Fala, e não te cales
Aos poucos, e acredito que, sorrateiramente, estão calando os cristãos. Estão fazendo com que as novas gerações acreditem em um ‘Deus fraquinho’ ou um ‘Deus ultrapassado’. Tornou-se comum fazer piada e zombar de Jesus Cristo. Algumas piadas são tão pesadas que não é lícito nem comentar.
Hoje, exponho minha indignação a respeito do que fazem com o nome de Deus, e faz tempo que vejo esse tipo de coisa e não consigo ficar calada. Sei que não posso partir para o “olho por olho e dente por dente”, porque não foi isso que o meu Senhor ensinou, mas, como cristã, sinto-me machucada com a falta de respeito de muitos que dizem querer ser respeitados.
Peço a Deus que me ajude a praticar o domínio próprio, porque esse fruto ainda precisa ser gerado em mim.
Hoje em dia não se pode ter uma opinião, pois logo em seguida somos inundados de críticas odiosas, como se fôssemos a pior espécie de pessoa. É nítida a raiva na maneira de escrever ou o deboche com a nossa fé. Enfim, postei um comentário sobre um tipo de desenho, mostrando que nele havia muitas mensagens subliminares, e que os pais deveriam ficar mais atentos com o que suas crianças estavam assistindo. Hoje em dia, infelizmente poucos são os desenhos sadios para os pequenos; como resultado, minhas notificações foram inundadas de coisas que me deixaram perplexa, ao ponto de clamar pela misericórdia de Deus sobre essa geração. Me chamaram de ‘religiosa’, ‘chata’, ‘crentelha’; debocharam e zombaram de mim, o que não ligo, mas também falaram contra Cristo e a Sua Palavra. Isso apertou meu coração, mas entre tantas pedras que me atiraram, alguns me disseram : “Obrigada por falar, também não gosto quando debocham de Deus”; “Eu nunca gostei daquele desenho; vou ficar atenta, obrigada!”, ou ainda “Até que enfim alguém falou”’.
E foi esse comentário do “até que enfim alguém falou” que me despertou e animou-me. Percebi que, apesar da avalanche de comentários negativos, ainda assim eu estava sendo a voz de muitos outros que, por algum motivo, não tinham coragem ou nunca pensaram em se manifestar quanto a isso.
A partir daquele momento, eu percebi que existem muitas pessoas apenas esperando alguém tomar uma atitude e dar o primeiro passo, para que elas deem também.
O que quero dizer com isso que me aconteceu, é que muitas vezes nos deparamos com situações que contrariam e ferem aquilo que cremos, e simplesmente ficamos calados, por não sabermos o que dizer, por medo, ou por acharmos que não irá adiantar falar, pois nada mudará e só iremos fazer inimigos… Mas eu quero lhe dizer: não se cale! O Espirito Santo quer usar sua boca para levar a palavra dEle àqueles que precisam ouvir.
Na maioria das vezes, o que resolve não é falar, mas sim, demonstrar com sua conduta, postura e forma de viver; mas, chegará o dia sim, que você precisará falar; você poderá até desconhecer, mas o que disser poderá ir de encontro a alguém e tocar o coração daquela pessoa. Precisamos levar a Palavra de Deus e o Seu amor por onde quer que formos; precisamos trazer luz à esse mundo cheio de escuridão; precisamos erguer a nossa voz e fazer a diferença nessa geração corrompida e perversa.
Precisamos levantar a bandeira do amor e carregar a mensagem do evangelho por onde Deus mandar, ainda que haja zombaria, escárnio, ira…
Em algum lugar, no meio de tantas pessoas, alguém espera que levantemos nossa voz.
Fala, e não te cales!
Andreia Caires
andreiacairesrodrigues@gmail.com
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024