setembro 18, 2024
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Crônica tema "Minha mãe e eu', da colunista Sônyah Moreira, homenageia sua mãe adotiva, dona Elza

Crônica tema ‘Minha mãe e eu’:

A colunista Sônyah Moreira homenageia sua mãe adotiva, dona Elza

 

Mãe por escolha ou destino?

 

O dia era comum como outro qualquer, nada de especial; ao abrir os olhos, porém, vi que o teto era diferente daquele ao qual estava acostumada.

Uma voz a mim desconhecida me perguntou se eu estava bem. Todavia, eu não estava entendendo nada, pois, na tenra idadem não há muita compreensão do que é real ou imaginação.

Ouvia aquela voz nas noites em que não conseguia dormir, com dores naturais da infância. E ela também não dormia, ficava ao meu lado nas horas noturnas em claro.

O tempo passou sem muita percepção do que havia ocorrido. Entretanto, aquela voz me mostrou como eu deveria ser; me encaminhou na religião, me ensinou os afazeres da vida, costurou meu primeiro vestido de baile, me ensinou a me maquiar!

Aquela voz, seu exemplo, me fez o que sou hoje: mãe, esposa, mulher!

Caro leitor, você deve estar imaginando que falo de minha mãe! Sim e não! Normalmente pensamos em mãe como sendo aquela pessoa a qual nos trouxe ao mundo, mas nem sempre é assim.

A pessoa que me trouxe ao mundo, que me deu à luz, e por algum motivo misterioso me deixou nascer, não tirou a minha oportunidade de viver, crescer e ser mãe, a essa pessoa digo um ‘muito obrigado’! Afinal, ela tinha o livre arbítrio de prosseguir ou não a gestação; meu destino esteve em suas mãos durante nove meses. Obrigada por me deixar nascer!

Ah! Aquela voz que ouvi por anos, essa não me trouxe ao mundo, mas me criou para o mundo.

A essa pessoa especial, dona da voz que ouvi durante grande parte da minha vida, obrigado é pouco; não haverá gratidão que compense seu comprometimento com alguém em relação a quem não havia obrigação consanguínea ou mesmo contratual.

Ela já se foi, e sua partida foi tão serena quanto sua jornada terrena; e, esteja onde estiver, certamente está bem, pois que colhendo o Bem que semeou no plano terrestre. E a minha gratidão chegará a ela em forma de oração.

Obrigada por me criar, e me acolher em seu ninho de amor, indo contra muitas pessoas que lhe diziam que era uma loucura.

Esta é, talvez, uma homenagem tardia. Contudo, espero que seja como o entardecer de um dia, que trará uma noite repleta de luzes.

Muito obrigada, Dona Elza! E a todas as mães que, por escolha ou destino, criam seus filhos para o mundo.

 

Sônyah Moreira

sonyah.moreira@gmail.com

Sergio Diniz da Costa
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