outubro 05, 2024
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Celso Lungaretti: 'Presente da Globo é pior ainda que presente de grego. O último atende pelo nome de Rodrigo Maia'

Celso Lungaretti: ‘CONHEÇA RODRIGO MAIA, O TEMER MEIA DÚZIA
QUE PRETENDEM IMPINGIR-NOS COMO SUBSTITUTO DO TEMER SEIS

A Folha de S. Paulo informa quem deverá o grande beneficiário do complô Janot/Globo para derrubada de Michel Temer:

“As articulações para Rodrigo Maia (DEM-RJ) substituir Michel Temer no Palácio do Planalto ganharam corpo na base governista e já foram discutidas inclusive na residência oficial do presidente da Câmara…

A denúncia apresentada contra Temer por corrupção passiva e o rápido derretimento do capital político do governo mudaram o comportamento de Maia nos bastidores e levaram a classe política a enxergar no presidente da Câmara, primeiro na linha sucessória, um potencial novo centro de poder do país.

…Nas últimas semanas, [Maia] começou a admitir esse cenário a aliados mais próximos…

…Com boa relação com o setor financeiro e empresarial, tem se colocado como potencial fiador da agenda de reformas defendida pelo mercado e fragilizada sob Temer.

Deputados e ministros de partidos da base do governo, como PSD, PP, PSB, Podemos e DEM, passaram a gravitar em torno do presidente da Câmara, oferecendo apoio ao prosseguimento da denúncia contra Temer na Casa e sustentação a um novo governo. Até o PSDB fez um aceno…”

Ou seja, está inteiramente confirmada minha afirmação de que a grave crise fabricada por quem se julga acima do Bem e do Mal, colocando seus interesses mesquinhos como a medida de todas as coisas, teria o pior desfecho possível: o prolongamento desnecessário da fase mais aguda da recessão (da qual já estávamos saindo) e vários meses de incerteza, até a direita acabar de colocar um Temer meia-dúzia no lugar do Temer seis.

Afora as manobras que certamente serão tentadas, para estender o eventual mandato de Rodrigo Maia para além do mandato-tampão, ou seja, ultrapassando o dia 31 de dezembro de 2018.

É ou não uma mágica besta? Eu tinha ou não razão ao avisar que, apoiando a manobra, esquerdistas estariam apenas colocando azeitona na empada alheia?

De resto, eis alguns dados sobre o presidente que a Globo e o Janot estão parindo para o Brasil:

— em entrevista, declarou-se contrário à legalização do comércio da maconha e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo;

— em novembro de 2016, articulou a reunião parlamentar que tramou, em plena madrugada, a anistia dos congressistas envolvidos com corrupção;

— segundo uma reportagem da revista Época,  trocou mensagens de celular com o empreiteiro Léo Pinheiro, do Grupo OAS, para tratar de doações eleitorais;

— a Polícia Federal, em fevereiro de 2017, o acusou de de prestar “favores políticos” e haver defendido interesses da OAS no Parlamento em 2013 e em 2014, incluindo a apresentação de uma emenda a medida provisória que era de interesse da construtora;

— suspeita-se que, em 2014, ele teria solicitado à OAS R$ 1 milhão em doações eleitorais, dinheiro repassado oficialmente à campanha de César Maia, mas que seria apenas um expediente para ocultar a procedência da propina.

celso lungaretti
A MONTANHA JANOT/GLOBO
VAI PARIR UM RATO. O QUE MAIS
PODERÍAMOS ESPERAR?
Com o Temer no lugar do Tognazzi ficaria perfeito…

A articulação parlamentar para fazer de Rodrigo Maia (o meia dúzia) o presidente-tampão da República no caso de afastamento de Michel Temer (o seis) foi desmentida enfaticamente pelo mais do mesmo, que jurou fidelidade eterna ao mesmo. Deveria beijá-lo, para ficar mais parecido ainda com um certo personagem bíblico….

Já que toda a tramoia começou com uma blietzkrieg midiática das Organizações Globo, complementando uma blietzkrieg justiceira (no sentido de justiceiros de bairro) do provocador-geral da República, então não poderia mesmo faltar um componente piegas e novelesco, quais sejam as juras de fidelidade eterna de Rodrigo Maia ao magnifico cornuto (nunca o título da comédia clássica italiana foi tão pertinente…).

O jornalista André Singer, que exerceu a função de secretário de Imprensa do Palácio do Planalto no primeiro governo de Lula, dá mais detalhes do desfecho previsível do complô Janot/Globo, para o qual muitos esquerdistas ingênuos contribuíram entusiasticamente, raciocinando com o fígado em lugar de usarem a mente.

Suponho que não seja exatamente esta a revanche que almejavam. Mas, ao que tudo indica, será a única que obterão… (por Celso Lungaretti)

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O CHEIRO DE PIZZA SE ESPALHA NO AR

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Pode ser apenas um novo balão de ensaio, mas ontem o cheiro de pizza invadiu o ar dos lugares em que a crise é acompanhada e debatida.

A articulação em torno do nome de Rodrigo Maia (DEM-RJ), com o beneplácito do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), para ocupar a Presidência até o final de 2018 ganhou o necessário espaço midiático de modo a ser testada. O experimento redondo carrega dois sabores.

O primeiro destina-se a agradar o capital. Nesse sentido, a manchete do Valor (7/7) era mais do que expressiva: “Temer perde apoio e Maia já se articula com mercado”. O texto dava conta que o presidente da Câmara teria intensificado “contatos no mercado financeiro”.

Não consta da notícia a reação dos contatados, mas continha o recado preciso: o deputado procuraria mostrar nos encontros que está “preparado para assumir a função, com a manutenção de equipe econômica e das reformas”.

Complô avacalhou a Lava Jato e vai ajudar os encalacrados a se safarem

É do conhecimento geral que Maia tem pouca base e experiência para assumir o principal posto político do país. Então, é necessário assegurar que as duas principais metas do mercado estariam garantidas em suas mãos. De um lado, a manutenção da política econômica. De outro, a aprovação de duas mudanças contra os assalariados: a reforma antitrabalhista e a da Previdência.

Aqui entra a outra metade do acordão em cozimento. Para aprovar as deformas, como diz um amigo ligado aos sindicatos, e blindar a economia, é preciso garantir uma grande base congressual. E o que desejam os parlamentares, entre eles o próprio Maia, um investigado?

Que a Lava Jato pare. Desde esse ponto de vista, não poderia ser mais conveniente a informação, também em todos os jornais, de que a Polícia Federal encerrou as atividades do grupo dedicado à operação em Curitiba. Convém lembrar, igualmente, que diversos processos foram tirados do juiz Sergio Moro nas últimas semanas.

Em outras palavras, pela primeira vez há sinais de arrefecimento do núcleo paranaense que lidera as investigações desde 2014, o que deve soar como música aos ouvidos dos congressistas. No entanto, a ofensiva contra Michel Temer precisaria seguir, para legitimar o último e decisivo ato da Mãos Limpas brasileira: condenar Lula a tempo dele perder a condição de candidato em 2018.

Para resolver o problema de excluir o lulismo da urna eletrônica, muitos interesses talvez se reúnam em torno de mais uma aventura presidencial. A primeira foi a do próprio Michel Temer, sabidamente parte de um grupo que seria alvo privilegiado da Lava Jato. Agora o forno foi ligado outra vez, mas só o tempo dirá se essa massa vai dar liga.

(por André Singer)

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