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Livro de Pollyana Ferrari discute  Fake News e “como sair das bolhas”

 

 O livro traz questões e reflexões que dialogam com o cotidiano e auxilia a compreender o mundo em que vivemos e como atuar nele

No dia 18 de abril, quarta-feira, das 17h30 às 21h, acontece na Livraria Cultura, do Conjunto Nacional (av. Paulista, 2.073, em São Paulo), o lançamento do livro “Como sair das bolhas” (176 páginas, R$ 36,00, Educ e Armazém da Cultura), de Pollyana Ferrari. Junto com o lançamento, haverá, no Teatro Eva Hertz (na própria livraria), um debate sobre o tema do livro, com a presença de Lucia Santaella (PUC-SP), Martha Gabriel (PUC-SP), Eugênio Bucci (USP), Leandro Beguoci (Nova Escola) e, claro, a própria Pollyana Ferrari. A entrada para o evento é aberta a todos.

            O livro traz questões e reflexões que dialogam com o cotidiano de qualquer pessoa que vive no século XXI, auxiliando a compreender o mundo em que vivemos e como atuar nele.  É uma leitura essencial para qualquer indivíduo – independentemente da sua formação, atuação ou idade – pois fomenta a reflexão crítica sobre o efeito “bolhas” e suas consequências. Traz uma contribuição valiosa à educação na era digital. De forma didática e ao mesmo tempo profunda, Pollyana desvenda as transformações que nos trazem para o contexto atual, orientando-nos sobre como não perder a lucidez e combater as distorções, muitas vezes disfarçadas em notícias. De acordo com Martha Gabriel, que apresenta o livro, “Pollyana Ferrari nos presenteia aqui, não apenas com informações e reflexões, mas também, e principalmente, com humanidade articulada com tecnologia”.

A obra da escritora, jornalista, professora e doutora em Comunicação Digital Pollyana Ferrari se debruça sobre as bolhas da pós-verdade, principalmente a partir de 2010, com a proliferação dos blogs e redes sociais, nos quais a propagação de notícias falsas vem crescendo exponencialmente, já que barateou o custo de produção e distribuição. E se debruça também nas alternativas de checagem para a sobrevivência do debate público em sociedades democráticas.

Embora a tecnologia tenha sido desde sempre a mola-mestra da nossa evolução, reestruturando continuamente todas as dimensões da existência humana, até recentemente o ritmo das transformações no mundo era linear e previsível.

Para “combater” a vertiginosa aceleração tecnológica que torna ainda mais complexo e imprevisível tudo o que está ao nosso redor, Pollyana Ferrari propõe antes de tudo uma nova relação com o ruído ou, mais que isso, o silêncio como uma forma de resistência, “um modo de manter a salvo uma dimensão interior diante das agressões externas”.

Com um texto elegante, leve e ao mesmo tempo profundo, a autora mostra a inevitável relação da Fake News com a rapidez, a falta de ética e educação e o fato de cada vez mais as pessoas de fecharem em bolhas. Ao conviver, real e virtualmente, apenas com pessoas que têm os mesmos perfis políticos e culturais, abre-se espaço – com a intolerância em relação ao que é diferente e a demonização do “outro” – para a falta de reflexão e questionamento e, claro, proliferação da Fake News. O livro “Como sair das bolhas” é uma verdadeira batalha, em defesa da paciência ética exigida pela checagem dos fatos, um contundente manifesto contra a leviandade ingênua ou deliberada das crenças e dos compartilhamentos às cegas.

Ao mesmo tempo, os dados e reflexões apresentados por Pollyana Ferrari apontam para caminhos e permitem uma certa dose de otimismo, ao demonstrar que há cada vez mais pessoas, grupos, associações e agências que atuam em defesa da ética e da checagem dos fatos.

“Como sair das bolhas” é uma leitura prazerosa e fundamental. Como escreveu Lucia Santaella no prefácio do livro, “contrariamente à disseminação de comportamentos aguerridos, no livro Como sair das bolhas, com delicadeza na voz, Pollyana Ferrari pega o leitor pela mão e pelo coração, sinalizando os caminhos e os meios disponíveis que possibilitam furar as bolhas e delas escapar para desdobrar pontos de vista e, sobretudo, responsabilizar-se por aquilo em que se crê”.

 

Trechos da Apresentação do livro, por Martha Gabriel

“Além da complexidade, as tecnologias digitais catapultaram também as conexões e a produção/ disseminação de conteúdos no mundo, resultando em fenômenos como a Economia da atenção (Davenport, 2001) e o Paradoxo da escolha (Schwartz, 2004), sobrecarregando-nos cognitivamente. Uma das consequências disso é que os filtros informacionais que utilizávamos no mundo linear não funcionam mais na era digital exponencial e complexa – mídia/educação tradicional e distância geográfica, os principais estruturantes da informação do mundo analógico, colapsaram com as plataformas digitais, transferindo poder e, ao mesmo tempo responsabilidade informacional aos indivíduos.

“No entanto, a associação da facilidade de se gerar e disseminar informações nas plataformas digitais com o uso de filtros informacionais dissociado de pensamento crítico agravou dois fenômenos alienadores que têm comprometido o cenário comunicacional recentemente – fake news e pós-verdade.  Elas geram “bolhas” de percepções equivocadas e perigosas que tendem a comprometer a saúde social (tanto individual quanto coletiva) e que só podem ser combatidas por meio da educação, do pensamento crítico e da ética.

Entretanto, um dos principais paradoxos que o ambiente digital nos traz é que se, por um lado, ele nos distrai e dispersa, por outro, requer cada vez mais pensamento crítico e aprofundado para se lidar com suas mudanças e filtrar informações.”

 

Trechos do Prefácio do livro, por Lúcia Santaella

“…o livro de Pollyana Ferrari é uma verdadeira batalha, com as armas do espírito, em defesa da paciência ética exigida pela checagem dos fatos. Um verdadeiro manifesto contra a leviandade ingênua ou deliberada das crenças e dos compartilhamentos às cegas. Em função disso, deve-se notar que existem hoje nas redes sociais verdadeiros exércitos de soldados da verdade, prontos a apontar suas armas verbais contra aqueles que, de um lado, pelos deslizes da pressa e dos gestos automáticos a que são convidados pelo simples toque em um botão, compartilham impensadamente falsas notícias ou informações; de outro lado, aqueles que voluntariamente produzem e compartilham mentiras em prol do interesse de suas crenças. Tudo estaria perfeito se as armas dos soldados do controle não fossem alimentadas pela violência simbólica, por balas de agressão destrutiva que visam a linchar virtualmente os pretensos criminosos. Não se quer negar, com isso, a positividade da denúncia daquilo que os fatos dizem ser falso. São denúncias ainda mais relevantes quando a mentira é intencionalmente criada pela intolerância com o objetivo de desmontar e minar a alteridade. É preciso, contudo, diferenciar as árvores da floresta. E elas são, de fato, extremamente diversificadas, quando se trata da postagem e do compartilhamento nas redes, que vão da ingenuidade, leviandade, pressa e informação distorcida, até a enganação deliberada e a mentira deslavada com a intenção de defender interesses e atingir resultados espúrios. Entretanto, denunciar o falso, em quaisquer desses casos, não implica necessariamente a selvageria do julgamento agressivamente arrogante de quem se sente dono da verdade, o ódio implícito no linchamento virtual que não está tão longe da violência física quanto se pensa. Contrariamente à disseminação de comportamentos aguerridos, no livro Como sair das bolhas, com delicadeza na voz, Pollyana Ferrari pega o leitor pela mão e pelo coração, sinalizando os caminhos e os meios disponíveis que possibilitam furar as bolhas e delas escapar para desdobrar pontos de vista e, sobretudo, responsabilizar-se por aquilo em que se crê. Toda ação, especialmente quando fere valores, provoca ações de resistência opositiva. Não é, portanto, casual que a onda da pós-verdade esteja produzindo reações de bloqueio e de proteção contra os golpes da mentira. Isso se dá, de um lado, na busca dos usuários por diversificar suas fontes de notícias; e, de outro, pelas plataformas e agências que estão sendo abertas para operações de checagem dos fatos…”.

“…entre outras qualidades presentes na sutileza dos fios que são tecidos em Como sair das bolhas, encontra-se a apresentação documentada de pessoas, grupos, associações e agências que estão do lado de lá das bolhas da pós-verdade. São exemplos admiráveis e inspiradores. Não creio que haja maneira mais efetiva de educar do que aquela que se realiza pelo exemplo. Nesse sentido, o livro de Pollyana Ferrari é sobretudo educativo, pois funciona ele mesmo como exemplo a ser seguido e compartilhado.

 

Trechos do livro de Pollyana Ferrari

Como sair das bolhas é um processo de amadurecimento pessoal, resultado da minha mudança interna: mudei meu jeito de pesquisar, de trabalhar, de enxergar os filhos, mudei de casa e de estilo de vida, priorizando hoje o simples. Bolhas de ódio, compartilhamento de mentiras como forma de prejudicar o outro, seja uma pessoa, seja um partido político, seja uma escolha de gênero ou uma raça não cabem mais neste tempo de expansão de consciência…”

 

“…a consciência está expandindo e pode ser bastante doloroso entrar em contato com essas contradições e perceber que você fala uma coisa e faz outra: fala de paz, mas faz guerra; fala de bem-estar social, mas gera sofrimento para a sociedade.”

 

“Seja falando, digitando no grupo da família no WhatsApp ou compartilhando notícias nas redes sociais, livre-se das bolhas. Sabemos que apegos são confortáveis. Só conversamos com pessoas iguais a nós, só frequentamos a pizzaria dos amigos, só curtimos quem pensa igual a nós. Só ouvimos músicas de gêneros que gostamos. Nem para conhecer um outro ritmo musical nos aventuramos. E a cada dia nossas timelines vão ficando cada vez mais iguais, pois os algoritmos começam a nos mostrar só o que está na nossa bolha.  Ficamos na zona de conforto e achamos que tudo gira em torno do consumo, do estímulo de uma nova aquisição e do mínimo esforço. Não queremos, por exemplo, namorar uma pessoa que mora num bairro distante, pois dá trabalho se locomover até lá. Por isso tantos aplicativos de relacionamentos utilizam ferramentas de geolocalização para você achar o ‘amor da sua vida’ a menos de 1km de distância. Ou as notícias que são compartilhadas sem sequer serem lidas.”

 

“…Mesmo em grandes centros urbanos, como São Paulo, é possível entrar num parque, praça [na hora do almoço] e fazer essa conexão com a Mãe Terra. Nossos anjos já estão ao nosso lado, só esperando essa brecha para se manifestar, mesmo que você esteja voltando, por exemplo, de uma reunião pesada. Tudo é uma questão de se manter firme, na prática diária. Fácil, quem disse que era? Às vezes queremos apenas colo e um banho quente, quando a maldade do mundo parece maior do que podemos suportar. Mesmo estando sozinho, prepare seu banho quente e peça colo, com o coração. Vai se sentir abraçado pelo seu anjo. Pode achar que é uma bobagem o que estou falando, mas com treino vai perceber que é uma questão de lei da Física [é a corrente vibracional e a repetição que vão mudar seu padrão mental].”

 

Não precisamos nos retirar nos Himalaias, jogar fora o celular ou sair das redes sociais. O que precisamos aprender é fazer bom uso dessas ferramentas. E o bom uso da sua existência aqui na Terra. E essa proposta de vida serve para hora do banho, para o momento nas redes sociais, lugares e pessoas. O reto caminho exige perseverança, pois não é um processo fácil. A prática diária da gratidão pelo ar, pelo acordar de manhã, pelo alimento, pelo trabalho, começa a virar um hábito divertido. Você percebe o quanto é narcisista e começa a ter compaixão pelo outro ser: uma planta, um gato ou a pessoa ao lado no ônibus lotado. Começa a dar bom dia na rua para estranhos, pois, afinal, ele faz parte da mesma família de 7 bilhões de encarnados no planeta. Com essa filosofia, você vai começar a pensar dez vezes antes de compartilhar fake news ou parar na vaga do idoso. Vai se colocar no lugar do outro. Aprender a colocar a mente onde estiverem nossas mãos, como ensina a filosofia védica, também faz parte dos ensinamentos do Caminho Óctuplo de Buda. Exercício difícil para mim, pois era adepta de fazer 10 coisas ao mesmo tempo. Até tontura sinto ao focar em uma coisa de cada vez.”

 

“PRIMEIRAMENTE, DEVEMOS RECONHECER que as notícias falsas são, na verdade, uma variedade de desinformações que pode variar entre a correta utilização de dados manipulados, a utilização errada de dados verdadeiros, a incorreta utilização de dados falsos e outras combinações possíveis. As agências de fact-checking (checagem de fatos), movimento mundial que começou a ganhar força a partir de 2010 e nada tem a ver com os veículos tradicionais de comunicação, são iniciativas de institutos como, por exemplo, o Poynter, nos Estados Unidos, criador da International FactChecking Network (IFCN), ONGs e empresas privadas que vivem de investidores externos, como é o caso da agência Lupa no Brasil, que tem o Instituto Moreira Salles como patrocinador, ou iniciativas de financiamentos coletivos, como a que mantém o site Aos Fatos, também brasileiro. Essas ações mistas entre universidades, ONGs, fundações e iniciativa privada mostraram ao mundo, após a eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e a votação do Brexit, na Inglaterra, que fake news virou uma praga midiática, e que precisamos combatê-la, retomando o debate público, ensinando o cidadão comum a checar antes de clicar ou compartilhar qualquer informação. Conseguir aliar tecnologia, algoritmos, sociedade da informação e a conexão com o ser divino que te habita será a grande saída do século XXI. Sem nos conectar amorosamente com o planeta, com os rios, com as praias, com o sol, com as florestas e com os outros seres humanos não teremos como transcender e cada vez mais nos atolaremos na pós-verdade, no estado de exceção, no retrocesso cultural e social e nas bolhas. Faltarão alimentos para todos, as cidades entrarão em deterioração, a infraestrutura social colapsará se continuarmos promovendo as bolhas, movidos pelo desejo e pelo consumo.”

 

“A sociedade do fluxo informacional, a velocidade das redes sociais, dos aplicativos, tudo nos deixa inquietos, e a inquietude só causa prejuízos: compartilhamos o que não lemos, aceitamos a sedução como verdade, pois ela nos conforta no momento de angústia. Atiramo-nos ao consumo, pois também, momentaneamente, nos sentidos calmos e saciados, mas tudo isso é frugal, como um brigadeiro gourmet. Os likes (curtidas) que conseguimos com a foto manipulada, em que diminuímos as bochechas do rosto, damos uma “emagrecidinha” na barriga ou iluminamos o rosto com um blush mágico, fazem-nos acreditar naquela persona digital que criamos. E, num segundo, já estamos presos nas bolhas da pós-verdade. Já começamos a mentir, a compartilhar mentiras, e isso tem virado um tsunami na era atual. Quando perdemos nosso papel de questionadores? De pessoas éticas? Quando passamos a nos contentar com tão pouco? Onde perdemos a conexão com nossa divindade interna? A vida está mais complexa, a tecnologia criou um fosso entre os que não dominam a mídia social e os que a dominam. Todos buscam ser jovens, alegres, sociáveis. Isso é inerente ao ser humano e muito antigo. Cleópatra banhava-se em leite para manter a pele jovem, leite que escravos tinham que trazer para seu deleite. Maria Antonieta, no século XV na França, idem, com suas festas que duravam dias, enquanto os franceses morriam de pestes e fome. A vaidade remonta a tempos primitivos. O que mudou no século atual foi uma questão de escala. Mais seres humanos ganharam voz e conexão no planeta, e tudo viraliza mais rápido do que o tempo orgânico, o tempo linear das estações do ano, do aprendizado escolar, do calendário, das leis, etc. Logo, a vaidade viraliza mais rápido. Mas a bondade também pode viralizar, depende de nós.”

 

“Outro problema gigantesco é a carência afetiva do cidadão do século XXI; a necessidade de ser aceito nas redes sociais tem criado um gigantesco mar de dados de fake news. Como não consigo me enxergar, identificar meu ser divino, transfiro para minha persona digital meus desejos.  A mentira, fake news, não está só nas notícias exibidas na televisão, nos jornais, nos blogs ou nas redes sociais.   Ela está na foto photoshopada, ou seja, no rejuvenescimento milagroso feito por um software; a mentira está no check-in do restaurante descolado, feito da porta, só para dizer que esteve lá; a mentira está na eleição de Donald Trump, nos casamentos, nos relacionamentos entre empregados e empregadores, nos governos, nas religiões, que adulteraram a palavra de Cristo e praticamente vendem a salvação em prestações mensais. A mentira está tomando conta de tudo. Mas como reconhecer uma mentira? Você tem consciência das suas mentiras? De tudo que você dá uma “manipuladinha” para parecer mais legal? Como leitores, estamos preparados para identificar uma falsa informação? E o que fazem os jornais, as emissoras de televisão e as redes sociais para evitar a sua circulação? Que sistemas estão sendo preparados para que este planeta mergulhado em bolhas de mentiras não ganhe dimensão suficiente para interferir ainda mais nos resultados das eleições, no futuro de uma cidade? De uma criança? Sair das bolhas deveria ser discutido na grade curricular das escolas, nas festas de aniversário, nas filas dos supermercados, nas estações de metrô, etc. Quais iniciativas educacionais estão sendo planejadas para ensinar adolescentes e jovens como saírem das bolhas? São perguntas importantes e que exigem uma resposta rápida porque a história mostra que as fake news podem interferir no normal funcionamento das democracias e até matar, como no caso de Fabiane de Jesus, moradora do Guarujá, litoral de São Paulo, que será detalhado mais adiante no livro.”

 

“Quando paramos de duvidar? E passamos a aceitar todas as declarações que recebemos? A emoção anda presidindo a razão nesta era da pós-verdade, tornando-se porta escancarada para fake news e outras aberrações midiáticas.  E aqui vale uma ressalva, meu caro leitor, pois duvidar e querer checar a informação recebida são ações muito maiores do que etapas da rotina do Jornalismo, é uma função social do cidadão que foi educado para ter pensamento crítico; o que é pouco estimulado em governos corruptos e democracias em crise. Anda faltando ética, educação, e sobrando influenciadores [adjetivo, nome masculino, que influencia outras pessoas. Na era das mídias sociais, virou sinônimo de profissão, na maior parte das vezes ligada a youtubers]. Segundo a definição do dicionário Oxford, pós-verdade (post-truth em inglês) é um adjetivo que faz referência a “circunstâncias em que os fatos objetivos têm menos influência na formação de opinião pública do que os apelos emocionais e as opiniões pessoais”. O termo foi escolhido como a palavra do ano de 2016 pelos dicionários britânicos Oxford e só vem reforçar a sociedade do consumo, na qual apelos emocionais e opiniões falam mais alto do que a verdade. As bolhas acabam ditando nosso comportamento, pois não queremos sair da zona de conforto.”

 

Sobre Pollyana Ferrari

Pollyana Ferrari é escritora, jornalista, doutora em Comunicação Digital pela USP, professora do Departamento de Jornalismo e professora do Programa de Estudos Pós-Graduados Stricto Sensu em Tecnologias da Inteligência de Design Digital, ambos na PUC-SP. É autora de seis livros sobre Comunicação Digital, entre eles “Jornalismo Digital”, ”Hipertexto, Hipermídia”, “A força da mídia social” e “No tempo das telas”, além de ter participado de 12 livros sobre Comunicação. Lançará no dia 18 de abril, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na av. Paulista, seu novo livro, “Como sair das bolhas”, pela Educ, editora da PUC-SP. Foi editora-assistente no jornal “O Estado de S. Paulo”, diretora da unidade de internet da Editora Globo, editora do site da revista “Época” e diretora de conteúdo do portal IG. Atua também como Consultora de Empresas em Mídia Social.

Em seu doutorado (2007) procurou mapear de que forma as narrativas hipertextuais estão mudando a democracia digital. Ao detectar tais mudanças, ocorridas nas narrativas mediadas por computador, com a elaboração de um experimento coletivo de trocas de narrativas, o Remixando (http://remixando.ig.com.br/html/index.php), procurou correlacionar algumas escrituras, sejam elas em formato texto (poesias, contos, folhetins, histórias cotidianas, urbanidades), formato imagético (fotografias, ilustrações, vídeos, recortes), formato sonoro ou formato comunitário, como listas de discussão e redes sociais.

Em sua dissertação (2002), que investigou o formato portal e sua relação com o Jornalismo Digital, Pollyana Ferrari estava interessada em saber como as diferenças de arquitetura entre os públicos de um portal afetavam a sociabilidade, a identidade e a edição jornalística.  Há 25 anos atua no mercado editorial de TI, tendo dedicado os últimos 20 anos à Internet.

Dissertação de Mestrado: “usabilidade e exercício de jornalismo, dentro do formato portal no Brasil”, defendida em 2002, na ECA – Escola de Comunicação e Artes – da Universidade de São Paulo (USP).

Tese de Doutorado: “A rizomática aventura da hipermídia”, defendida em 2007 na ECA – Escola de Comunicação e Artes – da Universidade de São Paulo (USP).

 

Serviço:

Nome do livro: “Como sair das Bolhas”

Autora: Pollyana Ferrari

Editoras: Educ e Armazém da Cultura

Número de páginas: 176.

Preço: R$ 36,00.

Ano de edição: 2018.

Helio Rubens
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