setembro 16, 2024
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Artigo de Celso Lungaretti

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ME(R)DALHÕES DOS PODRES PODERES TRAVAM UMA GUERRA DE FOICE NO ESCURO QUE SÓ FAZ AUMENTAREM AS INCERTEZAS ATUAIS E AS AFLIÇÕES DOS BRASILEIROS


GuerraNo espírito do meu recente A república se esfarela, acabo de encontrar no vibrante Congresso em Foco um artigo que também avalia como desatinados e nefastos todos os personagens envolvidos no arranca-rabo que os hierarcas dos podres Poderes ora travam: A atual guerra institucional, do advogado e professor Tiago César Costa.
EM CASA ONDE FALTA PÃO, TODO MUNDO BRIGA E NINGUÉM TEM RAZÃO.

Do blogue Náufrago da Utopia.

Não é um primor de comunicação (a falta de essencialização o torna desnecessariamente longo, com repetições do que já foi dito, estilo antiquado, etc.), mas acerta na mosca quanto ao fato de que não há santos nesse imbroglio. Como na novela de Ira Levin e no filme de Roman Polanski dela derivado, O bebê de Rosemary, “todos eles são bruxos”. 


E vítima, existe uma só: o povo brasileiro, que a recessão fustiga enquanto  os me(r)dalhões, indiferentes ao seu penar, encarniçam-se numa guerra de foice no escuro que só faz aumentarem as incertezas atuais.

Quem quiser ler a íntegra, que clique aquiReproduzo os trechos principais:

As instituições da república (…) travam uma batalha árdua, onde uns atacam os outros, a fim de desviarem o foco da crise institucional que contamina o país.

A batalha campal tem como palco, o momento de extrema dificuldade econômica pela qual passamos, sendo que algumas medidas de austeridade surtem efeitos negativos e, devastadores para o nosso povo, que se vê acuado pelo aumento da inflação, estagnação da economia, juros altos, desemprego e redução do poder de compra dos brasileiros.

Enquanto o país necessita de líderes que conduzam o povo para que atravesse mais esse deserto, os poderes da república (citem-se o Legislativo, representado pelo presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha; o Senado, representado pelo presidente Renan Calheiros; o Executivo, representado pela presidente Dilma Rousseff; o Judiciário, representado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski; e a Procuradoria Geral da República, representada por Rodrigo Janot) travam uma guerra institucional de grandes proporções (*).

 

…ao vislumbrarmos a estrutura dos poderes do Estado, nos deparamos com um verdadeiro aparelhamento das instituições. Numa dessas aventuras os indicados aos principais cargos comprometeram a nossa estatal Petrobrás, ocasionaram a paralisação de obras, demissões em massa, e colocaram grandes e intocáveis empreiteiras e seus executivos na mira da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

…com todo o respeito ao Poder Judiciário, (…) quando me deparo com um Supremo Tribunal Federal composto pela maioria de ministros indicados pelo partido político da atual Presidente da República, isso me causa angustia.

Basta citar o encontro recente na cidade do Porto em Portugal, que teve a participação do ministro presidente do STF Ricardo Lewandovscki; o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e a presidente da República Dilma Rousseff…

…visualizo um pouco suspeita essa reunião secreta não agendada, onde se encontraram em território neutro para tratarem de alguns assuntos relacionados ao país. Por que não se reuniram no Brasil? Qual o receio?

Vários questionamentos jurídicos envolvendo a legalidade ou ilegalidade da coleta de provas, da conduta da Polícia Federal e do juiz federal Sérgio Moro certamente se desenrolarão na Suprema Corte do País, tendo em vista se tratar do foro competente para o julgamento de alguns desses políticos envolvidos no esquema de corrupção. Preocupo-me muito com a forma com que o STF conduzirá todas essas questões, pois, além de ser o guardião da Constituição Federal, seu objetivo máximo é fazer Justiça, e de forma independente.

…O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha foi envolvido por um dos delatores da Lava Jato, como um dos beneficiários da propina cobrada dos contratos da Petrobras, logo atacou o Ministério Público Federal, o Procurador Geral da República Rodrigo Janot, a Receita Federal, a presidente da República Dilma, o juiz federal Sérgio Moro, quando disse que as acusações foram arquitetadas por eles para incriminá-lo.

Logo em seguida, anunciou ter rompido com o governo e  começou a atirar para todo o lado, com a instalação da CPI do BNDES, da CPI dos fundos de pensão, pelo impeachment da presidente Dilma…

O senador Renan Calheiros, sendo presidente do Senado e, pertencente ao mesmo grupo político de Cunha, certamente apontará sua metralhadora com intuito de também retaliar as instituições, tendo em vista seu nome também estar sendo investigado.

Uma pergunta muito simples aos ilustres representantes do povo brasileiro nas casas legislativas: porque os senhores só irão cumprir com suas obrigações (instaurar CPIs, fiscalizar os atos do Poder Executivo, legislar em favor do povo) agora? A obrigação dos senhores era –independentemente de barganharem com o Executivo, pedirem cargos, ministérios, ameaçarem romper com o governo– estarem pensado no povo que os elegeu e cumprirem com as funções do cargo que estão revestidos…

…Passou da hora de os senhores pensarem no povo brasileiro, e não nos próprios interesses e no poder que pensam possuir.

* faltou um nome nessa lista, o do ministro da Justiça José Eduardo Cardoso.

A REPÚBLICA SE ESFARELA

Do blogue Náufrago da Utopia.

O mandato da presidenta Dilma Rousseff está por um fio porque ela conduziu o País à pior crise econômica desde a hiperinflação do Sarney, está tentando sair do sufoco mediante um receituário ortodoxo que prometera não adotar e, depois de trair a palavra empenhada e as pregações contra o neoliberalismo que o PT martelava há décadas, nem sequer vem obtendo sucesso. Até porque escolheu para executar o arrocho fiscal um economista insignificante e incompetente, o Chicago (office) boy Joaquim Levy.

Tudo isso se refletiu numa queda vertiginosa da popularidade de Dilma, hoje na casa de 9%. Se estivéssemos no parlamentarismo, um voto de desconfiança já a teria derrubado. E se fosse maior do que é, renunciaria antes de arrastar os brasileiros ao fundo do poço e tornar a imagem da esquerda totalmente execrável para o cidadão comum.

Pelo contrário, vocifera que não largará o osso de jeito nenhum. Eu não vou cair! Não vou! Não vou!

O estilo diz tudo: Getúlio Vargas lançou um desafio altaneiro (“Só morto sairei do Catete”), Dilma mais parece criança manhosa.

E, sem ideia nenhuma de como sair do labirinto em que se meteu e voltar a ter o respaldo das ruas, seu pensamento fixo é evitar que o processo do impedimento seja instaurado contra si.

Já desistiu de desatar o nó, só não o quer em volta do seu pescoço. Sabe que, fragilizada  e pessimamente avaliada como está, uma vez colocado nos trilhos o trem do impeachment, poucos parlamentares se disporão a frustrar o eleitorado, arriscando o próprio futuro político.

A obstinação cega de Dilma em permanecer no cargo a qualquer preço e dos oposicionistas em derrubá-la a qualquer preço vem produzindo um cenário político próximo da insanidade. A república está se esfarelando.

E, depois de comermos o pão que o diabo amassou para darmos um fim ao arbítrio, o aprendizado democrático que oferecemos às novas gerações é desalentador, bem do tipo cria cuervos.  Nada de alvissareiro prenuncia.

A arena em que os gladiadores se digladiam é a da investigação das roubalheiras. As duas facções exercem terríveis pressões de bastidores, uma para destruir Eduardo Cunha e Renan Calheiros, a outra para derrubar Dilma e Lula. É a política degradada a uma guerra de tortas de lama.

Como consequência, o relacionamento estamos diante da crise institucional mais grave desde que os caras-pintadas foram à rua para nos livrarem de Fernando Collor e da corrupção, mas só lograram o primeiro objetivo… e, ainda assim, momentaneamente.

Enquanto os poderosos brigam, os coitadezas que se danem! Se a recessão atual evoluir para depressão, azar! O que importa é o poder, só o poder, nada mais que o poder.

É a versão brasileira da marcha da insensatez. E até agora não se vislumbra sequer uma réstia de luz no fim do túnel.

Entre a desmobilização das férias escolares de julho e a dos festejos natalinos, teremos quatro meses que se anteveem quentes e decisivos. O impasse atual precisa chegar a algum desfecho, para o Brasil não estagnar de vez, nem entrar numa espiral de turbulência. E, se continuar inexistindo um mínimo de grandeza política por parte das facções em conflito, tal desfecho não unirá o País.

O ideal seria não haver vencedores e derrotados, facilitando a reconstrução e não deixando engatilhadas novas disputas autofágicas. Mas, para isto precisaríamos de atores políticos de primeira grandeza. Não os temos, infelizmente.

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