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Segundo capítulo: IHGGI realiza pesquisa histórica e estuda um outro aspecto do Tropeirismo

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logo IHGGI‘O tropeirismo como fator de unidade nacional’ – parte II

 Alba Regina Franco Carron Luisi, confreira responsável pelo Departamento de História do IHGGI propôs a formação de um Grupo de Estudos sobre o tema e espera receber contribuições de estudiosos sobre o tema ‘”O tropeirismo como fator de unidade nacional”, que abordará o papel do tropeiro em todos os ciclos econômicos da História do Brasil. O material está sendo publicado pelo saite do IHGGI: http://ihggi.itapetininga.com.br/wp-admin/post.php?post=541&action=edit

Plano de trabalho:
INTRODUÇÃO – o tropeiro
CICLO DA CANA DE AÇÚCAR
AS DROGAS DO SERTÃO
A DESCOBERTA DO OURO
 CICLO DA PECUÁRIA -AS TROPAS
 CICLO DA BORRACHA
CICLO DA ERVA MATE
CICLO DO FUMO
CICLO DO CACAU
CICLO DA CAFÉ
CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO DO TRABALHO:
Segundo Claudio Barbosa Rocco, coordenador do Histórianet:” A palavra “tropeiro”
deriva de tropa, numa referência ao conjunto de homens que transportavam gado e
 mercadoria no Brasil Colônia. O termo tem sido usado para designar principalmente
o transporte de gado da região do Rio Grande do Sul até os mercados de Minas Gerais
e posteriormente São Paulo e Rio de Janeiro; porém há quem use o termo em
momentos anteriores , como no “ciclo do açúcar” entre os séculos XVI e XVII,quando
várias regiões do interior nordestino se dedicaram à criação de animais para
comercialização com senhores de engenho.”

Os estudiosos que quiserem participar deste estudo do IHGGI podem entrar em contato com o Instituto através do endereço ihggitapetininga@gmail.com ou diretamente com a confreira Alba Regina Franco Carron Luisi, coordenadora deste Grupo de Estudos. 

CAPITULO 2

O Tropeiro no ciclo do açúcar

(por Alba Regina Franco Carron Luisi)
A base da economia era o engenho de açúcar, unidade de produção de açúcar , que utilizava a mão de obra escrava e tinha como objetivo principal a venda de açúcar para o mercado europeu.

Existia a produção de tabaco para moeda de troca por escravos, e a produção de algodão para a confecção de tecidos usados para roupas para os escravos e pessoas com

menor poder aquisitivo, os trabalhadores livres.

Em www.administradores.com.br, encontramos o artigo de Paulo Ricardo Salvati, bacharel em Administração pela  Escola Superior de Administração, Direito e Economia- Rede Laureate Internacional Universities de Porto Alegre- RS (atual Fadergs ), usando como referência biblio gráfica” Síntese da  Economia Brasileira 7 edição, Ed.LTC-S. Paulo , 1999 de Milton Braga Furtado .

“ Este subciclo (pecuária) foi uma conseqüência da expansão da produção do açúcar. O gado era originário do arquipélago de Cabo Verde e juntamente com os cavalos , fora introduzido ao Brasil através de São Vicente para atender as demandas da agroindústria do açúcar em 1534.

Os rebanhos introduzidos por São Vicente expandiram-se pelo litoral até o sul, em  Viamão, onde passaram a se misturar com os rebanhos originários das colônias

espanholas. Porém Tomé de Souza trouxera maiores volumes de rebanhos para atender a agroindústria açucareira da Bahia e Pernambuco; os objetivos principais dos rebanhos eram de suprir a carência de transporte e tração animal para mover as moendas e em segundo plano sua carne servia como alimento principalmente dos escravos. Porém , com o tempo, os rebanhos passaram a danificar as plantações de cana de açúcar, sendo assim uma lei fora baixada limitando a manutenção dos rebanhos fora da área litorânea, transferindo-se para o interior………….

Assim sendo, com o tempo, além de prover os engenhos com a tração animal e transporte e a população litorânea com a carne , também passou a desenvolver a indústria do couro, fazendo com que a pecuária deixasse de ser dependente para se tornar uma atividade autônoma, originando a civilização do couro que caracterizou o panorama econômico e social do sertão nordestino do século XVII.

Inicialmente, o couro servia para embalagem para exportação………….

O aumento do consumo de carne bovina e a abundancia de sal no nordeste propiciaram a industrialização da carne salgada”.

Os tropeiros levavam imensos fardos de produtos diversos por uma região que cada vez mais se alargava graças aos inúmeros vilarejos que surgiam ligados ao desenvolvimento provocado pela pecuária que se ampliava cada vez mais , pois os animais eram criados soltos.

Na região sul, o gado introduzido na Capitania de S. Vicente também se interiorizou e se misturou com  o que vinha dos Andes e de Buenos Aires , povoando as campinas

riograndenses .

Os bandeirantes a partir de 1639 começaram as tropeadas , com a tomada dos animais reunidos por jesuítas e índios aldeados ,e mulas criadas pelos espanhóis

numa região onde era comum o relacionamento entre portugueses e espanhóis.

No livro “Tropeiros de Mula: a ocupação do espaço , a dilatação das fronteiras” (Gráfica Editora Berthier Ltda, Passo Fundo, 2004), o historiador Pedro Ari Veríssimo

da Fonseca, chama a atenção para um dos fatores econômicos fundamentais na ocupação das terras americanas- a pecuária e sua conseqüência imediata, o tropeirismo.

Eram as antigas estradas usadas pelos indígenas que serviam de ligação entre o Rio Grande do Sul e São Paulo, Uruguai e outras regiões do sul.

Segundo Roberto C. Simonsen em “História Econômica do Brasil  (Companhia Editora Nacional, São Paulo, 5 edição, 1967 , p 159), em 1610 tropeava-se de Santa Fé para o Peru nada menos de um milhão de cabeças de gado (Peru e Bolívia empenhavam-se na extração de ouro e prata e recebiam provisões( gêneros agrícolas, animais de tração e panos grosseiros) das regiões hispano-americanas, principalmente sul da América do Sul, a partir do norte da Argentina.

Helio Rubens
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