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Antígona Sonora é o novo projeto do Comitê Escondido Johann Fatzer. A temporada acontece de 19 de agosto a 18 de setembro, de forma gratuita e online
Antígona Sonora é o novo projeto do Comitê Escondido Johann Fatzer. O espetáculo narra o mito de Antígona a partir do apartamento do espectador-ouvinte, que é convidado por diferentes vozes a percorrer o espaço de sua casa, ressignificando-o de acordo com a narrativa proposta. A temporada acontece de 19 de agosto a 18 de setembro, de forma gratuita e online, pelo site: https://antigonasonora.hotglue.me/.
O espetáculo é uma continuidade na pesquisa do Comitê na lida com documentos em cena, e nas possibilidades sonoras que tais materiais podem evocar. Tal pesquisa iniciou-se em 2017, e deu origem ao espetáculo Terra tu pátria (2018). Em 2020, o Comitê estrearia um novo espetáculo, dando continuidade a este processo, mas o projeto foi interrompido em virtude da pandemia. Em suas casas, através de encontros virtuais, os membros do grupo continuaram se reunindo e pesquisando sonoridades em torno de documentos, e é desse contexto que nasce este espetáculo.
Além do espetáculo sonoro, o coletivo compartilhou um site, criado em parceria com a TUWE, como um modo de abrir a pesquisa que deu origem ao trabalho. Ali o espectador-ouvinte pode passear pelas referências do grupo, entrando em contato com os materiais que alimentaram o processo criativo.
O trabalho foi criado em tempos de isolamento social, mas busca um contato com o público similar ao que ocorria antes da pandemia. “Pensamos o trabalho como uma peça mesmo, com começo, meio e fim. O trabalho vai ser partilhado em dias e horários específicos, como uma temporada de teatro. O espectador tem que entrar no site na hora certa, e viver aquilo ali, não é algo que está disponível 24h por dia, como um podcast.”, explica Vicente Antunes Ramos, diretor do trabalho.
Giovanna Monteiro, atriz do coletivo, complementa: “Num momento em que todos ficamos saturados pelas telas, nos pareceu potente buscar o caminho da experimentação através do som. Isso era algo que já acontecia em nosso processo, então foi natural a passagem para esse novo meio. E a voz traz uma afetividade, uma proximidade, que pareceu algo a ser explorado nesse momento de distanciamento social”.
Em 2020 o Comitê foi contemplado na modalidade Maria Alice Vergueiro do edital da Lei Aldir Blanc da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Este auxílio possibilitou a continuidade da pesquisa do grupo, e a consequente estreia deste novo trabalho.
Sinopse
Antígona Sonora é o novo trabalho do Comitê Escondido Johann Fatzer. O espetáculo sonoro ressoa onde mora o espectador-ouvinte, convidado por vozes a percorrer os espaços de sua casa e adentrar o mito de Antígona através dos tempos.
Sobre o Comitê Escondido Johann Fatzer
O Comitê Escondido Johann Fatzer é fruto do encontro de artistas de diferentes formações, interesses, lugares e crenças que se reuniram pela primeira vez em 2017. Desde então fazem esse movimento de reunir uma comissão quando necessitam elaborar um projeto artístico, que geralmente nasce através da urgência de dialogar com o tempo histórico em que se vive. O encontro é fundamental pois pelo diálogo e debate constrói-se um corpo político onde é possível aprofundar os pensamentos e ampliar as perspectivas. Por isso, a presença de novos artistas é sempre bem-vinda, assim como o fluxo de integrantes é algo constitutivo do próprio significado de “comitê”: um grupo que se reúne para construir algo com um objetivo específico. Assim, os artistas envolvidos são todos autores do que é criado, contribuindo de diferentes formas para a criação de uma obra coletiva e polifônica. O intuito é a experimentação através de materiais, seja no texto, no corpo, na voz, na encenação como um todo. Foi assim com o primeiro trabalho do comitê, Não ouço passos de ninguém entre os escombros (2017), que buscava questionar os atuais sentidos de revolução e motim, friccionando-os com a noção de ruína. Neste trabalho, a lida com uma materialidade concreta – o gesso – era o norte da experimentação. O espetáculo apresentou-se na USP, como parte da Mostra de Direção do Departamento de Artes Cênicas, e também na V Mostra Cena Emergente, no Sesc Prainha, em Florianópolis. Em 2018, o comitê ocupou a Oficina Cultural Oswald de Andrade e a garagem do Teatro da Vertigem. Durante este período, gerou seu segundo espetáculo, Terra Tu Pátria, um compilado cênico de documentos da história recente do universo político-institucional brasileiro. O espetáculo realizou temporada na Oficina Cultural Oswald de Andrade, no Teatro de Contêiner e no TUSP- Maria Antônia. Também apresentou-se na sede da Cia do Latão, no FETO – Festival de Teatro Universitário de Belo Horizonte, no Itaú Cultural, através da convocatória a_Ponte e no Faroffa – Circuito Paralelo de Artes de São Paulo. Terra Tu Pátria foi vencedor do Prêmio Nascente (PRCEU-USP) de 2019, na categoria Melhor Direção. Ainda em 2018, o comitê é convidado para um processo de montagem do texto Agamêmnon, de Ésquilo, como parte do longa metragem Fala, Cassandra, do diretor paulistano Miguel Antunes Ramos. Em 2020, o novo processo do grupo, Um memorial para Antígona, teve sua estreia adiada em virtude da pandemia do novo coronavírus. O comitê volta o olhar para o debate da criação da Lei da Anistia, de 1979, que foi responsável por perdoar os crimes cometidos por agentes do Estado durante a Ditadura Militar (1964-85). Desse processo interrompido, nasceu Antígona Sonora, novo espetáculo do grupo.
Espetáculo: Antígona Sonora
Quintas, sextas e sábados – entre 19h e 21h30.
De 19 de agosto a 18 de setembro
https://antigonasonora.hotglue.me/
Gratuito
Duração: 36 minutos
Ficha técnica:
criação e composição sonora: Danilo Arrabal, Eduardo Joly, Giovanna Monteiro, Isabela Bustamanti, Joy Catharina, Julia Pedreira, Mariana Carvalho, Rafael de Sousa, Vicente Antunes Ramos e Victor Rosa.
mixagem e montagem de áudio: Eduardo Joly, Mariana de Carvalho, Vicente Antunes Ramos e Victor Rosa
texto: Julia Pedreira, Rafael de Sousa e Vicente Antunes Ramos
direção: Vicente Antunes Ramos
vozes:
Ismene… Joy Catharina
Guarda… Rafael de Sousa
Polinices… Danilo Arrabal
Antígona… Giovanna Monteiro
Coro e ruídos… Julia Pedreira, Isabela Bustamanti e Victor Rosa
produção: Leonardo Birche
site, identidade visual e comunicação: TUWE
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Verônica Kelly Moreira Coelho, natural de Caratinga/ MG, é mais conhecida no meio cultural e acadêmico como Verônica Moreira. Autora dos livros ‘Jardim das Amoreiras’ e ‘Vekinha Em… O Mistério do Coco’. Baronesa da Augustissima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente. Acadêmica Internacional e Comendadora da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e Artes e Delegada Cultural. Acadêmica Correspondente da ACL- Academia Cruzeirense de Letras. Acadêmica da ACL- Academia Caxambuense de letras. Acadêmica Internacional da AILB. Acadêmica Efetiva da ACL- Academia Caratinguense de Letras. Acadêmica Fundadora da AICLAB e Diretora de Cultura. Embaixadora da paz pela OMDDH. Editora Setorial de Eventos e colunista do Jornal Cultural ROL e colunista da Revista Internacional The Bard. Coautora de várias antologias e coorganizadora das seguintes antologias: homenagem ao Bicentenário do romancista e filosofo russo Fiódor Dostoiévski, Tributo aos Grandes Nomes da Literatura Universal e Antologia ROLiana. Instagram: @baronesa.veronicamoreira