Para Glenda Brum de Oliveira, as palavras são matérias-primas com que tece belíssimos textos literários!
Glenda Brum de Oliveira é natural de Chapecó, SC.
Professora por profissão, Glenda se mostra uma ávida leitora e escritora eclética. Escreve poesias, contos, crônicas, histórias infantis e infantojuvenil.
Possui quatro livros solo e participa da publicação de mais de 70 coletâneas e antologias, por 16 editoras diferentes.
É membro da ACILBRAS, da AIAP, da Associação Literarte, da Academia de Letras y Artes de Valparaíso, da ABARS e Academia de Letras de São Pedro da Aldeia (ALSPA).
Recebeu o Prêmio Diamante das Artes e Educação 2020, da Austria Culture Brazil House, da Áustria e a Sociedade Europeia de Belas Artes.
Membro Fondatore do Nucleo Academico Italiano Di Scienze, Letere e Arti, na Itália.
Recebeu os prêmios Destaque Literário e Melhores do Ano 2020 e 2021, na categoria poeta; a Comenda Jane Austen 2020; a medalha Frida Khalo, 2021; as Comendas Machado de Assis e Pablo Neruda, 2021; a Comenda Anita Garibaldi e o Prêmio Sul Brasileiro de Literatura, 2021.
Já foi colunista da Revista Literária OZ.
E está sempre pronta para novos desafios literários!
Inaugurando a participação no ROL, Glenda faz uma profunda reflexão sobre a Vida de Verdade.
VIDA DE VERDADE
Com mais de duas décadas transcorridas dentro do século XXI, vemos uma constante reclamação sobre a vida. Percebe-se em boa parte da população, uma crescente insatisfação, somada a uma pressa sem destino. Com o agravante de baixa produtividade ou um fazer sem qualidade. Junta-se a essa lista, um querer não sei o quê.
Loucura colocar as coisas assim? Digo que não! Os postos de saúde estão cheios de crianças, adolescentes e adultos sofredores com depressão, gastrite, obesidade e outras doenças decorrentes de estresse.
Cresci vendo senhoras da vizinhança se visitarem e desfrutarem de uma roda de boa prosa, com a cuia de chimarrão circulando. E olha que cuidavam sozinhas de suas casas, com pelo menos quatro filhos e ainda uma horta ou pequena lavoura, que reforçava a economia doméstica. Após às dezoito horas, novamente se via os membros da família reunidos conversando e mateando, antes do jantar.
As dificuldades eram grandes, como andar grandes distâncias a pé, por falta de transporte. Enfrentando chuva, lama, geada, passando por pontilhões perigosos, escorregando e chutando em pedras soltas no caminho, sem pavimentação. Todos trabalhavam e estudavam com tecnologia limitada, usando muito a cabeça e a força do corpo. Porém, havia tempo para estar com a família, os parentes, vizinhos e amigos. As pessoas se conheciam de verdade, se ajudavam, se preocupavam umas com as outras.
Hoje, todos reclamam que não há tempo. O excesso de atividades diárias, apesar de toda a tecnologia, mantém as pessoas isoladas, mesmo dentro de uma mesma casa. O estresse para dar conta dos muitos compromissos, trabalho, mensagens e manter atualizadas as redes sociais, consomem o dia e a noite, da maioria dos seres humanos no planeta. E esse excesso tem adoecido o corpo e a mente das pessoas, que não convivem mais. Até mesmo o benéfico exercício, virou motivo de estafa, no culto ao corpo perfeito.
É preciso reaprender a respirar, descansar, comer, relaxar e aproveitar a vida de forma mais simples e saudável. Tirar tempo para ser gratos, pelas muitas coisas boas que temos a disposição, que nos beneficiam. Temos que nos libertar da escravidão das rotinas alucinantes e barulhos ensurdecedores do mundo tecnológico.
É preciso fugir da rotina extenuante, para poder andar descalço na grama ou areia. Sair do barulho citadino, ir a lugares onde se ouçam apenas o murmúrio dos ventos, o borbulhar das águas e o chilreio dos pássaros. Se não podemos fazê-lo em definitivo, que sejam hiatos de deleite para descansar.
Precisamos viver melhor reconstruindo laços e reparando afetos! Precisamos cultivar amor! Amor a Deus! Amor a nós mesmos! Amor aos demais seres humanos! Precisa-se de vida de verdade!
Glenda Brum
Glendabrum@gmail.com
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024