“Imaginava-se num palco todo iluminado,/ Onde as amiguinhas se juntavam,/ E todas ao som da música valsante,/ Pareciam borboletinhas azuis voando.”
Ensaiava seus passinhos meio vacilantes.
Não tinha sapatilhas nem meias rendadas,
Para proteger os pezinhos descalços
Que machucava no chão de terra batida.
Queria ser uma bailarina deslizante,
Pezinhos no chão, saia rodada,
Sapatilhas douradas e meias branquinhas,
Cabelinhos empinados cobertos de gel.
Porte altivo mesmo que pequena,
Magrinha pela sua condição social,
Sendo pobrezinha moradora de favela,
Onde os sonhos se desvanecem e somem.
Imaginava-se num palco todo iluminado,
Onde as amiguinhas se juntavam,
E todas ao som da música valsante,
Pareciam borboletinhas azuis voando.
Os aplausos ouvia enquanto sonhava,
E todas juntinhas faziam suas reverências,
Agradecendo o final do espetáculo,
Quando as cortinas se fechavam.
Só que sua realidade é bem outra,
Pois pequena e sendo pobrezinha,
Jamais poderia ser uma graciosa bailarina,
Pelas posses que seus pais não tinham,
Jairo Valio – valio.jairo@gmail.com
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola – NALA, e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre vários titulos: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos, Pesquisador em Artes e Literatura; Pela Academia de Letras de São Pedro da Aldeia, o Título Imortal Monumento Cultural e Título Honra Acadêmica, pela categoria Cultura Nacional e Belas Artes; Prêmio Cidadão de Ouro 2024, concedido por Laude Kämpos. Pelo Movimento Cultivista Brasileiro, o Prêmio Incentivador da Arte e da Cultura,


