Ceiça Rocha Cruz: Poema ‘A flor do entardecer’
Pálida a luz da tarde sombria.
Sobre o leito da flor debruçada
um entardecer nostálgico
entre as névoas alaranjadas
do arrebol.
No silêncio da varanda do ocaso
o pôr do sol desmaia,
incensa o crepúsculo,
pinta de dourado o entardecer
de lume à penumbra,
desenhando imagens
na lívida solidão.
Você surgiu em meio do tempo
com olhos ávidos de sedução,
chamas de amor,
mãos deslizavam com volúpia
em ardente desejo.
Na doce bruma
dos vitrais das janelas do ocaso,
enlaçados ao caminho
de desvario veementemente,
ao fogo do carnal amor,
nossos corpos sedentos incendeiam
de prazer e emoção
no poente fecundo de mistério
que se cala,
à flor do entardecer.
Ceiça Rocha Cruz
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