Jorge Facury:
‘ROSTOS ILUMINADOS’
Muito antes que o casal russo Kirlian descobrisse, por meio de comprovação fotográfica, que os seres vivos têm aura – uma emanação energética que impressiona pelas formas, cores e tonalidades -, a Arte trazia como símbolo de uma energia pura a reger os seres, a auréola (dos santos).
A aura, que muita gente confunde com nome de mulher, Áurea, tem muitos significados e no tocante à emanação é uma evidência importante de que constituímos um quantum de energia que, inclusive, se altera com o concurso de nossas emoções.
Se todos vissem a aura uns dos outros, não haveria mentirosos, já disse um parapsicólogo, pois a cor específica imperante nesta revelaria a inclinação para a mentira etc. e tal…
Outro dia, vi o rosto iluminado de uma mulher. Ela estava em seu carro, plácida, quase imóvel e o rosto iluminado, de um tom levemente azulado. Eu esperava um lanche em uma lancheteria e fiquei observando aquele rosto feérico. Mas, não era nenhuma exuberância especial dela, apenas efeito do semblante, imóvel, hipnotizado pela telinha do celular. A claridade emitida pelo aparelhinho moldando-a através do vidro fumê do carro dava o efeito admirável.
Estamos numa era de muitos rostos artificialmente iluminados. Não é exclusividade de ninguém. Todo mundo iluminado! Inclusive os rostos mais inocentes, que, diga-se de passagem, poderiam emanar luz natural, mas, pelo efeito da telinha, perdem rapidamente a inocência, como a água que se esvai para o ralo…
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024