Clayton é um navegante dos mares da prosa argumentativa, mesclada com poesia surrealista, sob o sopro do vento dos haikais e aldravias
Natural de São Paulo, Capital, Clayton Alexandre Zocarato possui Licenciatura em História pelo Centro Universitário Central Paulista – Unicep – São Carlos/SP e graduação em Filosofia pelo Centro Universitário Claretiano – Ceuclar – Campus de São José do Rio Preto/SP.
Escreve regularmente para o site Recanto das Letras (www.recantodasletras.com.br) usando o pseudônimo ZACCAZ, mesclando poesia surrealista, com haikais e aldravias.
Os textos em prosa de Clayton demandam uma pausa maior do leitor, o qual, feito O Pensador, de Rodin, deve mergulhar profundamente no contexto literário e, dele, extrair as mais reluzentes pérolas!
Assim sendo, aos leitores ROLianos, o primeiro mergulho:
As pessoas ficaram acostumadas a ser ovacionadas e santificadas
As pessoas ficaram acostumadas a serem ovacionadas e santificadas em suas vaidades existenciais mais egoístas, estando voltadas para uma dialética argumentativa e comportamentalista, que venham a realizar facetas informativas, de um falsificacionismo ético deísta, onde se detenha uma empatia, em gerar uma patifaria intelectual, ovacionando uma vilania psicológica coletiva, quanto a empreender uma lapidação filosófica, que faça olhar para o passado, não como um antídoto completo para seus mais profundos dilemas existenciais, mas sim, que venha a nutrir um mistério de saudosismo utópico, “onde se possa imaginar”, que as pessoas possam se aceitarem e se amarem, sem cair em um sentido utópico ou imaginativo exclusivamente.
Tentar sair do seu tradicionalismo de uma hipocrisia em somente ver o seu próprio sofrimento, laureado por um “pacto hobbesiano mental funesto”, que ilustrando suas infantibilidades de imaginação coletiva preconceituosa e vitimista, que continuamente faz o adoecimento de um “comunismo antropofísico”, tentando disfarçar injúrias informativas e sociais de aceitação do “outro” de maneira macabra, fazendo a imagem idiota de humanidade “samaritana”, que contém substancialmente a paixão em ajudar o próximo de forma despretensiosa.
O mundialismo informacional caridosos, necessita se reinventar, como uma fenomenologia de reativar células gliais questionadoras, que venham humanizar, um dinamismo sentimental, de angariar fugas de aglutinações filosóficas, passando por um sentido propedêutico, unindo o questionar, com um sublime “labor interrogativo”, que outorgue uma crença coletiva, de que é vital disseminar atributos mentais, que venham a romper com “spectros” de uma alienação empirista, quanto reaver um “ser” que renasça perante um pragmatismo factual, em não ornamentar, conluios interpretativos, entre o entender e o abstrair informacional, ao redor de sua existência psicossocial.
Sendo assim o gosto da informação empática, tem a necessidade de realizar uma atração magnética, perante seus rebentos, e que venha lutar contra o escrutínio de não desenvolver um núcleo de questionamentos, que possa estar além do seu tempo genealógico e histórico, ultrapassando as bases métricas de uma subjetividade, que seja banhada por novas identidades culturais, acompanhada por novas oportunidades questionadoras saudáveis, e adoráveis, de ética e respeito.
O comodismo ficou algo nato, é necessário culpar sempre o outro no sentido de fugir de nossas responsabilidades, como sendo uma marca do constrangimento em não assumirmos que nós seres humanos falhamos na lógica de estar comprometidos pela construção de um mundo melhor.
Não se trata somente de demagogia, mas sim uma mistagogia, alertando que não basta somente conter a informação afetuosa, e sim reaver o papel de cada “um”, dentro de um espaço existencial que possa, assim, estar realizando modificações em confrontar uma zona de conforto que as pessoas constroem em torno de si mesmas, e sair de um mesmero psicologismo em procurar ser, ovacionado perante nossos desejos mais mesquinhos, em fazer de nossos semelhantes um depósito ambulante de mesquinharias, disseminando dialéticas de migalhas de empatia e ética em desenvolver um senso de desconfiança respeitoso, em analisar casuisticamente qual o momento correto para postergarmos nossas indignações e reclamações perante a presença de nossos semelhantes.
As pessoas estão mal-acostumadas, em ouvir somente aquilo que é conveniente para seus egos, muitas vezes cheios de vazios espirituais, formando lacunas, um amor universal em disseminar boas atitudes por toda a estrutura bioantropológica individualista diante de si mesmo.
Pensam em saciar suas vontades, em serem protagonistas de suas percepções sensoriais, mas não conseguem subverter suas psicologias de ir contra um falso moralismo, passando para uma coletividade de ternura, que possa fazer com que todas as pessoas, independentemente de religião, visão política, etnia, cor, estejam ao seu redor, sem conter um tácito vínculo de, inconscientemente, ter suas preferências “corporais e humanísticas”, em fazer de suas afinidades sociais e morais algo de exclusão, estando em sintonia de concordância com um perfil personalista já formado em conceitos e hábitos espiritualistas que vão se tornando reflexos condicionados, em disseminar “relacionamentos efêmeros”, segundo as palavras do filósofo contemporâneo Gilles Lipovetsky.
Ou, bem seja, vivemos em um milênio onde o bem-estar foi realçado ao mesmo patamar do comodismo, e em torno desse banditismo individualista, a enaltecer sempre em estar com a razão, o homem da modernidade incorporou um griot de mediocridade, em acreditar que todas as suas vontades podem serem realizadas e exaltadas.
As pessoas ficaram acostumadas a ser ovacionadas e santificadas, porém perderam a nobreza de ser, ao mesmo tempo, amadas e respeitadas, como também se dar o devido valor, não gerando dor, mas sim contendo muito amor e pudor.
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Natural de Sorocaba (SP), é escritor, poeta, revisor de livros e Editor-Chefe do Jornal Cultural ROL. Acadêmico Benemérito e Efetivo da FEBACLA; membro fundador da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia – ALSPA e do Núcleo Artístico e Literário de Luanda – Angola e membro da Academia dos Intelectuais e Escritores do Brasil – AIEB. Autor de 8 livros. Jurado de concursos literários. Recebeu, dentre várias honrarias: pelo Supremo Consistório Internacional dos Embaixadores da Paz, o título Embaixador da Paz e Medalha Guardião da Paz e da Justiça; pela Augustíssima e Soberana Casa Real e Imperial dos Godos de Oriente o título de Conde; pela Soberana Ordem da Coroa de Gotland, o título de Cavaleiro Comendador; pela Real Ordem dos Cavaleiros Sarmathianos, o título de Benfeitor das Ciências, Letras e Artes; pela FEBACLA: Medalha Notório Saber Cultural, Comenda Láurea Acadêmica Qualidade de Ouro, Comenda Ativista da Cultura Nacional; Comenda Baluarte da Literatura Nacional e Chanceler da Cultura Nacional; pelo Centro Sarmathiano de Altos Estudos Filosóficos e Históricos os títulos de Doutor Honoris Causa em Literatura, Ciências Sociais e Comunicação Social. Prêmio Cidadão de Ouro 2024