Reinaldo Canto fala sobre o livro
‘Um dia (no dia) da Ana Luiza – Uma Aventura Ambiental’
Tema: Qual a importância de ensinar às crianças a cuidar do meio ambiente + o lançamento do livro “Um dia (no dia) da Ana Luiza – Uma Aventura Ambiental”.
- Como que surgiu essa ideia? Era um projeto antigo que só agora pôde ser realizado?
Como já trabalho há bastante tempo com os temas ligados à sustentabilidade, meio ambiente e cidadania sempre tive vontade de ampliar as possibilidades dessa comunicação. Então, escrever um livro que abordasse essas questões era sim um sonho antigo. Graças à parceria com a Editora Chiado, finalmente consegui transformar esse desejo em realidade.
- Por que fazer um livro sobre meio ambiente voltado para o público infantil ao invés do público adulto?
Eu acredito que as novas gerações estão mais propensas a entender e se sensibilizar com os impactos ambientais causados em nosso cotidiano. Nós adultos já estamos há muito mais tempo sendo bombardeados pela falsa ideia do consumo sem limites e dos recursos que nos pareciam infinitos. Já as crianças têm dado exemplos de que quando recebem informações sobre o tema acabam até mesmo influenciando seus pais, familiares e amigos para a importância de evitar o desperdício e fazer bom uso dos recursos disponíveis.
- Qual a mensagem que você quer transmitir com este livro?
Eu acho que a principal mensagem é de que não perdemos nada em sermos mais conscientes. A menina do livro passa um dia totalmente normal e feliz sem que isso prejudique o seu cotidiano. Isso também pode ser feito por nós adultos. Aliás, o desperdício e os excessos é que trazem infelicidade e não a ponderação, o bom senso e o consumo consciente.
- Como foi o processo de produção dele? Teve dificuldades?
É sempre muito difícil iniciar um projeto em que você possui pouco conhecimento. Há toda uma ciência por trás do lançamento de um livro e ainda estou aprendendo bastante. Nessa tarefa a Editora Chiado tem ajudado muito com a paciência necessária para orientar um novato como eu.
- Por que do título? Teve alguma inspiração?
Aí foi uma conjunção de fatores. O nome da menina é o da minha filha e a ideia do “dia no dia” faz relação com a inserção da consciência num dia qualquer de uma garotinha.
- Há um possível lançamento internacional?
Sim!! E espero que em breve (risos). Como a Chiado é uma editora portuguesa espero que numa segunda edição o livro já seja traduzido para o espanhol e distribuído em outros países europeus. Aliás, de certa maneira, essa carreira internacional já começou, o livro foi impresso em Portugal e exemplares do livro estão disponíveis por lá.
- O que as crianças podem aprender com este livro e aplicar na vida delas?
Basicamente que elas só precisam cuidar de usar bem o que está à sua volta. E importante essa pergunta, pois também tive o cuidado de não jogar responsabilidades exageradas nas costas das crianças. Mesmo que num determinado momento a personagem converse com uma vizinha e com os pais para que evitem os excessos, as crianças não devem ser responsáveis pelas necessárias transformações em nossos hábitos de consumo. Nós adultos é que precisamos assumir esse papel para que as futuras gerações recebam um planeta melhor para se viver.
- Por que é importante ensinar as crianças a cuidarem do meio ambiente?
Porque dele dependemos para viver e ter uma boa qualidade de vida. Essa realidade, já deveríamos estar aplicando há muito mais tempo, mas pelos apelos de consumo e bombardeios incessantes da publicidade, infelizmente deixamos o bom senso de lado. A consciência das novas gerações trabalhadas desde a mais tenra idade poderá contribuir para que tenhamos uma geração de cidadãos mais responsáveis.
- Quais são os benefícios que isso traz/ traria para a sociedade? Quais legados poderemos esperar?
Principalmente acreditar que teremos uma sociedade que valorize mais o ser do que o ter. Algo bem diferente do que temos hoje. Nesse caso, os ganhos serão na redução dos impactos ambientais, mas também uma sociedade humana e solidária, capaz de compartilhar e dividir mais do que competir e acumular riquezas para si mesmo.
- Em sua opinião, qual a melhor forma ou linguagem para ensinar as crianças sobre os cuidados com o meio ambiente?
No meu caso e pela minha experiência, acredito que o bom humor é um caminho a ser trilhado nessa comunicação com as crianças. Dessa maneira podemos tentar passar boas informações de maneira leve e divertida, sem assustar ou preocupar em demasia esses pequenos seres ainda em formação. Pelo menos essa foi a minha ideia com esse livro. Mas com certeza devem existir outras ótimas propostas de comunicação eficientes e que tenham a capacidade de obter bons resultados para a conscientização das crianças sobre os cuidados que devemos ter com o meio ambiente e o bom uso dos recursos naturais.
- Como as escolas poderiam agregar o assunto “meio ambiente e sustentabilidade” em sua grade curricular?
Acredito que esses temas ao lado da cidadania deveriam estar presentes em todas as matérias curriculares, pois são temas cruciais para o futuro da humanidade. Seja no estudo da matemática, ciências ou geografia, por exemplo, seria possível também se falar de sustentabilidade.Por que não?
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.