É com a maior satisfação que apresento aos leitores um novo e valioso colunista-colaborador do ROL que foi ‘descoberto’ pelo nosso editor Sergio Diniz da Costa: ele se chama Bruno Hernandes Leão e é filho da leitora (que, espero, em breve será também nossa colunista) Renata Rodrigues, que já nos tem enviado a série de textos ‘Dizia minha tia…’. Como vocês poderão observar lendo o primeiro texto dele (abaixo), inteligência e cultura são qualidades inerentes a essa família virtuosa. Seja bem-vindo, Bruno! (Helio Rubens, Editor)
Bruno Hernandes Leão tem 16 anos e estuda no Colégio Salesiano São José de Sorocaba. Sua escrita clara e elaborada tem despontado no meio estudantil, com várias redações publicadas no ‘Livro Jovem Salesiano’. Seu gosto por escrever se divide com a prática esportiva e a música, onde aplica a mesma disciplina no desenvolvimento de suas habilidades. Bruno é filho da leitora do ROL Renata Rodrigues, que tem colaborado com o jornal por meio da série de textos ‘Dizia minha tia…’ (Nena)
E, abaixo, o primeiro texto dele, a redação que alcançou nota 960 (num total de 1000 pontos!) em uma plataforma baseada em inteligência linguística e tecnologia educacional, com base no modelo de redação do ENEM.
Desafios do futuro da sustentabilidade no Brasil
É inegável que discussões acerca da sustentabilidade contemporânea geram diversas polêmicas, tendo em vista os inúmeros e diferentes determinantes que envolvem o assunto.O Brasil, perante esse debate internacional, assume naturalmente grande responsabilidade, pela enorme biodiversidade e sua grande extensão territorial.Em contrapartida, a maioria da população tem ainda uma consciência sustentável muito primitiva, o que gera diversas dificuldades no processo ecológico.
Pode-se relacionar o problema ambiental aos déficits estruturais da maior parte dos aglomerados urbanos do país.Uma boa parcela desses ambientes mal contam com saneamento básico, água plenamente tratada e um serviço de limpeza urbano severamente escasso.Isso reflete de maneira direta tanto no meio ambiente, quanto na mentalidade da população, o que gera um ciclo vicioso e destrutivo.Eis o resultado: o pouco de educação ambiental eficiente que existe não consegue combater essa desorganização caótica.
Tal ciclo nocivo é autossustentável, e não necessita do menor dos esforços voluntários para se perpetuar. Portanto, não podemos nos entregar à esse caos somente assistindo-o acontecer passivamente, pois caso isso ocorra de fato, a chance de um futuro positivo se reduz à nulidade.O famoso e recente caso que reforça essa tese foi o rompimento das barragens de Mariana, cujos impactos ambientais são imensuráveis, quase que irreversíveis.Entretanto, se nada for realizado a respeito dessa situação, as esperanças de uma melhora se esgotam completamente.
Ou seja, para que a situação ambiental brasileira futura seja a melhor possível, é necessário implantar – ou ainda resgatar – valores sustentáveis nas pessoas, pois toda ação parte, primeiramente, de um discurso interior, o qual é construído a partir de uma mentalidade ecológica. É a simples, porém importante consciência de que descartar lixo em lugares impróprios pode acarretar em desastres, por exemplo.
Partindo dessa premissa, seria viável um investimento maior no que se refere à educação ambiental de qualidade.Já se nota que campanhas convencionais não surtem o efeito desejado no âmago das pessoas. É preciso fazê-las projetar um possível futuro caso não se tome nenhuma medida, incitá-las a participar do movimento em prol da natureza.
Poderia ser introduzido nas escolas como obrigatoriedade, a participação em projetos ecológicos em intervalos semestrais. Se o próprio sistema público exigisse de cada um de seus trabalhadores um ato sustentável anual, a longo prazo os resultados apareceriam. Na iniciativa privada, incentivos e benefícios às pessoas que atuarem a favor do meio ambiente.Tudo isso aliado a um competente sistema publicitário (que usufrua do investimento do governo) embasador desses projetos e iniciativas, poderia gerar um futuro mais agradável ao planeta.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.