Célio Pezza – Crônica # 337 – ‘O mundo está de luto’
Neste 28 de novembro, um acidente aéreo comoveu o mundo todo.
Um avião Avro RJ85, da empresa venezuelana LaMia Airlines, que opera a partir da Bolívia, caiu quando se aproximava do aeroporto internacional de Medelin na Colômbia.
Nesse avião, estavam 72 passageiros e 9 tripulantes, num total de 81 pessoas.
Até o momento, temos 75 mortos e 6 feridos.
O time de futebol Associação Chapecoense de Chapecó – SC, estava nesse voo, pois teriam o primeiro jogo contra o Atlético Nacional da Colômbia para disputar o título da Copa Sul-Americana de futebol.
Foi talvez a maior tragédia esportiva dos últimos anos.
Em meio as especulações sobre os motivos da queda, temos o depoimento de uma sobrevivente, a atendente de voo Ximena Súares, relatando que a causa foi a falta de combustível do avião minutos antes do pouso.
Em seguida teve um pronunciamento do chefe da autoridade aérea da Colômbia, dizendo que foi uma falha elétrica.
Já o Diretor da Agencia Nacional de Aviação da Colômbia, Alfredo Bocanegra, comentou que uma das hipóteses é realmente a falta de combustível.
Seja qual for a causa, o acidente e as mortes são irreversíveis, mas é importante uma investigação séria para que todos saibam da verdade sobre essa tragédia.
A LaMia era uma nova empresa não regular, que começou a voar em julho de 2015 com esse tipo de aeronave e só operava voos fretados.
Essa companhia tinha somente dois aviões desse tipo, e um deles estava impedido de voar, por falta de condições.
O piloto do avião era o dono da empresa.
O avião que caiu era de fabricação inglesa, tinha 17 anos e foi entregue à empresa Mesaba, dos Estados Unidos, em 1999.
Passou depois para a Cityjet e LaMia da Venezuela, sendo entregue para a LaMia Bolivia em 2015.
Alguns grandes jornais noticiaram que a queda do avião pode ter sido por falta de combustível, a chamada “Pane Seca”, baseados em depoimentos de vários especialistas.
Uma informação interessante é que a distância entre os dois aeroportos é de 2.972 km, o que excede a capacidade média de voo desse aparelho, que é de 2.963 km, ou seja, esse avião não teria autonomia de voo com segurança, pois não tinha nenhuma reserva.
Isso tudo deve ser analisado e esperamos uma decisão clara no final do inquérito, para evitar outros voos nas mesmas condições.
O importante não é achar um culpado e sim identificar as causas para que nunca mais aconteça uma tragédia dessas pelo mesmo motivo.
Numa decisão louvável e unânime, a diretoria e os jogadores do Atlético Nacional, solicitaram à Conmebol que a Chapecoense seja considerada a campeã da Copa Sul-Americana, como um reconhecimento à sua grande perda e numa homenagem póstuma às vítimas desse acidente.
Não há o que discutir: Chapecoense, a grande Campeã da Copa Sul-Americana de 2016!
Célio Pezza / novembro, 2016
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.