setembro 20, 2024
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O leitor participa: Diego Masil, de Paranapanema (SP), com a Crônica do Dia

“Reduzo a marcha, ligo a câmera do meu celular e fico fascinado pelos ângulos infinitos que a beleza de uma árvore em flor consegue traduzir-me.”

 

Eu sei que muitas coisas estão acontecendo de muito importante neste mundo neste momento.

Eu sei que neste mesmo momento há mães gerando filhos. E outras parindo-os. Eu sei que muitos casais estão se olhando nos olhos e fazendo um acordo de “Felizes Por Enquanto”. E outros tentando um desacordo equilibrado na medida do quase-impossível.

Eu sei que perdendo e ganhando estamos neste momento para aprendermos que nada é fixo, nada é permanente.

Eu sei que as lágrimas estão se transformando em rios doces e calmos. E outras estão encontrando a fúria em tormentas emocionais dentro de nossos mares interiores.

Eu sei que hoje é sábado aqui. E em outros lugares já se foi. Diante de tantas certezas, seguranças e conceitos de conhecimentos e aprendizagens que tenho em minha pequena mochila cerebral, contudo nunca vou conseguir definir o que acontece em mim, através de mim, quando uma árvore em flor me olha nos olhos. Só acho que as fábulas são mais reais que transcendem minha capacidade de pensar que é apenas força da imaginação contemplada nos livros encantados de Monteiro Lobato.

Reduzo a marcha, ligo a câmera do meu celular e fico fascinado pelos ângulos infinitos que a beleza de uma árvore em flor consegue traduzir-me. E também sei que neste momento alguém deve estar se permitindo a escrever declarações ridículas por reconhecer que paixões precisam ser ridículas para serem o que são e o que fazem em nós. Minha cidade é interior. Interior o suficiente pra saber que por onde quer que eu vá, ela estará em mim. Me limitando passos, remarcando e redescobrindo os canteiros por onde eu piso. E isso me faz um bem tremendo em minha humanidade. Desloquei os sentimentos de amor e apreciação para as árvores de minha cidade. E nunca mais recebi a visita da solidão.

Este é o Ypê Amarelo. Obviamente ele está rindo a respeito de minha conduta abestalhada ao olhar pra ele. O mundo rui ao meu redor. E eu desejo apenas árvores em flor pra um sábado comum, corriqueiro e único.

Vim ao mundo para desflorar árvores anônimas…

 

Diego Masil

Sergio Diniz da Costa
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