Inédito no Brasil, texto encerra trilogia de peças do autor montadas pelo grupo, que celebra 18 anos de trajetória. A direção é de Davi Reis e a codireção de Ricardo Corrêa
Para marcar seus 18 anos, a Cia. Artera de Teatro estreia uma montagem de Freedom City, texto inédito no país do dramaturgo escocês Davey Anderson. Com direção de Davi Reis e Ricardo Corrêa, o espetáculo pode ser conferido entre 14 de abril e 1º de maio, no Centro Cultural São Paulo (CCSP), de quinta a sábado, às 21h, e aos domingos, à 20h. O elenco, além de Corrêa, conta com Leticia Tomazella, Julyana Belmonte, Lucca Garcia e Pedro Guilherme.
O trabalho encerra a trilogia de peças de Anderson montadas pelo grupo nos últimos anos, que ainda teve os textos Scavengers (2017), com direção de Francisco Medeiros, e Da desordem que não anda só (2016 – tradução de “Clutter Keeps Company”), dirigido por Carlos Baldim.
Considerado uma das vozes mais inquietantes do teatro contemporâneo em todo o mundo, o autor é conhecido por tratar de temas árduos, como as misérias humanas e os horrores e as belezas dos nossos tempos.
O novo espetáculo da Cia. Artera se concentra no coração e na mente de Samuel, um homem desajustado e desvalorizado em seu país. Ele trabalha como recepcionista em um hotel de baixo orçamento. Em suma, Samuel está perdido e isso o torna suscetível a um grupo de extremistas conservadores de uma comunidade chamada “Freedom City”, uma representação dos ambientes virtuais, uma realidade alternativa que oferece propósito para uma geração desnorteada que propaga ideias odiosas e terroristas sobre mulheres, imigrantes, pessoas negras e da comunidade LGBTQIA+.
“Esta poderia ser a história de uma série de jovens e adultos ao redor do mundo conectados pela deep web e pelos chans (uma parte da web associada ao conteúdo ilegal, como organização do terrorismo e diversas outras atividades obscuras). Esta também poderia ser a história dos atiradores da escola em Suzano ou do homem que transmitiu um massacre na Nova Zelândia por meio de uma live”, antecipa o diretor Davi Reis.
A temática é universal pela discussão inadiável que ela propõe, mesmo situada em um contexto que não o brasileiro ressoa diretamente com o Brasil de hoje, principalmente em ano das eleições presidenciais, onde vemos a ascensão de grupos extremistas no Brasil.
“Realizar uma obra que se propõe a discutir o radicalismo online hoje em dia, faz quase crer que a narrativa ficcional, com toda a sua liberdade imagética e abstrata, está entrelaçada em nossa realidade: dos robôs virtuais, das milícias digitais, das máfias do WhatsApp, das Fakenews, dos haters. Nos radicalizamos numa versão mais perversa de sociedade do espetáculo. Por isso que a peça se mostra tão urgente e necessária para a reflexão que o teatro pode trazer”, diz o ator e codiretor Ricardo Corrêa.
Sobre Companhia Artera de Teatro
Com intuito de abarcar diversas dimensões da cena contemporânea, a Cia. Artera de Teatro tem como missão encenar textos com dramaturgias inéditas, direcionando a pesquisa para temas relacionados às minorias, permitindo-se o intercâmbio com outras linguagens e tecnologias.
Em 2022, o grupo completa 18 anos de atividades ininterruptas, recebendo importantes prêmios da cena teatral. A Cia. Artera foi considerada uma das mais significativas do ano de 2017 pela Academia de Críticos Bravo pelo espetáculo “Bug Chaser – Coração Purpurinado” (2017). A Cia. foi recentemente indicada ao prêmio APCA pelo espetáculo “Monstro” (2021) de Ricardo Corrêa.
Sinopse:
A peça gira em torno de Samuel, um homem desajustado e perdido na sociedade, ele acaba se envolvendo com uma comunidade online de extremistas conservadores chamada “Freedom City”, que propaga ideias de ódio contra mulheres, imigrantes, pessoas negras e membros da comunidade LGBTQIA+. O espetáculo apresenta questões emergenciais à atual crise de polarização e ódio no Brasil e no mundo.
Ficha Técnica:
Dramaturgia: Davey Anderson.
Tradutor: Caio Badner.
Revisão e inserções dramatúrgicas: Ricardo Corrêa.
Direção: Davi Reis
Codireção: Ricardo Corrêa.
Elenco: Ricardo Corrêa, Leticia Tomazella, Julyana Belmonte, Lucca Garcia e Pedro Guilherme.
Vídeo design: Zeca Rodrigues.
Figurinos: Cy Teixeira.
Iluminação: Fran Barros.
Trilha sonora: Cia Artera e Estúdio Nave Dois.
Cenário: Cia Artera e Cesar Resende de Santana (Basquiat).
Operação de som e vídeo: Thiago Capella.
Operação de luz: Lucas Barbosa.
Assessoria de imprensa: Pombo Correio.
Realização: Cia. Artera de Teatro.
Serviço:
Freedom City, de Davey Anderson
Temporada: 14 de abril a 1º de maio, de quinta a sábado, às 21h, e aos domingos, à 20h
CCSP – Centro Cultural São Paulo – Rua Vergueiro, 1.000, Paraíso
Ingressos: Grátis. Retirada de ingressos 1h hora antes diretamente na bilheteria.
Duração: 75 minutos.
Classificação: 14 anos.
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Verônica Kelly Moreira Coelho, natural de Caratinga/ MG, é mais conhecida no meio cultural e acadêmico como Verônica Moreira. Autora dos livros ‘Jardim das Amoreiras’ e ‘Vekinha Em… O Mistério do Coco’. Baronesa da Augustissima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente. Acadêmica Internacional e Comendadora da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências Letras e Artes e Delegada Cultural. Acadêmica Correspondente da ACL- Academia Cruzeirense de Letras. Acadêmica da ACL- Academia Caxambuense de letras. Acadêmica Internacional da AILB. Acadêmica Efetiva da ACL- Academia Caratinguense de Letras. Acadêmica Fundadora da AICLAB e Diretora de Cultura. Embaixadora da paz pela OMDDH. Editora Setorial de Eventos e colunista do Jornal Cultural ROL e colunista da Revista Internacional The Bard. Coautora de várias antologias e coorganizadora das seguintes antologias: homenagem ao Bicentenário do romancista e filosofo russo Fiódor Dostoiévski, Tributo aos Grandes Nomes da Literatura Universal e Antologia ROLiana. Instagram: @baronesa.veronicamoreira