
Ensaios de vida no crescimento educacional
Num “aparte”, que se julga pertinente, aqui está um argumento poderosíssimo para que as instituições, públicas e privadas, saibam aproveitar o trabalho dos mais idosos, porém, ainda muito ativos.
É por demais evidente que: o desenvolvimento, o progresso, a prosperidade e até a qualidade de vida, incluindo a sua longevidade, passam pela educação, pelo estudo, pela formação, qualquer que esta seja, pelo trabalho, enfim, por uma vida ativa.
A responsabilidade para a educação é cada vez mais de todos, no sentido em A educação/formação, atualmente, não se concebe apenas para as crianças e para os jovens, mas, também, hoje e no futuro, todos estão obrigados ao ensino/instrução ao longo da existência, se quiserem ter o maior sucesso nas suas atividades profissionais, e até na vida privada.
Não é por acaso que o conceito da universidade sénior, bem como os seus objetivos se vêm implementando, com o funcionamento de tais estabelecimentos, cujos resultados sociais e culturais apontam no caminho da excelência.
Claro que a estes resultados não são alheios os conhecimentos adquiridos ao longo da vida, as experiências, a prudência e a sabedoria dos seus participantes, que assim se consolidam.
que a determinadas instituições compete criar as infraestruturas. O Estado de Direito Democrático, e nos termos dos seus preceitos constitucionais, tem essa obrigação, mas também os cidadãos devem ser responsabilizados pela educação/formação que desejam, (ou não), possuir.
É uma tarefa que a todos envolve, ainda que em níveis e natureza distintos e, nesta perspectiva, se podem incluir os agentes socializadores, a começar na: família, escola, Igreja, empresa, comunidade, comunicação social, entre outros potenciais dinamizadores.
Atualmente, terceira década do século XXI, o ser humano cada vez tem menos
estabilidade no seu emprego e, nestas circunstâncias, pode, ao longo da sua vida produtiva, desempenhar várias atividades, ter diversos empregos, mas há uma ocupação, tão ou mais importante do que a profissional, que é a primeira que tem na vida e o deveria acompanhar até ao túmulo: estudante.
Cidades, vilas e localidades sem guetos, sem discriminações negativas, sem excluídos dos valores, direitos, deveres e objetivos comunitários. Eliminar os fossos existentes entre a centralidade confortável, e uma periferia degradante e desumana, através da: educação, formação, empregabilidade, habitação, saúde e lazer, será o mínimo que qualquer responsável político, empresarial, religioso, institucional e o próprio indivíduo, deve fazer; constitui não só um imperativo ético-moral, mas também um objetivo universal, que deveria ser perseguido e alcançado em todas as cidades, vilas e localidades. À escala devida, também no seio das famílias.
Decorre, assim, a inevitabilidade de se investir fortemente na figura da cidade pedagoga, porque, a médio prazo, a rentabilidade será evidente, e altamente favorável. Desenvolver, desde já, a cidade preceptora, para a formação de cidadãos esclarecidos e participativos, pode ser uma boa estratégia.
A questão de fundo prende-se, então, com a fraca participação dos cidadãos, incluindo aqueles titulares de uma educação/formação superior, que preferem a segurança e rentabilidade do exercício profissional liberal, administrativo-burocrático, de alta patente, sem ter que dar a cara ao povo, pela intervenção cívico-política, porque em bom rigor: «Trata-se de operacionalizar a educação para a cidadania, criando condições efectivas para a sua concretização, procurando saber viver com as nossas diferenças, reforçando a unidade onde é indispensável para defender o que nos é comum, mas encorajando a diversidade quando ela favorece o diálogo e a criatividade.» (FIGUEIREDO, 2001: 81).
Bibliografia
FIGUEIREDO, Ilda, (2001). Educar para a Cidadania. 2ª Edição. Porto: ASA Editores II, S.A.
Diamantino Bártolo
Portugal
- Cidadão luso-brasileiro - 28 de novembro de 2025
- Pensar o mundo para o século XXI - 21 de novembro de 2025
- A conflitualidade humana - 10 de novembro de 2025
Natural de Venade, freguesia portuguesa do concelho de Caminha, é Licenciado em Filosofia – Universidade Católica Portuguesa; Mestre em Filosofia Moderna e Contemporânea – Universidade do Minho – Portugal e pela UNICAMP – Brasil; Doutorado em Filosofia Social e Política pela FATECBA; autor de 14 Antologias próprias: 66 Antologias em coedição em Portugal e no Brasil; mais de 1.050 artigos publicados em vários jornais, sites e blogs; vencedor do III Concurso Internacional de Prosa – Prémio ‘Machado de Assis 2015’, Confraria Cultural Brasil – Portugal – Brasil; Prêmio Fernando Pessoa de Honra e Mérito – Literarte – Associação Internacional de Escritores e Artistas do Brasil’ 2016; Vencedor do “PRÊMIO BURITI 2016”; Vencedor do Troféu Literatura – 2017; Cargos: Presidente do NALAP – Núcleo Acadêmico de Letras e Artes de Lisboa;; Condecorações: Agraciado com a ‘Comenda das Ciências da Educação, Letras, Cultura e Meio Ambiente Newsmaker, Brasil’ (2017); Título Honorífico de Embaixador da Paz; Título Nobiliárquico de Comendador, condecorado com a ‘Grande Cruz da Ordem Internacional do Mérito do Descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral’ pela Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística; Doctor Honoris Causa en Literatura” pela Academia Latinoamericana de Literatura Moderna y la Sociedad Académica de Historiadores Latinoamericanos.

