Pena dos nossos netos – Guaçu Piteri
Embora gostasse de política desde a infância e compreendesse a necessidade da exposição pública do político, procuro, sempre que possível, me afastar dos holofotes da mídia.
O poder de prefeito e deputado não me seduziu.
O convívio da simplicidade da gente humilde, de onde saí para chegar aonde cheguei, segue sendo minha melhor lembrança.
Até hoje não descobri o que pode me trazer mais felicidade e segurança do que a sinceridade do convívio das pessoas pobres em posses, mas ricas em sentimento.
O ambiente da minha infância é o dos bairros da periferia, dos campos de futebol da várzea, do burburinho das quermesses, dos bailinhos em casas dos poucos vizinhos que, à época, tinham uma vitrola, dos “long playing” de boleros que, trazidos pelos paqueras, eram a senha para os futuros namoros…
Às vezes, bate no meu peito a saudade desses tempos e me dá pena dos nossos netos.
Pode ser um saudosismo canhestro. Quem sabe? Contudo, eu tenho uma curiosidade. O que diriam os jovens de hoje se pudessem opinar a respeito?
Os avós estão proibidos de se manifestar. O que pensam, eu sei.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.