Paulo Siuves: Poema ‘Nunca mais’
Eu a amei, recuso-me a dizer: Nevermore!
Escrevo E-cartas com súplicas e clamor,
Nessa solidão, minhas fúrias com primor,
Revejo fotos, tudo em mim é rememore.
És a ave que grita do busto: “Não demore?”
Nunca mais vou viver com medo, sem cor,
Que me negues o beijo que causa tremor,
Um jovem que toca o seio e se enamore.
Converso com a ave, ela espera que eu melhore,
E faça uma nova poesia, que só piore,
Teço linhas recheadas do mais puro fervor.
Dediquei palavras, com o mais puro amor,
Dos negros cumes, profundos céus, meu temor,
Nevermore, meu luto eterno, que apavore.
Paulo Siuves
Contatos com o autor
- Almas e verdades - 11 de novembro de 2024
- Acordes - 21 de outubro de 2024
- A canção que nunca chega ao fim - 28 de setembro de 2024
Natural de Contagem/MG, é escritor, poeta, músico e guarda municipal, atuando na Banda de Música da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte como Flautista. É graduado em Estudos Literários pela Faculdade de Letras (FALE) da UFMG. Publicou os livros ‘O Oráculo de Greg Hobsbawn’ (2011), pela editora CBJE, e ‘Soneto e Canções’ (2020), pela Ramos Editora. Além desses, publicou contos e poemas em mais de cinquenta antologias no Brasil e no exterior.