A intelectualidade brasileira perde mais um de seus luminares
A morte de um intelectual do porte de Antônio Cândido é uma triste noticia e deveria comover a população mais do que a de um cantor de música popular, mas infelizmente não é isso que acontece.
Aos 98 anos, ainda lúcido, segundo seus familiares, faleceu em São Paulo na sexta-feira, dia 12. Deixou-nos o professor e sociólogo Antonio Candido, autor de muitos livros, nos quais mostrou o seu caráter impoluto, idealístico e independente.
Nasceu no Rio de Janeiro em 24 de julho de 1918. Morou em Minas Gerais e em São Paulo (São João da Boa Vista e na capital paulista em 1936, onde fez sua carreira literária. Foi professor da USP, da UNESP e da UNICAMP e lecionou também na Universidade de Paris e na Universidade Yale. Entre outros, recebeu osprêmios literários: Jabuti, Machado de Assis, Gold Medal, Camões e Juca Pato.
No jornalismo atuou como crítico literário escrevendo nos principais jornais de São Paulo. Na política seu altruísmo e sentimento de independência colocou-o contra o governo do ditador Getulio Vargas e fê-lo entrar para movimentos progressistas da época, como o Partido Socialista Brasileiro, pelo qual se candidatou mas não ganhou ao cargo de deputado estadual. Colocou-se contra o regime militar que assolou o Brasil em 1964 e foi uma das mais poderosas vozes contra a censura à imprensa imposta pelo regime autoritário. Ao lado de outros intelectuais, apoiou a criação do PT – Partidos dos Trabalhadores.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.