno de um premio do Oscar.

Digamos que se por um minuto apenas, os nobres eleitores, antes de dar emprego a essas pessoas, buscasse ler, se informar de suas árvores genealógicas, olha quantos dissabores poderíamos evitar. Você me dirá que não podemos culpar o filho pelos erros dos pais, obvio que não, como acredito que berço é tudo, tenho lá minhas dúvidas, porém, se associarmos de uma maneira assim, digo bem simplória, como dizia meu avô! “Um pé de limão jamais nascerá laranja lima” entendeu?

Parece-me que virou moda à visão de nossos nobres políticos saindo dos circos palacianos direto para a carceragem, e olhar os distintos senhores com ar de injustiçados é um espetáculo digno de uma arena romana, o circo da antiguidade, só que lá eram de fato injustiçados mesmo, acabavam por alimentar leões famintos, aqui os famintos que somos nós é que os alimentamos. É um circo dos horrores, só que às avessas. Os injustiçados somos nós, povo sofrido, morrendo em portas de hospitais públicos, por falta de dinheiro, e eles  usando para comprar roupas de grifes e hospedagens em belos hotéis.Chamem os leões!

Espetáculos de circo de horrores, diariamente estampados nos jornais mundiais, devem pensar que aqui, somos todos alienados, não temos sangue correndo em nossas veias, deve ser essa a impressão, pois em qualquer outro lugar do mundo, a coisa já teria tomado outro rumo.

Gente! Isso é urgente o que precisamos nesse país é ler, estudar, aprofundar nossos conhecimentos de história do Brasil, buscar conhecimento, quem sabe podemos melhorar nossas escolhas, “Um país se faz com homens e livros” já dizia Monteiro Lobato, sem estudo não se chega a lugar algum, votar sem saber a origem da estirpe de quem estamos colocando a nosso serviço, é burrice, eleger pelo simples fato de dizer-se vindo do povo, que não estudou por falta de oportunidade!  “Quem sabe faz a hora” disse Geraldo Vandré em sua música. Falta de oportunidade! Isso é balela, conversa pra boi dormir, e tal pai, tal filho, não tem como ser diferente somente em raríssimas exceções não seguimos as pegadas de nossos antepassados. Bom se ficarmos aqui exemplificando as linhagens de nossos políticos, esta minha crônica terá que ter inúmeras páginas, portanto, respeitável publico , busquemos nos informar, ler história, conhecer melhor a origem dos eleitos, daqui uns anos isso tudo serão fatos históricos de nosso país, encadernados nos livros de escola, claro o que interessa ser passado. Tomara as futuras gerações não elejam os netos, bisnetos e tataranetos desses nobres senhores parlamentares, que não se esqueçam de buscar suas origens antes de lhes presentear com uma procuração com amplos poderes para nós representar. Como todo circo a atração principal é o palhaço, que no caso específico somos nós, digamos o refrão! Hoje tem marmelada? Tem sim senhor! E o palhaço quem é? Somos nós todos, brasileiros trabalhadores e os verdadeiros donos do circão aqui. E se esqueçam, a conta será paga por nós como sempre.

Respeitável público! Vamos nos indignar e sair da indiferença?

 

Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com

Helio Rubens
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