Adriana da Rocha Leite:
UM MINUTO DE SILÊNCIO, POR FAVOR!’
O silêncio é eloquente. Talvez isso explique o porquê de nosso incômodo com ele.
Faz com que tenhamos contato com nossos vazios internos. Obriga-nos a ouvir verdades incômodas. Não sabemos o que fazer diante de tantas observações e considerações. Ficamos
expostos e, assim, nos fragilizamos. Torna o momento insuportável.
O que fazer? Ligar a TV, o som, o computador. Deixá-los falar suas bobagens e incongruências. Importa é que não nos permitam ouvir a nós mesmos.
Qualquer coisa é válida desde que não exponha nossa imensa solidão e nossa incapacidade de ouvir nossa própria voz.
Mas, o silêncio não é inimigo, é reflexão! É nosso momento de intimidade conosco. É permitir que nosso Ser descanse dos excessos cotidianos. É repouso. Pausa.
No silêncio a criatividade permite revelar-se. Novas ideias e possibilidades se apresentam, intensas, inovadoras, renovadas e completas.
É a possibilidade de repensar decisões e estratégias. Olhar para o passado e reavaliar o que se fez e viveu. Focar o futuro e planejá-lo adequadamente, algo praticamente esquecido, já que nos acostumamos a simplesmente viver.
O silêncio canta a beleza da vida! O silêncio reflete a intensidade da alma! O silêncio nos torna mais humanos, porque favorece o ouvir: o outro e a nós mesmos.
Silêncio não é solidão, é revelação!
Um minuto de silêncio, por favor!
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024