Carta aberta às mães dos ‘filhos’ do Brasil
Recentemente, uma jovem atriz da Globo fez publicações na internet rompendo relações com a própria mãe.
Seria essa postura fruto do momento político que vivemos, de eleição, de conflitos de ideias?
Na verdade, esse “fenômeno” social em que filhos rompem relações com seus pais está aumentando desde há algum tempo. Vamos aos fatos, com argumentação baseada no livro de Robson Pinheiro ‘O Partido’.
Nos anos 1990, o Partido dos Trabalhadores fundou, na cidade de São Paulo, um ‘foro’, um tipo de ‘congresso’, reunindo os principais líderes políticos de esquerda da
América Latina. Ali, foi elaborado um “projeto de poder” para que eles conseguissem chegar à presidência em seus respectivos países. As ideias lançadas davam conta de um processo de cooptação de pessoas que exercessem influência sobre outras, que fossem formadoras de opinião como professores, intelectuais e artistas. Além disso, haveria de ser cooptada pelo menos uma parcela da Igreja, qualquer que fosse a doutrina. Justamente por isso, não haveria armas nem derramamento de sangue, mesmo porque as tentativas históricas anteriores fracassaram. Agora, a arma seria ideológica.
Desse modo, o foco era o capitalismo, grande ‘monstro’ da época, representado pelos Estados Unidos, imperialista, que subjugava nações inteiras e fazia da América Latina o seu “quintal” de experiências e de excreção de seu lixo. Foi fácil convencer as pessoas de quem falei anteriormente, pois o capitalismo explorava o trabalhador honesto, produzia ricaços na medida em que se utilizava do trabalho escravo de pessoas pobres e “oprimidas”.
A esse discurso foram aderindo professores universitários e artistas todos orientados pela filosofia Marxista da subversão de poderes pela luta de classes. Também
a Igreja foi “comprando” essa briga até que, finalmente, o PT ganha a presidência da República num momento em que estava tudo equilibrado: inflação praticamente zerada e dinheiro em caixa.
O sr. Luiz Inácio Lula da Silva teve, portanto, a chance de transformar o Brasil numa grande nação. Investimentos poderiam e deveriam ser feitos. Educação de qualidade; saúde bem aparelhada; moradia a preços permissíveis ao trabalhador; transporte gratuito; segurança redobrada, enfim.
Do lado dos empresários, investimentos em infraestrutura necessária para produzir, escoar e distribuir bens e serviços, redução de impostos, mais postos de trabalho com melhores salários.
No campo, financiamentos mais baratos, reforma agrária, terra para todos produzirem.
No campo político o próprio Lula dizia: “Vamos mostrar ao Brasil que é possível colocar corrupto na cadeia”.
Prosperidade e, finalmente, “ordem e progresso”. Mas a verdade foi outra.
No ‘Foro de São Paulo’, praticamente todos os principais membros, já presidindo seus respectivos países, tomavam medidas para que suas reeleições
acontecessem e, assim foi. O Brasil teve aí, papel central, patrocinando muitas intervenções em vários desses países, promovendo obras de infraestrutura em outros e
até ‘perdendo’, para os Bolivianos, uma refinaria da Petrobrás ali instalada. Tudo isso com dinheiro público brasileiro.
Os impostos, que deveriam ser investidos em benefício do nosso povo, foram lançados fora do país, beneficiando os membros do ‘Foro de São Paulo’.
Os laços de amizade do PT foram se estreitando e aumentando, pois países da África, cujos ditadores há décadas escravizam o povo, também foram somando ao “peso
morto” que o Brasil carregava, uma vez que suas dívidas milionárias foram perdoadas.
Como se isso não bastasse, no governo do PT foram distribuídas benesses e mordomias aos ‘cumpanheiros’: mensalão e em seguida o petrolão, este abalando a
economia brasileira de modo que, com a derrocada da Petrobrás, milhares de empresas foram à falência.
Instalou-se uma crise no país, mais profunda e violenta nos estados onde o PT governava.
Vimos o enriquecimento dos filhos do Lula, num período de tempo muito curto, justificado por venda de projetos da internet e cobrança de palestras ‘duvidosas’ além das infindáveis propinas distribuídas a políticos através de seus partidos em campanhas ‘eleitoreiras’, em negociatas fraudulentas e criminosas.
Mas o pior de tudo isso estava, e ainda está, acontecendo nas “bases” do futuro da nação brasileira: as crianças. O plano de “poder absoluto” só poderia ser atingido se
houvesse a “preparação” das crianças para uma nova realidade social, pois os mais velhos, “enrustidos” em suas crenças e valores morais e éticos dificilmente aceitariam a implantação de um Estado Comunista e uma União das Repúblicas Socialistas da América Latina – URSAL, objetivo final do “Foro de São Paulo”.
Foi assim que o governo federal investiu bilhões de reais em material que pudesse cooptar as crianças para aceitar, no futuro, esse plano diabólico. As ações foram, paulatinamente, se estabelecendo. A erotização precoce e a ideologia de gêneros foram apenas um “começo” para “quebrar” a autoridade dos pais na família e perturbar
pré-adolescentes que ainda nem sequer tiveram sua libido aflorada. Os investimentos em eventos e filmes promovendo blasfêmia, atacando os símbolos religiosos e
desvirtuando o caráter de Cristo, de Maria, dos símbolos como o crucifixo e as imagens dos jovens que vão desautorizando seus pais no processo de sua educação religiosa, criando um “embate” entre o que os pais acreditam e valorizam e aquilo que se aprende na escola. Junto com tudo isso, estão os “direitos humanos” cuja interpretação, na verdade, parece favorecer a proteção de marginais, bandidos e assassinos, tirando da responsabilidade de um adolescente de 16 anos, por exemplo, a culpa pelos seus atos criminosos. Ao ter uma filha assassinada por um adolescente a mãe tem que suportar, além da perda irreparável, a dor de ouvir membros do PT gritando “ele não é um assassino, é apenas uma criança”.
Imputa-se ao jovem a falsa ideia de que tudo pode. Não há limites, não há punições e, assim não pode haver frustrações: o jovem é dono da verdade absoluta e quem for contrário, seja pai ou mãe, será taxado de “fascista”, pois o jovem sempre terá razão.
Todas essas “discussões” impedem o desenvolvimento intelectual dos jovens como, por exemplo, a aprendizagem de sua língua pátria que possibilita o perfeito entendimento de textos e pensamentos, que promove articulação de argumentos e de críticas, fundamentais no entendimento da vida e no apoio às decisões que influenciam seu meio social. O que dizer das operações matemáticas que possibilitam o desenvolvimento do raciocínio lógico, do saber abstrato capaz de provocar ideias
geniais, criatividade e inovação, desenvolvimento de novas técnicas e tecnologias. E, o pior, trazem angústia para aqueles jovens que, ao perceberem uma encruzilhada sem saída, simplesmente cometem suicídio. Então, nossos jovens estão sendo estimulados a deixar a verdadeira “educação” de lado para discutir essas “mazelas” perigosas para o futuro da nação. Erotização precoce, ideologia de gêneros, afronta aos valores religiosos tudo isso para que o PT consiga realizar o principal objetivo do “Foro de São Paulo”: poder absoluto.
Existe, ainda, outro aspecto a ser discutido que é a dificuldade de um universitário entrar num programa de iniciação científica ou conseguir verbas para desenvolver seu projeto. A burocracia é tamanha que desestimula qualquer acadêmico por mais entusiasta que seja.
Na contramão, estão jovens artistas que criam um verdadeiro lixo cultural, com músicas de ritmo alucinante, mas letras medíocres e quase sempre com apelo sexual ou com motivações torpes e ridículas. Esses “artistas” ao apresentarem seus projetos de shows pelo Brasil afora, conseguem, do governo federal, milhões de reais para financiar suas “obras”, levando os jovens à exaltação da mediocridade. Esses “pseudo” artistas vão sendo aclamados por jovens, agora alienados e também “pseudo” politizados, cada qual defendendo com unhas e dentes, como cães raivosos, suas “tribos”, sejam elas quais forem.
Por parte do governo federal, assistimos a uma falsa ideia de “acolhimento” das minorias ao que, na realidade, lhes imputa um controle emocional e, portanto, social para realização de seus objetivos.
O que tenho a dizer às mães dos “filhos” do Brasil é que seus filhos não estão agindo sozinhos. Por trás deles está um processo que há muito vem sendo implantado,
de cooptação de crianças, adolescentes e jovens no rumo de um Brasil vazio de valores morais, éticos e religiosos para que, no futuro, então adultos, possam facilmente ser dominados pela fúria de um projeto assassino em curso em nosso país.
Eu, enquanto brasileiro, me sinto no dever de alertá-las e, enquanto espírita, sei que Deus tem bravos guerreiros lutando pelo bem do nosso povo, mas eles só podem ajudar a nós, brasileiros, se nosso livre arbítrio assim o permitir. Por isso, mães dos “filhos” do Brasil, não desistam, rezem muito, todo dia e a todo o momento, pois a oração traz consigo uma energia que os maus espíritos não conseguem resistir e o amor de mãe para com seus filhos é sempre incondicional e capaz de trazê-los de volta para o caminho da paz.
Que Deus lhes ilumine. Que Deus seja louvado, agora e sempre.
Cesário de Moraes Leonel Ferreira
e-mail: cesarioleonel@hotmail.com
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.