setembro 16, 2024
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Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo: 'Evolução técnico-científica da humanidade'

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Diamantino Lourenço R. de Bártolo

Evolução técnico-científica da humanidade

A situação da pessoa humana, neste planeta Terra, ao que tudo indica, não está completamente desvendada, porque se há questões que em relação ao passado estão esclarecidas, pelo menos até que novas teses se apresentem a contrariar as teorias já elaboradas, outro tanto não se verifica quanto à sua verdadeira situação atual e, muito mais difícil se coloca no que respeita a ter-se uma informação credível quanto ao futuro.

A importância do progresso cultural é cada vez mais premente. Esta dimensão da sensibilidade e do conhecimento humanos, entre outras, naturalmente, diferencia-nos totalmente dos restantes seres, que connosco coabitam neste planeta, por isso: «Podemos dirigir o desenvolvimento cultural ou deixá-lo ir ao sabor do acaso. Podemos deixar, também, que o nosso meio ecológico se assemelhe ao do lago interior (…) quando ele de novo se enche e atinge a saturação populacional. Temos de escolher entre dirigir o nosso destino ou nos prepararmos todos para um destino “inevitável”.» (KERSTIN e ALFVÉN, Hannes, 1969:51).

Toda a pessoa é mortal (verdade de Monsieur de La Palice), por isso, independentemente de tudo o que fizer, para que tenha uma vida saudável, feliz e de sucesso, não pode perder de vista que: «Afinal, o destino da humanidade, mesmo a longo prazo, não nos deve ser de todo indiferente. Mesmo aqueles, entre nós, que não acreditam na imortalidade pessoal, religiosa ou metafísica, sentem a necessidade de uma consolação diante da morte inexorável e pensam naquilo que, apesar de tudo, deixarão para a posteridade.» (Ibid.:60).

Hoje, primeiro quarto do século XXI, a influência, positiva, também negativa, em situações de radicalismos diversos, da investigação científica e da tecnologia, é um dado adquirido, uma autêntica revolução “silenciosa” que: ou se acompanha e dela se extrai o maior proveito; ou se fica para trás, e cada vez mais longe da resolução dos problemas que a toda a humanidade afeta.

É evidente que: com a produção técnico-científica, cada vez a pessoa humana é mais dependente, menos conhecedora, porque o conhecimento se vem fragmentando, num aumento imparável de especializações; hoje, ninguém pode garantir “para onde vamos”, no que se refere à alma/espírito/consciência, ou qualquer outra designação que se lhe queira dar, obviamente, para os crentes na existência de uma outra dimensão, talvez metafísica, da pessoa humana.

Por outro lado, também se ignora para onde caminhamos em termos científicos e tecnológicos, e à volta destes dois poderosos meios de desenvolvimento humano, criam-se vários cenários, para o bem e para o mal, por isso: «Talvez a reação mais importante, a mais significativa para o futuro de todos nós, esteja contida na frase “explosão de expectativas”, explosão de esperanças – talvez de esperanças frustradas.» (Ibid.:71).

Precisamente, é através do aprofundamento científico da genética, da medicina, da biologia e de outras ciências afins, que a qualidade e longevidade de vida das pessoas, não de todas, se vem consolidando, o que provoca um aumento demográfico, para o qual a sociedade, através dos seus governantes e outros responsáveis, deve estar preparada.

O aumento demográfico da população, também transporta, em si mesmo, alguns problemas, um deles prende-se com a insuficiência de alimentos para tantos milhões de seres humanos e assim, por exemplo: «A diminuição da mortalidade infantil mostra que são muitas as crianças salvas para a vida, mas para viver na miséria. Salva-se o povo de morrer de peste apenas para que pereça de fome» (Ibid.:78).

Podemos interrogarmo-nos sobre: até que ponto não se torna premente que a ciência e a tecnologia, juntamente com os decisores políticos e outras entidades beneméritas, não devam promover o conforto das populações? Desenvolvimento científico, tecnológico e cultural, sem acompanhamento dos meios para o bem-estar geral das populações, não será uma autêntica frustração?

Ninguém ignora que há setores, e individualidades, da sociedade que muito podem contribuir, para que as populações dos diferentes países, tenham uma vida mais digna, verdadeiramente humana, no seu sentido mais nobre e sublime: Governos, Escolas, Igrejas, Empresas, a Comunidade, com os respetivos líderes.

Cometer-se-ia um erro tremendo, se se ignorassem os diversos poderes que contribuem para o equilíbrio das comunidades e das nações, destacando-se, talvez pela forte penetração e influência, os poderes: Político, Económico e Comunicação Social que, modernamente, estão envolvidos em, praticamente, todas as atividades que dizem respeito às pessoas singulares e/ou coletivas.

Bibliografia: 

(KERSTIN e ALFVÉN, Hannes, (1969). Aonde vamos? Realidade e destinos da humanidade. Tradução, Jaime Bernardes da Silva. S. Paulo: Círculo do Livro S.A.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo

Presidente do Núcleo Académico de Letras e Artes de Portugal

NALAP.ORG

 

 

 

 

 

 

 

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