Célio Pezza: Crônica # 384: ‘Eleições, ordem e progresso’
“A nossa bandeira foi instituída em 19 de novembro de 1889, apenas quatro dias após a Proclamação da República, sendo uma adaptação da antiga bandeira do Império.”
A nossa bandeira foi instituída em 19 de novembro de 1889, apenas quatro dias após a Proclamação da República, sendo uma adaptação da antiga bandeira do Império.
Falando sobre as cores de nossa bandeira: o Verde simboliza a Casa de Bragança, da família real portuguesa, da qual fazia parte D. Pedro I. O Amarelo foi uma homenagem à Casa de Habsburgo na Áustria, da qual sua esposa, D. Maria Leopoldina fazia parte. Mais tarde, de uma maneira romântica, nossos professores nos ensinaram que o verde simbolizava nossas matas e o amarelo o nosso ouro.
O escudo imperial português foi substituído pelo globo azul, onde se encontra o lema positivista “Ordem e Progresso”. Esse lema é inspirado na doutrina Positivista de Augusto Comte, também chamada de “Religião da Humanidade”, onde não há espaço para o sobrenatural, pois todos os fenômenos têm origem e causa na natureza.
Ela diz “O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim”. Seu significado é que o Amor deve coordenar o princípio de todas as ações individuais e coletivas; a Ordem consiste na conservação e manutenção de tudo o que é bom e positivo; o Progresso é a consequência do desenvolvimento e o aperfeiçoamento da Ordem. Dessa forma, do desenvolvimento da Ordem, resulta o aperfeiçoamento individual, moral e social.
Esse lema significa “conservar melhorando”. Isto é, conservar e aperfeiçoar aquilo que existe de bom, através da correção e eliminação daquilo que é ruim. Ele busca condições sociais básicas, através do respeito aos seres humanos, fraternidade, salários dignos, etc., e o melhoramento do país em termos materiais, intelectuais e morais.
A doutrina Positivista diz que o Progresso conduz à Evolução da Humanidade. Durante a apresentação da nova bandeira, surgiu uma polêmica pois o bispo do Rio de Janeiro se recusou a abençoá-la devido a frase “Ordem e Progresso”, alegando que ela fazia apologia de uma seita divergente da religião católica, mas o lema foi mantido, graças ao apoio de republicanos, como Benjamin Constant.
Hoje, ninguém duvida, que falta no Brasil, tanto a Ordem quanto o Progresso. Na futura eleição deste ano, temos que ver qual o candidato tem a clara intenção de colocar ordem na bagunça reinante no país, além de tomar medidas para retornar ao ciclo de progresso. É um conceito Positivista que nada tem a ver com regimes militares e sim com conceitos de Amor e Ordem, para que haja o Progresso. Temos que eleger um candidato que tenha muito amor pelo Brasil, e que possa restaurar a Ordem e o Progresso que foi perdida pelos governos anteriores.
Célio Pezza – escritor@celiopezza.com – Agosto, 2018
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024