setembro 18, 2024
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Jorge Facury: 'Cada uma que acontece!'

Jorge Facury: ‘Cada uma que acontece!’

Sobre certas coisas a gente não devia nem escrever ou contar, mas, a tentação de compartilhar é muito grande! Há algum tempo me aconteceu uma coisa esquisitíssima em casa. Absorto em afazeres, senti um toque pelas costas, como se alguém me tocasse perto do ombro… Como não havia ninguém, apesar da estranheza, não dei bola… Dali um tempo, outra vez… Um toquinho rápido, como se alguém batesse com o dedo de leve… Aí, já fiquei esquisito! Mas, pensei em movimento muscular involuntário… Às vezes a gente tem essas coisas, descargas de energia do corpo.

Passou um tempo, mais uma vez “mexeram“ em mim e então eu me assustei! Perguntei para minha esposa se tinha algum bicho nas minhas costas. Ela disse que não tinha nada. Passei a mão pela camiseta e… nada!

Contei a ela o que estava ocorrendo e ela fez aquela cara de dúvida e já foi dizendo: – Toques?” Chiiii…será que já tão te chamando para o outro mundo?” Eu, hem! Passei a mão nas costas várias vezes massageando…

Passou o tempo e até esqueci. Daí ela me chamou para almoçar. Estava à mesa quando o toque se repetiu bem rápido, quase como um choquinho elétrico. Dei um pulo na cadeira e soltei um “ai!”…

Ela me olhou espantada e disse: – O que é isso?? Você tá ficando louco?”

Que louco! – exclamei! – Tô dando choque no ombro, mulher! Deve ser energia estática, só não sei por que num lugar só do corpo…  Pra falar a verdade, passou até mesmo pela minha cabeça que fosse algum espírito brincalhão me zoando, sei lá, não duvido mais de nada…

Depois do almoço, sentei no sofá da sala e deu um soninho, fiquei naquela de cochilar, sentado mesmo, quando o choquinho, desta vez mais longo, me fez pular do lugar… Desta soltei um palavrão e num ato reflexo arranquei a camiseta e a joguei ao chão! Saiu de dentro dela uma lagartixinha escura! Cáspita! Devia ter uns três centímetros. Minha filha se assustou e viu quando o bichinho “soltou” o rabo que ficou se mexendo…

Ela esteve todo o tempo colada ao meu corpo, no ponto de costura superior da manga da camiseta e, mesmo passando a mão, parecia que não tinha nada! Daí ,entendi tudo: um  pedreiro estava construindo uma casinha de ferramentas no quintal e eu o estive ajudando todo o tempo e foi preciso cortar umas ramagens de um pé de amora que eu ajudei a desgalhar. Num desses momentos ela, que estava nos galhos, se inseriu na minha roupa…

Depois, fiquei pensando: tantos pensamentos, tanta coisa na cabeça, nem “energia estática”, nem “espírito”, nem nada! Só uma ancestral miniatura, do tempo dos dinossauros, confusa, pensando “Em que raio de lugar me meti?”.

Pra não perder o espírito desta quase crônica, fica uma constatação: há coisas que a gente experimenta uma só vez na vida, pois é improvável que se repita. Vivi essa exata realidade, pois, não é todo dia que se almoça com uma lagartixa!

 

Sergio Diniz da Costa
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