Noite fria, gente quente! Mas indignados com os atos brutais praticados contra os professores e funcionários públicos da rede de educação do Paraná no dia 29/04/2015.
Foi esse o mote para o ato que ocorreu ontem, dia 05/05/2015, às 20h30, na UFSCar CampusSorocaba, e que reuniu professores, alunos, técnicos administrativos, bem como organizações e movimentos sociais da região.
Muito embora a moção de repúdio lida no evento fosse direcionada às autoridades do Paraná, na qual também se cobra a apuração das responsabilidades (segue abaixo), os presentes se mostraram preocupados com o fato de que o ataque aos direitos dos trabalhadores no Parará tem se espalhado pelo Brasil. Eles chegaram nos estados, muitos dos quais em greve, inclusive em São Paulo, e mesmo nos municípios, como é o caso de Sorocaba, na qual o encaminhamento do Plano Municipal de Educação teve que ser encerrado pela Prefeitura em virtude de protestos pela falta de transparência e democracia.
Todo apoio às lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores! Essa foi a síntese do ato, que de diferentes formas foi inscrita pelos presentes em uma faixa que será encaminhada aos colegas em luta no Paraná!
MOÇÃO DE REPÚDIO À VIOLÊNCIA CONTRA OS PROFESSORES DO PARANÁ
Professores(as), alunos(as) e técnicos(as) administrativos(as) do Campus Sorocaba da UFSCar, juntos com a comunidade da região, vem a público repudiar os atos de violência praticados no Paraná, no dia 29 de abril último, contra os professores e funcionários da rede estadual de educação em greve, e exigir a imediata apuração das responsabilidades pela inominável violência praticada.
Os motivos que levam a comunidade da região de Sorocaba a manifestar-se em ato é a brutal repressão promovida pelo Governo do Estado do Paraná, por meio de execrável ação policial, que feriu aproximadamente 200 companheiros, manchou de sangue a bela Curitiba e maculou a história de luta do povo brasileiro por educação pública de qualidade.
Consideramos ser mais do que legítima e necessária a greve dos funcionários da rede pública estadual de educação do Paraná contra o projeto de lei 252/2015, pois ele fere o direito previdenciário do funcionalismo público daquele estado. Assim, é inaceitável massacre promovido pelo governador Beto Richa, pelo secretário de Segurança Pública, Fernando Franscichini, e pelo deputado Ademar Traiano. O que eles fizeram, articuladamente, revive os tristes tempos da ditadura civil-militar, que com violência e desrespeito aos direitos fundamentais da pessoa, perseguia, torturava e matava os que se manifestassem contrários ao regime nefasto. A deplorável ação promovida no Paraná é um atentando contra qualquer padrão de civilidade democrática, até mesmo porque visava a garantir que o povo não entrasse na Assembleia Legislativa, justamente espaço conhecido como a “Casa do Povo”. Mais lamentável ainda foi a resposta do Governo quando cobrado pela imprensa, bem como a da Polícia Militar, os quais, para espanto de todos e todas, alegaram terem se “defendido apenas”, estranhos que são aos princípios de qualquer estado democrático de direito. Na verdade, os algozes queriam virar vítimas, para justificar agressões injustificáveis, mas as imagens mostradas ao mundo não deixaram dúvidas de quem se defendia do que.
De nossa parte, temos certo que o que defendemos neste ato é o direito de se lutar por uma educação pública, laica, gratuita e de qualidade, o que não se consegue sem professores com reconhecimento salarial e direitos previdenciários garantidos, muito menos ainda quando são reprimidos descabidamente quando lutam por isso.
Por isso, repudiamos veemente o tratamento das pautas da educação por meio de intervenção militar e exigimos a imediata apuração das responsabilidades sobre esse atentando à civilidade democrática!
Todo apoio à greve dos professores do Paraná!
Menos bala e mais giz!
Comunidade interna da UFScar-Campus Sorocaba/SP
Representantes da sociedade da região de Sorocaba/SP
Em 05/05/2015
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.