novembro 21, 2024
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Élcio Mário Pinto: 'Rindo dos excessos'

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“Junto dessa despedida – entre amigos, parentes ou desconhecidos – também inventou-se a expressão: ‘amo de paixão’. O estranho é que fala-se assim referindo-se a uma pessoa do mesmo modo que se diz de uma sobremesa, de um gato, de um passeio ou da lanterna do celular quando a energia elétrica falha.”

 

Depois de muito pensar, decidi escrever a partir do riso, afinal, não se trata de uma zombaria, até porque, é preciso respeitar as opções que as pessoas criam e fazem, ainda que sejam, do meu ou do seu ponto de vista, absurdas.

Falando nisso, eu me lembrei que em tempos de completa correria para todas as pessoas por toda e qualquer coisa, inventou-se o: “tchau, tchau”. Por quê? Ora, porque um só tchau deve ser pouco e quem usa a expressão quer destacar, então, enfatiza duas vezes.

Quem dera fosse só isso!

Junto dessa despedida – entre amigos, parentes ou desconhecidos – também inventou-se a expressão: “amo de paixão”. O estranho é que fala-se assim referindo-se a uma pessoa do mesmo modo que se diz de uma sobremesa, de um gato, de um passeio ou da lanterna do celular quando a energia elétrica falha.

Não bastasse dizer amo, mesmo sem referência às pessoas, mas às coisas, decidiu-se que é preciso acrescentar a palavra “paixão”. Então, amo de paixão, assim como o tchau, tchau, querem enfatizar.

É só?

Não, não é!

Se fosse, então, teríamos na mesma vala, além delas, as expressões: “super bom”, “super pequeno” e “muito demais”, só como exemplos. Estas, que de tão absurdas, sequer são consideradas pela linguagem oficial.

Mas, vamos lá!

E o riso, cadê?

Ouvindo tais absurdos como brincadeiras culturais que passam, modas que sobreviverão por algum tempo e depois, cairão naquela vala dos “desaparecidos”, pensei em oferecer algumas modas. Estou criando, a partir desta publicação, as expressões:

Ouvindo tais absurdos como brincadeiras culturais que passam, modas que sobreviverão por algum tempo e depois, cairão naquela vala dos “desaparecidos”, pensei em oferecer algumas modas. Estou criando, a partir desta publicação, as expressões:

·         1 e meio: para economizar no tempo, já que tchau, tchau ficou longo e a correria é grande, começaremos a dizer: “tchau, tchá”. É um inteiro e mais metade, só metade de outro tchau.

·         3 inteiros: para quem está com bastante tempo disponível, pois, seus compromissos, todos urgentes, podem esperar, então: tchau, tchau, tchau. Viu só, estamos enfatizando o enfatizado, repetindo o repetido e abusando do espaço que ocuparemos naquela tal vala dos desaparecidos no Tempo.

·         Ilimitado: só para quem tem tempo de sobra e nem pensa em correria. É para gente que pode andar, sem correr. Para estes, a moda é dizer tchau até que a outra pessoa não esteja mais em seu campo de visão. Veja só: tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau… Chega!

Para encerrar, quero dizer da expressão: legal.

Ela já foi dita sobre aquilo que tem relação às leis, à legislação, enfim, ao que a sociedade decide e determina como norma e regra obrigatórias.

Hoje, legal funciona como cola para qualquer coisa. Até para aqueles momentos que não se tem nada a dizer. Aí, a expressão vira muleta, algo que se usa para não se desabar diante do silêncio numa situação, que pode ser constrangedora se ninguém disser nada. É assim que alguém salva todo mundo dizendo: legal! A tal que tudo cola serve para gente, animais, objetos, situações, sentimentos, alimentos ou aquilo que ainda nem foi inventado. Desta, eu diria, fuja, porque é rasteira “por demais”! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK – “TCHAUTCHÁ”.

 

Élcio Mário Pinto – 08/12/2017 – elcioescritor@gmail.com

 

 

 

Sergio Diniz da Costa
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