Mar de minha vida
Mar meu, imenso mar, meu mar de minha vida!
Quanta dor diluída ao sal de tuas águas!
Quantas saudades são deixadas na partida,
Quantas lágrimas tão doídas tu enxáguas!
Mar desta vida, leva no teu berço,
No dorso destas vagas moduladas,
O meu verso ao remoto endereço,
Leva-me este sussurro a minha amada,
Entregue-lhe numa onda prateada.
Dize que ela é amor não só porque é mulher,
Assim como és azul não só porque és o mar,
Que o céu é cor de anil tão somente porque é,
Porque senão não viveríamos para amar.
Leva este poema em rima colorida
Com ondas de tristezas e alegrias,
Tal como tu és, mar da minha vida!
Que trazes tempestade e calmarias
Toques de liberdade e nostalgias.
É que minha alma ela também respira e dorme,
E só não dorme assim tal como eu, porque é alma,
E enquanto à minha frente ondeias, mar enorme,
Deixo na areia o meu verso inacabado e em calma.
Antônio Fernandes do Rêgo
aferego@yahoo.com.br
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