Eduardo Cesar Werneck: ‘Maior evento cultural de Cruzeiro de todos os tempos !’
Ainda inebriado pelos efeitos da (primeira) Feira Literária, já anuncio: vem ai a segunda, para 2018 !
Claro, o apoio efetivo veio de pouca gente, pois Cultura não dá voto, ao contrário, prepara o cidadão para entender melhor o processo, e político, em sua maioria, tem medo disso !
Em momentos como este, a ação do quarto poder – a Imprensa – poderia ser um alento, mas até mesmo ela está corroída e partidarizada, e em cidades pequenas então… sem comentários…
Mesmo assim, tivemos espaços para livre manifestação de poetas, escultores, pintores, músicos, da dança, memorialistas, historiadores e por ai vai.
Discutiu-se sobre Ruth Botelho, Guimarães Rosa, Euclydes da Cunha, e J.B. de Mello e Souza; declamaram versos de Manoel de Barros, Mario Quintana, Carlos Drummond de Andrade, e Vinícius de Moraes; bem como, pudemos nos encantar com as Artes Plásticas perante as tendências mais modernas, principalmente àquelas ligadas à filosofia da reciclagem; e não parou por ai, a música desde Villa Lobos até Amy Winehouse foram revisitadas, pois boa música é atemporal; e se você pensa que acabou, ainda aconteceu o audiovisual, e nelas retratadas as formas vivas (ou não) presentes na região do Parque Nacional do Itatiaia !
Nestas horas fico pensando por que eventos como este não são incentivados à exaustão; ou, por que os detentores do poder ainda se esforçam em não respeitá-los e divulga-los, pois claro, a resposta de o “porquê” das pessoas não participarem, é primeiro pelo fato, de muita gente não gostar de promovê-los, e depois claro, como gostar de algo que você não conheceu, não é mesmo ?
Paciência…
É nossa a tarefa de prosseguir e nunca esmorecer !
O que ficou, foram os encantadores momentos das pessoas que participaram efetivamente com seus trabalhos, emocionadas, pois não tinham espaços para livre manifestação há tempos; o que ficou, foi o semblante das pessoas arguindo com seriedade os conferencistas na ânsia de absorver o máximo de conhecimento que eles poderiam lhes passar; e o que ficou, foram as crianças (e adultos) dançando, de forma descontraída e desarmada no ambiente da Feira !
Perante todos os fatos, muitos agradecimentos, porque muitos resistiram até o fim, mesmo quando o cansaço físico parecia querer tomar conta de seus corpos alquebrados, porém de almas extasiadas.
Enfim, a melhor coisa que pode acontecer para algum fato, no caso a Feira Literária de Cruzeiro, é a sensação e o “gostinho” do “quero mais”…
Por isso, a chamada logo destacada ao início do texto… vem ai, a II Feira Literária de Cruzeiro !
Mais fotos do evento:
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.