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Ranielton Dario Colle, o ‘Ranie’: ‘O Dilema da Tolerância’

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Rannie ColeRanielton Dario Colle, o ‘Ranie’: O Dilema da Tolerância

 

Existe uma moda de apologia à violência que assusta. Porém, violência e ódio só geram violência e ódio, nada mais… E as duas, só podem resultar em opressão e CAOS… Tem sido assim por toda história da humanidade, que, segundo o filósofo italiano Vico, é cíclica em espirais.

No entanto, o mais triste dessa onda de apologia à violência, é a intolerância das pessoas, a falta de empatia, e do exercício da alteridade.

Apenas o exercício da tolerância pode nos livrar do caos absoluto e da barbárie. Infelizmente, nela, chegamos a um ponto onde paradoxo é insolúvel, pois, a intolerância deve ser tolerada? A resposta é clara? Em nome da diversidade? Mas, até onde? Qual o limite da minha tolerância à sua intolerância? (não tolerar a intolerância é ser intolerante  e não aceitar a diferença.)

Uma coisa é certa: a intolerância é nociva, tanto em mim quanto no outro. Todavia, não creio que ela deva ser tolerada quando passa a ameaçar a vida, ou estilos de vida, diferentes. Ou devo, em nome da diversidade, aceitar uma diferença que põe em risco a existência da própria diversidade?

Eis a raiz do problema, porquanto, ante a intolerância alheia desisto de minha tolerância (paro de tolerar sua intolerância) desisto também, um pouco, da minha humanidade, e de minha fé na razão, e admito o fracasso da humanidade em evoluir, aceitando que, para algumas pessoas, a única saída, ainda é a violência.

E, na violência, não há diálogo ou argumento, a violência é o fracasso da argumentação e da lógica. Na violência estamos na selva. Por isso, esse momento em particular me assusta. Não somos mais pessoas com opiniões diferentes discutindo um projeto, somos como duas torcidas enraivecidas, alheias ao processo civilizatório querendo impor sua visão num dialogo onde um lado não ouve o outro, seja por cinismo, conveniência, ou convicção cega.

Devo então, para não me igualar aqueles que critico, ouvir, tentar entender, e tolerar ao máximo, me colocando no nível da lógica e da racionalidade… Entretanto, o excesso de tolerância ao intolerável por parte da Liga das Nações (hoje, ONU) e seus países aliados permitiu o Nazismo, o Fascismo e seus horrores.

E, em tal situação, volto ao paradoxo inicial. E ele continua insolúvel.

Helio Rubens
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