É com grande satisfação que apresento aos litores um novo colunista apresentado pelo também editor Sergio Diniz da Costa. assim como os demais, este também é um intelectual importante e disposto a ser mais um colaborador do nosso jornal, passando a se constituir em mais um intelectual lutando voluntariamente pela melhoria educacional e cultural do Brasil. Fernando Rizzolo é advogado, Pós-Graduado em Direito Processual, Mestre em Direito Constitucional (Direitos Fundamentais), Professor do Curso de Pós-Graduação em Direito da Universidade Paulista (UNIP). Foi Coordenador da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo, assim como Membro efetivo da Comissão de Direito Humanos da OAB/SP. Foi conselheiro do Conselho Deliberativo do Programa Estadual de Proteção a Testemunha do Estado de São Paulo-PROVITA/SP ligado à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo e é membro efetivo do Conselho Consultivo da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados – CNTU- que envolve mais de 1,5 milhões de trabalhadores, no país. Autor de vários livros – o último foi ‘Kadima’ lançado na Bienal Internacional do Livro, é também jornalista filiado à FENAJ ( Federação Nacional dos Jornalistas ), com o MTb 63355 SP. Colabora com dezenas de publicações em todo o Brasil e realiza palestras em universidades sobre Política e Direito. Além de Advogado, Escritor, Professor Universitário e Analista Político, é também Presidente do Conselho Deliberativo da Casa Hope, desenvolvendo um trabalho na área de Responsabilidade Social junto a sua esposa Cláudia Bonfiglioli, Presidente da Casa Hope, uma Casa de Apoio para crianças com câncer vindas de todos as regiões do Brasil, principalmente do Norte e Nordeste do país, e do exterior, para tratamento em São Paulo. Abaixo segue publicado seu primeiro texto enviado ao ROL Seja bem-vindo, professor! (Helio Rubens, editor).
Respeito ao Poder Judiciário
Várias foram as vezes que amigos meus me enviaram vídeos policiais que mostram o marginal xingando as autoridades, zombando dos investigadores, e mais, ameaçando as mesmas autoridades com palavras de baixo calão. Por ser Advogado, tive a oportunidade de acompanhar o comportamento de muitos detidos e posso fazer uma distinção de como tais marginais, quando presos em flagrante 20 anos atrás, se portavam e como se portam agora. A impressão que tenho é de que se perdeu o medo da autoridade estabelecida, uma vez que o marginal confia, sim, na impunidade, e quase sempre tem como referência os depoimentos de outros agentes delituosos nos programas policiais − que atraem tantos expectadores −, agindo da mesma forma grosseira e agressiva.
Nosso país perdeu a noção dos valores em relação a tudo. A corrupção política acabou servindo de esteio e justificativa para incentivar, legitimar ou fomentar o roubo, o furto, a malandragem e, acima de tudo, o desrespeito à Lei e a seus respectivos representantes. Do ponto de vista moral, estamos afundando no descaso, e isso fatalmente nos levará a um colapso hierárquico legal, em outras palavras, observamos aumentar a cada dia a falta de respeito com a Polícia Judiciária estadual ou federal, com os membros do Ministério Público e da Magistratura.
Pessoalmente o que mais me chocou, e acredito que não só a mim mas a todos que assistiram ao interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, foi a postura irônica, irreverente e por que não dizer desrespeitosa em que por várias vezes se colocou o ex-presidente, não como um réu, mas como um adversário político do Juiz Sergio Moro, que no meu entender teve muita imparcialidade e controle ao interrogar o ex-presidente, que realmente se alterou várias vezes, insurgindo-se contra as perguntas feitas naquele Juízo, quando não se calava a pedido de seu Advogado, que, com todo respeito ao colega, também não se portou com urbanidade, muito embora estivesse no pleno exercício do direito de defesa.
Portanto, se um ex-presidente da República se comporta dessa forma perante membros do Ministério Público e Juízes, que exemplo de cidadania e respeito ao Poder Judiciário estaria ele dando ao povo brasileiro? Observem que a questão que estou por ora abordando não é processual, tampouco de mérito nas ações que recaem sobre o ex-presidente, mas se deve tão somente aos maus modos perante as autoridades.
Infelizmente estamos vivenciando a ignorância do nosso povo na sua plenitude ao observar tais comportamentos sem a devida indignação popular, e isso é compreensível, pois nada mais vale neste país, nem a vida, nem as autoridades, que hoje ficam quase reféns do crime organizado, da política populista sindical que muitas vezes avaliza protestos agressivos nas grandes cidades, prejudicando os trabalhadores, enfim, precisamos encontrar a paz, varrer a corrupção, nos valer dos bons exemplos de países sérios, aí quem sabe seremos uma nação nos moldes da nossa bandeira, na qual está consignada a frase “Ordem e Progresso”. Porém adicionaria também o “respeito às instituições” por parte dos dirigentes deste país, promovendo o velho e bom exemplo que existiu tempos atrás…
Fernando Rizzolo é Advogado, Jornalista, Mestre em Direitos Fundamentais -www.blogdorizzolo.com.br
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.