AFRÃNIO MELLO – ATENDIMENTOs NÚMERO 454 e 455
Caro Marco Antonio,
Atendendo sua solicitação, segue os arquivos dos sobrenomes BRANDÃO com 3 páginas e 1 brasão e LEITE com 13 páginas e 3 brasões.
Abaixo um pequeno resumo extraído do arquivo principal.
Você tem um bom material para pesquisa e leitura.
Espero que encontre as referências que procura.
Grande abraço
Afrânio Franco de Oliveira Mello
IHGGI / ROL – Jornal rol – Região On Line
Brandão, trata-se de um sobrenome com raízes plausivelmente toponímicas, extraído que pode ter sido da
denominação da vila de Paços de Brandão, na comarca de Santa Maria da Feira. É possível que a família que adotou esta
designação seja de muito remota antiguidade. Dizendo alguns genealogistas que o seu fundador foi Fernão Brandão,
contemporâneo de Henrique de Borgonha.
A João Brandão Sanches, aliás um legítimo Brandão e que foi feitor de Portugal na Flandres do séc. XVI, parece
ter sido dada carta de armas novas, usadas pôr ele seus descendentes.
Já com os verdadeiros Brandões nada tinha a ver Duarte Brandão, famoso aventureiro português do séc. XV e
XVI. De origem judaica, passou a Inglaterra pôr, segundo reza a lenda, ter assassinado um homem em Portugal.
De extrema bravura, depressa conquistou as boas graças do Rei Eduardo IV, que o fez cavaleiro da Jarreteira,
passando a dominar-se Sir Edward Brampton, ao mesmo tempo que recebia o governo da ilha de Guernesey.
Em 1476 encontrava-se na França, e pôde emprestar a Dom Afonso V elevadas somas quando o rei de Portuga
l ali foi para se avistar com Luís XI de França. Ao tomar o partido de Ricardo II de Inglaterra, jogaria porém
na carta errada, e a vitória da facção contrária forçou-o a retira-se para Portugal, onde foi bem acolhido pôr
- João II. Só em 1500, alcançando o perdão de Henrique VII, pôde voltar à Grã-Bretanha, onde ainda
viveria o suficiente para ver um filho ser armado cavaleiro da Jarreteira em Winchester pôr aquele mesmo monarca.
Deixou geração em Portugal, que continuou a usar o apelido Brandão, e na Inglaterra, que prosseguiu a linhagem dos Brampton.
Leite, sobrenome de origem portuguesa . O mais remoto indivíduo que se conhece usando este nome como apelido é um
Álvares Anes Leite, que viveu na primeira metade do séc. XV e que teve o senhorio de Calvos e de Basto, em Entre Douro e
Minho, a alcaidaria-mor de Monforte de Rio Livre, e que de seu casamento com Filipa Borges deixou sucessão que deu continuidade
ao seu nome.
Uma disputa jurídica que ele teve – e que ganhou – com João Rodrigues Pereira, sobre a terra de Calvos, é indício verosímil de se
verificar parentesco entre ele e os Pereiras.
Primitivamente alcunha, da comparação com o leite, da alvura de uma pessoa (Antenor Nascentes, II, 170; Antroponímia, 249).
Ilha da São Miguel: sobre a história desta família e sua passagem para a Ilha de São Miguel, escreveu no ano de 1717, o Padre
Antonio Cordeiro, em sua História Insulana das Ilhas a Portugal Sugeytas, Livro V – Da fatal Ilha de S. Miguel, Capítulo XVII –
De algus homes famosos, & familias que vieraõ povoar a Ilha de Saõ Miguel; Título IV – Dos Botelhos, Leytes, Amaraes,
Vasconcellos [Antonio Cordeiro – História Insulana, Livro V, Ilha de São Miguel]. Ilha Terceira: o genealogista Eduardo de Campos
de Castro de Azevedo Soares, em seu Nobiliário da Ilha Terceira, escreveu sobre esta família: Descendem de Diogo Leite de Azevedo,
que nasceu no Porto e passou aos Açôres nos fins do século XVI. Viveu na Ilha de S. Miguel, onde constituiu família que se
ramificou na Terceira e em outras ilhas do archipélago açoriano. Era filho de Diogo Leite do Amaral, fidalgo da Casa Real e
commendador de S. Pedro das Aguias, e de sua mulher D. Maria Pereira de Vasconcellos; neto paterno do dr. João Rodrigues do
Amaral e de sua mulher D. Aldonça Leite, da família dos Leites, da Honra de Calvos, em Bastos; e, pelo lado materno, neto de
Jacomo Rodrigues de Vasconcellos, sr. Do Couto de Sinfães e Alvarenga, e de sua mulher D. Izabel de Azevedo. Diogo Leite
de Azevedo, foi fid. Da Casa Real, por alv. De 22 de novembro de 1581, cav. Da ordem de Christo e superintendente da Casa
da Moeda do Porto. Casou em Villa Franca do Campo, na ilha de S. Miguel, com D. Helena de Castro, filha de Sebastião
de Castro e de sua mulher D. Isabel da Costa.Entre os descendentes de Diogo Leite e de Helena de Castro, registra-se o quarto
neto, Antão José Leite de Vasconcelos, fidalgo cavaleiro da Casa Real, por alvará de 28.03.1713. Ausentou-se para o Brasil, onde
seguiu a carreira militar [Azevedo Soares – Nobiliário da Ilha Terceira, II, Título LI]. Brasil: Sobrenome de inúmeras famílias espalhadas
por diversas partes do território brasileiro: Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Maranhão, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará
, Amazonas, Alagoas, Sergipe, Santa Catarina, Bahia, etc. No Rio de Janeiro, entre as mais antigas, registra-se a família de Francisco
Leite, que deixou descendência em 1690.
- Como o jornalista Helio Rubens vê as coisas - 9 de janeiro de 2024
- Como o jornalista Helio Rubens vê o mundo - 27 de dezembro de 2023
- Como o jornalista Helio Rubens vê o mundo - 22 de dezembro de 2023