“O que vemos hoje por todo o planeta Terra é diáspora e êxodo populacional em busca de melhores condições, o deslocamento em massa de seres humanos, passando por tantos sofrimentos.”
A definição desse verbete “Diáspora” tem sua origem no grego arcaico, que significa: dispersão de povos, com motivação política ou religiosa, já se falando em “Êxodo”, que significa uma saída espontânea de um povo, será mesmo espontânea? Ninguém em sã consciência sai pelo mundo por livre vontade, situações de extrema necessidade que os fazem tomar esta decisão, não há dúvida.
O que vemos hoje por todo o planeta Terra é diáspora e êxodo populacional em busca de melhores condições, o deslocamento em massa de seres humanos, passando por tantos sofrimentos. Os que mais sofrem são os pequenos, longe de entenderem o motivo real, isso nos faz refletir sobre fronteiras, será mesmo necessária sua existência?
O planeta Terra, quando visto do alto, não mostra nenhuma marcação delimitando este ou aquele país, é simplesmente uma massa suspensa no universo, um único bloco, composto por terra e água.
O povo judeu sofreu diversas diásporas ao longo de sua história, foram forçados a se dispersarem pelo mundo, sofrendo as conseqüências do preconceito arraigado de líderes ansiosos por poder, hoje, isso não está restrito apenas ao povo judeu, mas distribuídos entre os países considerados pobres, que foram explorados por milênios.
Qual o argumento de países que resistem em acolher seus semelhantes? É chegado o momento da derrubada das fronteiras, deixar de existir muros da vergonha, abolir governos individuais, e estabelecer um governo único, um conselho universal.
Quem sabe, pudéssemos deixar a hipocrisia de lado, fazer do nosso planeta apenas um único povo, uma única nação, cidadãos terráqueos, livres para viverem onde melhor se adaptarem.
O que será que nos fez retroceder tanto em nossa evolução humana?Deveríamos nos reunir para discutir o bem estar de todos, e não somente para demagogias sem fundamento. A preocupação em relação às fronteiras leva a truculência de policiais, como se aquele semelhante, possuísse diferenças de constituição corpórea, talvez, quatro braços, duas bocas. Indiscutivelmente, somos todos iguais, não há ninguém com mais ou menos membros.
Quem sabe, essa desenfreada preocupação em descobrir outros mundos, talvez, as fronteiras estabelecidas cá em nosso planeta, já não bastam ao ego dos poderosos? É preciso buscar novos desafios, ou um aterro sanitário maior, ou e novos desafetos e inimigos!
A diáspora moderna poderá ocorrer de forma diferente, fazendo o êxodo da Terra, para mundos longínquos, interplanetários. Para ambição humana não há limites, líderes sedentos de poder, subjugam os mais fracos, e esperam encontrar seres de outros mundos para conquistar e quem também subjugar.
Oh! Bela torre de Babel, a que ponto chegou! Os diferentes idiomas, só não diferem o choro e as lagrimas, estes são iguais, o olho marejado independe da cor da pele, do país de origem, a dor do sangue derramado e a mesma sejam qual for o idioma ou religião.
Quantas diásporas, quantos êxodos serão necessários, para que se perceba a finitude de nossa existência. Lembrando! Nada do que amealhamos ao longo de nossa existência terrena, não passam de empréstimos, com data definida de termino para a devolução. Não somos donos de absolutamente nada a nossa volta.
Que soberba, desejar o controle dos outros, respeito somente aos seus direitos, pensar, que só os seus entes sangram na dor.
A terra prometida, talvez, não esteja mesmo deste lado do universo!
Sônyah Moreira – sonyah.moreira@gmail.com
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024