Conselho de Defesa do Patrimônio de Porto Feliz se reune
(por Carlos Cavalheiro)
Uma reunião ocorrida no dia 23 de novembro, quarta-feira, entre moradores da Fazenda Capoava, representantes da ONG “Caminho das Águas”, membros do Conselho de Defesa do Patrimônio de Porto Feliz, representante da empresa Radar (André Del Gaudio), o fotógrafo Flávio Torres e o vereador Maquinhos Magnum marcou o primeiro passo para a possibilidade de realização de um trabalho inovador na cidade de Porto Feliz.
Na oportunidade, foi oficializado o comodato de alguns imóveis da fazenda em prol da ONG “Caminho das Águas”, para que esta possa realizar um trabalho de conhecimento da realidade do lugar, de abertura de diálogo e contato com os moradores, a fim de, num momento posterior, introduzir projetos visando a implantação de tecnologias sustentáveis, de permacultura e aproveitamento dos recursos de forma equilibrada.
A maior apreensão dos moradores do local se deu por conta do destino das casas que hoje habitam. Na fala de representantes da ONG, da Empresa Radar e de membros do Conselho do Patrimônio ficou esclarecido que neste momento não ocorrerá nenhuma mudança nesse sentido. Esclareceram que o momento agora é de conhecimento e diálogo entre as partes para que se possa planejar os próximos passos.
O dr. José Jairo Martins e o professor Carlos Carvalho Cavalheiro falaram em nome do Conselho de Defesa do Patrimônio, colocando-se como mediador nas conversações entre as partes envolvidas na busca da melhor saída para todos. O professor Carlos Cavalheiro sugeriu, ainda, que os próprios moradores fizessem um levantamento sócio-econômico do local, com números reais acerca da quantidade de pessoas que vivem no local, as profissões / qualificações, escolaridade entre outras informações úteis para a realização da mediação.
O vereador Marquinhos Magnum lembrou que a luta pela defesa do patrimônio da Capoava vem desde 2009. Agradeceu o empenho do Conselho de Defesa do Patrimônio e do sr. André Del Gaudio, da empresa Radar.
As negociações apra um destino para a Fazenda Capoava são alvo do Conselho desde o fim de 2014. Na época, os conselheiros foram conhecer a Fazenda São Bernardo, em Rafard, que foi doada pela empresa Radar para a ONG Abaçaí.
Na época, o conselho era presidido por Elizandra Martins. Atualmente, o conselho conta apenas com os seguintes membros: Angelo Sanna Ferrari, Débora Naldi, José Jairo Martins e carlos carvalho Cavalheiro. Deveria ter 14 membros, os quais foram indicados e nomeados pelo prefeito, mas em sua maioria não assumiram suas funções.
Os remanescentes do Conselho fizeram uma representação ao Ministério Público, que não viu irregularidade na falta de membros. A despeito da existência de poucos membros atuantes, essa é a primeira vez que o Conselho ], que existe desde 2008, tem uma atuação tão evidente.
Além de responder aos processos de sua competência, o Conselho pediu a abertura de nada menos que 13 patrimônios materiais (Porto Feliz nunca teve sequer um pedido de tombamento apreciado em nível municipal), realizou o levantamento das principais representatividades do Patrimônio Imaterial e formalizou o pedido junto ao prefeito para a promulgação de lei municipal de registro dos mesmos bens imateriais.
Além disso, realizou visitas técnicas a diversos patrimônios da área rural e participou das reuniões de mediação entre a empresa Radar e as partes interessadas em dar um destino de preservação da Fazenda Capoava, um dos 13 bens materiais de tombamento proposto pelo Conselho.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.