setembro 18, 2024
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José Coutinho de Oliveira: 'Equívoco'

  José Coutinho de Oliveira: ‘Equívoco’

É um equívoco achar que Platão morreu com a crença encontrada em sua obra “República”, diz-se que escrita com o título primitivo de “Politeía”, traduzido por Cícero para “República”. Na primeira parece que a utopia se realizaria numa cidade chamada Calípolis, cidade bela; em sua última utopia “Leis”, Platão então desiste do coletivismo. Podemos confirmar essa reviravolta através das palavras de Aristóteles em seu livro “Política”, livro II, capítulo VII: “Há outras constituições que foram propostas: algumas por simples cidadãos, outras por filósofos e homens de Estado, mas todas elas estão próximas das repúblicas existentes que das propostas por Platão (isto é, uma na República, outra nas Leis).

Recorremos ainda a Aristóteles para constatarmos a diferença entre as duas utopias: transportemos ainda da “Política”, livro II, capítulo VI o trecho que fala de tal diferença: ” Com exceção da comunidade de mulheres e de bens, ele supõe que todo o resto seja igual em ambas as constituições:…”

Pois bem, está aí formada a encrenca, ou seja, o desconhecimento dessa reviravolta de Platão terá gerado os conhecidos conflitos que sobreviriam.

Precavidamente tocamos nesse assunto pois acreditamos que tudo pode ser diferente daqui para frente: abandono do coletivismo platônico da República, abandono esse reiterado por Aristóteles; ensino facultativo com a adoção simultânea dos métodos ultradinâmico semiaberto, audio-orais pictográficos ou ágrafos, este último , onde houver maior carência de recursos; disponibilização do ensino opcional de Latim, Grego e mitologia. O Latim, ao invés de ser exposto como sempre tem sido, ou seja, a partir da teoria e de traduções poderia ser aplicado através de diálogos, da conversação. Para se ensinar o grego talvez precisássemos de um dicionário em caracteres também romanos. Poder-se-ia oferecê-lo também através do método audiovisual, ou seja, com escrita ou do audio-oral ágrafo cujo um dos objetivos seria o de obter velocidade num menor espaço de tempo.

Infelizmente, para o prejuízo da civilização, a maioria dos filósofos que nos antecederam não ficaram sabendo do abandono do coletivismo por Platão em seu livro “Leis”, exceção feita ao próprio Aristóteles, Locke e Adam Smith, esse último que já tinha dezoito anos quando da morte do segundo. Cabe-nos então descobrirmos até que ponto Locke influenciou Adam Smith, fundador da economia.

José Coutinho de Oliveira

Graduado em Letras e Pedagogia

Helio Rubens
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