A década de 20 e as conquistas literárias
A década de 1.920 é marcada por grandes mudanças no mundo ocidental provavelmente como resultado do fim da Primeira Guerra Mundial e da gripe espanhola. O desenvolvimento econômico, cultural e tecnológico despontou em países da Europa e Estados Unidos e o estilo de vida americano dominou o mundo. Foi a era das inovações tecnológicas, do rádio e do início do cinema falado e da liberdade de cultura, valores e costumes sociais. Assim começava a luta pelos direitos da mulher para se libertar das amarras de preconceitos com manifestos de luta e conquistas. Os espartilhos já não eram tão importantes e deram espaço para os cabelos curtos, vestidos decotados e lábios vermelhos. Brilhavam no cinema Greta Garbo, Rodolfo Valentino e Charles Chaplin com seu personagem Carlitos.
Parte do Brasil, país extremamente fechado culturalmente, estava de mudança para as cidades por conta da industrialização crescente. O evento “Semana da Arte Moderna”, de 11 a 18 /02/1.922, é realizado no Teatro de São Paulo. Foi um marco do moderno momento definidor de um novo conceito de cultura brasileira e novas estéticas das vanguardas que despontavam como o próprio modernismo e sua aproximação com a cultura popular que se revela no encontro de intelectuais, artistas plásticos, arquitetos, músicos, poetas e escritores contando com a participação de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, Plínio Salgado, Manuel Bandeira e Tarsila do Amaral que, embora não tenha participado ativamente, tornou se o grande nome das artes plásticas do modernismo. Em 1921, Monteiro Lobato, escritor taubateano, publicou “Narizinho Arrebitado”. E, em “Cidades Mortas”, o escritor descreve a decadência do Vale do Paraíba com a queda do ciclo do café. Eles renovaram o ambiente em um país extremamente fechado culturalmente. É nesse cenário que, em 1920, em uma pequena cidade do Vale do Paraíba, cheia de belezas naturais e com manifestações do folclore regional e tradições de festas populares que nasceu Ruth Guimarães que é autora de “Água funda” e encontra-se no patamar de uma grande escritora que vem sendo aos poucos redescoberta.
Eliana Hoenhe Pereira
eliana.hoenhe1@hotmail.com
Fonte de consulta:
Década de 1.920 – Wikipédia, a enciclopédia livre https://www.infoescola.com>história
O que aconteceu em 1.920 no Brasil? –https://www.natgeo.pt>2020/01
Década de 1.920 no Brasil-https: // g1.globo.com>vídeo
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É natural de Nilópolis – RJ e atualmente reside em Cruzeiro/SP. É Formada em Magistério pela antiga Escola Normal de Cruzeiro. Estudou psicologia na Faculdade Salesiana de Lorena/SP. Pós-graduada em Psicopedagogia, Terapia familiar. Curso de extensão em Dependência química e álcool. Título de especialista em Psicologia clínica, concedido pelo CRP. Trabalhou como psicóloga do CEMTE (Centro Educacional Municipal Terapêutico Especializado) Madre Cecília de Taubaté – SP de 1984 a 2014. Atuou como Psicóloga, coordenadora do núcleo ‘Autismo’ e, nesse universo, participou de vários cursos e congressos. Responsável técnica da clínica ‘Performance’; Assistência psicológica e psicopedagógica a familiares de funcionários da Volkswagen de Taubaté – SP de 1984 a 2013. Escritora, poetisa e contista da ALAC (Academia de Letras e Artes de Cruzeiro). Autora dos livros: O peixinho X Editora Scortecci, 1989); Flora por que comigo? e Em paz com o passado. Projeto: Escritoras Revisionistas, representantes do Vale do Paraíba e região nos eventos literários. Tendo participado da Feira de São Bento do Sapucaí, Passa Quatro, Cruzeiro, Cachoeira Paulista e Resende. Defende a Causa no Combate à Violência contra a Mulher. É vice-presidente do CMM (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher) Cruzeiro – SP.