setembro 19, 2024
Editora Cubile lança livro sobre a história de Sorocaba
Exposição de Artes Janelas do Brasil
Homenagem ao concurso Miss Brasil
O luar e o amor
Aldravia (3)
Em toda estação há solidão
Penso em ti e logo te quero
Últimas Notícias
Editora Cubile lança livro sobre a história de Sorocaba Exposição de Artes Janelas do Brasil Homenagem ao concurso Miss Brasil O luar e o amor Aldravia (3) Em toda estação há solidão Penso em ti e logo te quero

Marcelo Paiva Pereira: 'A crise dos mísseis'

Marcelo Augusto Paiva Pereira – ‘A CRISE DOS MÍSSEIS’

 

 

Os Estados Unidos da América e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas se confrontaram entre agosto e outubro de 1962 (crise dos mísseis de Cuba), período no qual quase aconteceu a Terceira Guerra Mundial que, se eclodisse, seria nuclear e poderia extinguir a espécie humana e as sociedades dela decorrentes. Foram causas a revolução cubana e o expansionismo soviético.

 

Vitoriosa a revolução comandada por Fidel Castro para derrubar a ditadura de Fulgêncio Baptista Zadívar, aquele revolucionário instaurou – em 1959 – o regime comunista na ilha de Cuba e aproximou-se da URSS nas relações diplomáticas, econômicas e políticas, pondo em perigo a segurança do território americano. Incomodado, o presidente dos EUA promoveu – em 1961 – a invasão da ilha pela Baía dos Porcos, com exilados cubanos treinados pela CIA para derrubar o regime, mas resultou infrutífera.

 

Em agosto de 1962 o primeiro-secretário da URSS – Nikita Khruchtchev – iniciou a Operação Anadir, através da qual pretendia instalar 60 mísseis nucleares em Cuba para ter uma “cabeça-de-ponte” próxima dos EUA. Patrulhas da Marinha americana fotografaram, rumo à ilha, os navios russos nos estreitos de Bósforo e Gibraltar. Em outubro de 1962 um avião espião U2 fotografou em solo cubano mísseis nucleares soviéticos SS4 (de 3.400 Km de alcance), capazes de destruir Washington, Baltimore e todo o SE dos EUA; a CIA desconhecia, porém, haver um sítio balístico pronto para operar com três mísseis e que quatro submarinos soviéticos rumavam a Cuba.

 

Nos dias 16 a 18 de outubro, aviões U2 fotografaram outros mísseis – de alcance intermediário – capazes de destruir os EUA, salvo o NW daquele país. O presidente John Fitzgerald Kennedy determinou a invasão militar e acionou a Marinha para o bloqueio (quarentena) de Cuba. Aos 24 do mesmo mês rumaram à linha de bloqueio dois navios e um submarino nuclear soviéticos; este precisou emergir e, ao atingir a superfície, deparou com dois navios americanos nas proximidades (primeiro incidente da crise dos mísseis).

 

Aos 26 de outubro, o presidente dos EUA propôs a Khruchtchev o fim da quarentena e a promessa de não retaliação a Cuba se os soviéticos retirassem os mísseis. Enquanto aguardava a decisão de Moscou, um avião americano foi abatido por um míssil (não nuclear) soviético em Cuba (disparado em desobediência hierárquica), causando o óbito do piloto. No dia 29, Khruchtchev pôs fim à crise com o desmonte das bases e a retirada dos mísseis.

 

No período em que as potências capitalista e comunista se estranharam, uma aguardava da outra a iniciativa do primeiro disparo nuclear ou por algum incidente gravoso à segurança de qualquer delas. O submarino soviético que emergiu e a queda do avião americano teriam sido o estopim, mas o presidente Kennedy preferiu propor ao primeiro-secretário soviético o desarmamento nuclear de Cuba do que um conflito de maior magnitude. Devido à expansão do comunismo os soviéticos blefaram ao querer destruir os EUA, mas quase causaram uma nova guerra mundial. Se ocorresse, talvez sobrassem apenas os insetos… Nada a mais.

 

 

Marcelo Augusto Paiva Pereira.

(o autor é advogado)

Helio Rubens
Últimos posts por Helio Rubens (exibir todos)
Social media & sharing icons powered by UltimatelySocial
Pular para o conteúdo