novembro 22, 2024
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Sônyah Moreira: 'Diáspora ou êxodo?'

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“O que vemos hoje por todo o planeta Terra é  diáspora e  êxodo populacional em busca de melhores condições, o deslocamento  em massa de seres humanos, passando por tantos sofrimentos.”  

 

A definição desse verbete “Diáspora” tem sua origem no grego arcaico, que significa: dispersão de povos, com motivação política ou religiosa, já se falando em “Êxodo”, que significa uma saída espontânea de um povo, será mesmo espontânea? Ninguém em sã consciência sai pelo mundo por livre vontade, situações de extrema necessidade que os fazem tomar esta decisão, não há dúvida.

O que vemos hoje por todo o planeta Terra é  diáspora e  êxodo populacional em busca de melhores condições, o deslocamento  em massa de seres humanos, passando por tantos sofrimentos.  Os que mais sofrem são os pequenos, longe de entenderem o motivo real, isso nos faz refletir sobre fronteiras, será mesmo necessária sua existência?

O planeta Terra, quando visto do alto, não mostra  nenhuma marcação delimitando este ou aquele país, é simplesmente uma massa suspensa no universo, um único bloco, composto por  terra e água.

O povo judeu sofreu diversas diásporas ao longo de sua história, foram forçados a se dispersarem pelo mundo, sofrendo as conseqüências do preconceito arraigado de líderes ansiosos por poder, hoje, isso não está restrito apenas ao povo  judeu, mas distribuídos entre os países considerados pobres, que foram explorados por milênios.

Qual o argumento de países que resistem em acolher seus semelhantes? É chegado o momento da derrubada das fronteiras, deixar de existir  muros da vergonha, abolir governos individuais, e estabelecer um governo único, um conselho universal.

Quem sabe, pudéssemos deixar a hipocrisia de lado, fazer do nosso planeta apenas um único povo, uma única nação,  cidadãos terráqueos, livres para viverem onde melhor se adaptarem.

O que  será que nos fez retroceder tanto em nossa evolução humana?Deveríamos  nos reunir  para discutir o bem estar de todos, e não somente  para demagogias sem fundamento. A preocupação em relação às fronteiras leva a truculência de policiais, como se aquele semelhante, possuísse diferenças de constituição corpórea, talvez, quatro braços, duas bocas. Indiscutivelmente, somos todos iguais, não há ninguém com mais ou menos membros.

Quem sabe, essa desenfreada preocupação em descobrir outros mundos, talvez,    as fronteiras estabelecidas cá em nosso planeta, já não bastam ao ego dos poderosos? É preciso buscar novos desafios, ou um aterro sanitário maior, ou  e novos  desafetos e inimigos!

A diáspora moderna poderá ocorrer de forma diferente,  fazendo o êxodo da Terra, para mundos longínquos, interplanetários. Para ambição humana não há limites, líderes sedentos de poder, subjugam os mais fracos, e esperam encontrar seres de outros mundos para conquistar e quem também subjugar.

Oh! Bela torre de Babel, a que ponto chegou! Os diferentes idiomas, só  não diferem o choro e  as lagrimas, estes são iguais, o olho marejado independe da cor da pele, do país de origem, a dor do sangue derramado e a mesma sejam qual for o idioma ou religião.

Quantas diásporas, quantos êxodos serão necessários, para que se perceba a finitude de nossa existência. Lembrando!  Nada do que amealhamos ao longo de nossa existência terrena, não passam de empréstimos, com data definida de termino para a devolução. Não somos donos de  absolutamente nada a nossa volta.

Que soberba, desejar o controle dos outros, respeito somente  aos seus direitos, pensar, que só os seus  entes sangram  na dor.

A terra prometida, talvez, não esteja mesmo deste  lado do universo!

 

Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com

 

 

Sergio Diniz da Costa
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