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Coluna Sergio Diniz da Costa no jornal da APEVO

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Coluna Sergio Diniz da Costa no jornal da APEVO – setembro de 2017

LITERATURA, ARTES & CURIOSIDADES

 

A ARTE NAIF NO BRASIL

 Conforme visto na primeira parte (edição de agosto), Arte Naif é uma classificação de arte que é muitas vezes caracterizado por uma simplicidade infantil em seu assunto e técnica. Enquanto muitos artistas ingênuos aparecem, a partir de suas obras, por ter pouco ou nenhum treinamento formal de arte, isso, muitas vezes, não é verdade. As palavras ‘ingênuo’ e ‘primitivas’ são considerados pejorativos e são, portanto, evitado por muitos.

 

Características

Arte Naif é muitas vezes visto como arte marginal, sem treinamento formal. Enquanto isso era verdade antes do século XX, há agora academias de Arte Naif. É, portanto, um gênero de arte plenamente reconhecido, representado em galerias de arte em todo o mundo.

As características da Arte Naif é um relacionamento estranho com as qualidades formais da pintura, especialmente não-respeito das três regras da perspectiva (tal como definidos pelos pintores progressiva do Renascimento): – de diminuir o tamanho dos objetos proporcionalmente à distância – silenciamento de cores com a distância – diminuição da precisão de detalhes com a distância,

 Os resultados são os seguintes: efeitos de perspectiva geometricamente errônea (aspecto estranho das obras, desenhos infantis olhar, ou olhar pintura medieval, mas a comparação para por aí) – forte utilização do teste padrão, cor não refinado em todos os planos da composição, sem enfraquecimento no fundo – uma precisão igual trazido para detalhes, incluindo as do fundo que deve ser protegido fora.

Simplicidade em vez de sutileza são todos os supostos marcadores da arte naïf.

O adjetivo Naif é o mais empregado para o gênero de pintura chamado também de ingênuo e às vezes primitiva (no Brasil). Na época em que foi lançado, o termo naif era um apelido, como em outras épocas, os pintores foram chamados de impressionistas, cubistas, futuristas, etc…

Os naifs, em geral, são autodidatas e sua pintura não é ligada a nenhuma escola ou tendência. Essa é a força desses artistas que podem pintar sem regras, nem constrangimentos. Podem ousar tudo. São os ‘poetas anarquistas do pincel’.

 

Quem são os pintores naifs? Ser Naif é um estado de espírito que leva a uma maneira toda pessoal de pintar. Podemos encontrar pintores naïfs entre sapateiros, carteiros, donas de casa, médicos, jornalistas e diplomatas. A arte naïf transcende o que se convencionou chamar de arte popular.

 

A Arte Naif no Brasil

O Brasil, junto com a França, a ex-Iugoslávia, o Haiti e a Itália, é um dos ‘cinco grandes’ da arte naïf no mundo. Um grande número de obras de pintores naïfs brasileiros faz parte do acervo dos principais museus de arte naif existentes no mundo.

A pintura Naif brasileira é muito rica e cheia de imprevistos. Devido à diversidade de temas relativos à fauna, à flora, ao sincretismo religioso e às suas várias etnias, o Brasil ocupa lugar de destaque no contexto mundial de arte naïf.

Os quadros de naifs brasileiros são reproduzidos nos mais importantes livros estrangeiros sobre arte naif. Não há uma exposição naïf internacional importante sem que os artistas naifs brasileiros sejam convidados a participar.

Em toda a história da pintura brasileira, nunca tantos artistas tiveram suas obras expostas, publicadas, comentadas e citadas como são as dos pintores naifs. O único pintor brasileiro (entre todas as tendências) a ser premiado numa Bienal de Veneza foi um naif, Chico da Silva, em 1966, na 33ª Bienal. Ganhou menção honrosa com a sua pintura.

Atualmente podemos dizer que o Brasil é um dos grandes representantes da arte naif mundial.

Por ser um país de imensos contrastes, com uma cultura resultante do amálgama de inúmeras outras (a africana, a europeia e a indígena), ele é um canteiro fértil para o surgimento e desenvolvimento dessa forma de expressão artística.

Apesar desse imenso potencial, somente na década de 50, o Brasil começou a dar atenção a esse grupo de artistas, com as primeiras exposições de Heitor dos Prazeres, Cardosinho, Silvia de Leon Chalreo e José Antonio da Silva.

Depois desse início, as décadas de 60 e 70, vão conhecer uma verdadeira explosão de pintores naifs brasileiros, tais como: Ivonaldo, Isabel de Jesus, Gerson Alves de Souza, Elza O .S., Crisaldo de Moraes, José Sabóia e muitos outros que juntamente com seus predecessores, estão presentes em nosso acervo.

 

Pintores naifs brasileiros/ telas:

                
                         Chico da Silva                                                                           Dragão Fantástico

 

   

                        Edilson Araújo                                                  Lavrando a Terra

Sergio Diniz da Costa
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