Ode à escola La Salle*
Ó patrimônio Cultural da nossa História. O perfume d’alma o remomoriza!
Teu suave sino plange e ora, fala de nossa flora, ó bela Escola Lassalista!
Lá salve, lá salme o La Salle pioneirista!
Em tardes alaranjadas que o dia desarvora, tua educandade resplendora, como os cílios de ouro no olhar da Aurora… sobre tua liça!
Lá valsem, ó La Salle, os primazes lecionistas!
Adeja a gentileza de tuas luzes meigas em cintilares!
Rememorá-lo e recordá-lo, docemente vale!
Teu sino ecoou-se e bem ressoou-se entre tuas árvores folhou-se, ao som doce do La Salle!
Teus mestres em cantatas celestes, no serafinizar de preces dos educandares …
Lá farfalhe, lá exale o La Salle!
Cinco pontas resplandecentes da estrela Lassalista, missionando os Continentes em quatro séculos didatistas!
Lá salve, lá salte o La Salle irmanista!
Grande sala em que o Sol se cabe! E faz-se aluno da própria luz que lhe arde!
Na safra das luzes mais puras…Teus alunos colhem estrelas maduras…No silêncio de tuas leituras, ó La Salle!
As pétalas dos astros sobre o teu átrio, néctam o impacto de tuas fases!
Lá fazes o oásis do La Salle!
Ó escola vera que a luz encerra, és a noiva das Eras…A estrela gentil dessa terra!
No voejar do tempo em passe…
Lá estrale, ó La Salle, os teus luares audazes!
E te velas!
Seus alunos são tua glória. A resplandência lúrica centelham e espelham.
Compuseram o Hino da Aurora. E acenderam novas estrelas!
Lá fazes, ó La Salle, as fases obreiras!
A luz axiomática de tua docência prática, em missão querubínica didática, acenderam novas Galáxias inteiras!
Lá inale, ó La Salle, os aromas suaves de essência primeira!
Muito nos abraça a vida…
Saber suas estradas bonitas!
Legado das Dioceses no século dezessete…sob os harpejos celestes, ó luz Lassalista!
Lá trazes, ó La Salle, em primazes, a vida!
Doze irmãos, em prece, seguem, prosseguem e chegam alegres em Porto Alegre…
À convite da Arquidiocese, ei-los lá educandistas!
Lá comprazes, ó La Salle, as pertinazes mãos obristas!
Que a brisa do saber há nos solvido, entre lâmpados de teu céu risonho…
Ao anelo curial d’anseios auridos…Na origem pura da valsa dos sonhos!
Lá vale, o La Salle, a eternidade de que proponho!
Alta expressão da rondonopolidade…
Ah, as gerações na ciranda de teus recreios!
No infinito de tua perenidade há a arte lavrada dos pioneiros!
Lá salte, lá alce o La Salle, em tom primeiro!
Belo castelo pedagogo!
Que promanam do facho dos ensinares…
Formosos revérberos de teus ministrares…
Em angélicos e seráficos coros!
La Salle, lá sabe que lá cabe o nosso povo!
Ó mui bendita rede altruísta de João Batista de La Salle!
O francês educador que a classe popular escolarizou, sob a grandeza de seu labor e fraternidade!
Sala em que há esculpido o mastro dos astros em exercício… Na pulsão, então, do espírito da educandade!
Lá está o perpetuar do ensinar e do amar, ó La Salle!
Que os poderes plexos das forças volumosas do Universo…
Convirjam, n’um fulgor, devagarinho, o futuro da lição e do seu carinho…
Porque as árvores de teu remanso eterno alfabetizaram nossos colégios e nossos passarinhos!
La Salle, lá fale que muito vale o seu caminho!
Frondosidade de suas felizes árvores absolutas e impolutas!
Beleza rondonopolitana c’as raízes lontanas que delas emanam e vessutam!
Lá embale, ó La Salle, o charme de quem estuda!
A dança de teus escritos…
Nos dedos dos pioneiros bailaram…
Aos ecos bonitos deste céu em chuvisco…
Em desenhos anuviados!
Lá assinale, ó La Salle, os cartazes estudados!
Seis décadas magistéricas na cidade…
Templo do saber criativizado…
Atino plínio da historicidade…
Rio que corre entre rochas do aprendizado!
Lá trajes, ó La Salle, os loquazes do eternizado!
Na cidade ainda campanária…
Historiografastes o teu Educandário!
O futuro soletrante nas lições diárias…
C’o altruir ministroso de teu alampadário!
Lá iguale, ó La Salle, as diversidades do ser planetário!
As árvores despertam em teu espaço, e vergam…
E frondejam c’os ventos da outonia…
Semelham prostrar-se em preces que se eternam…
Sob as dadivosas graças da sabedoria!
Lá jazes, ó La Salle, em perspicazes maestrias!
O som dos passos das estrelas…
Sobre a estrada de tua Lassalia…
Nosso Rio de águas vermelhas…
Canciona o bioma da rondonopolia!
Lá sabe, o La Salle, as tenazes de sua valia!
Colégio brando que segue irmanando…
Arcanjo insígne dos anos…
Mentor dos maiores valores humanos…
Nos olhos de teus estudantes… velam-se os astros mais brilhantes, adelantes e avantes conversando!
Lá salve o La Salle, os aprazes diocesanos!
Lá pregue que o La Salle segue, quão leve, Lassalando!
Alfabetitório das ciências e das artes!
O lugar de excelência lhe cabe!
C’o espírito límpido da cristandade…
Lá traces, ó La Salle, os verazes astros brilhando!
Teus lábios ridentes aludem …
Ao legado original Lassalista …
Os brilhos do saber em mansuetude …
Ladrilham a magnitude triunfalista.
Lá prevale, lá equivale o Lá Salle seculista .
La Salle, lá salve a sala de estar da arte, da ciência e da vida!
Suziene Cavalcante– Poetisa brasileira
Hino em homenagem à escola La Salle de Rondonópolis (MT)
Pedagogia La Salle
* A pedagogia de La Salle chegou ao Brasil em 1907, trazida por um grupo de 12 Irmãos Lassalistas que chegaram ao Brasil à convite de Arquidiocese de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Ali, os irmãos estabeleceram as primeiras comunidades educativas Lassalistas e depois de 30 anos de muito trabalho na Região Sul, sua missão expandiu-se em direção ao centro do país.
Proposta Educativa
- Hino à Psiquiatria (Ode ao cérebro humano) - 13 de setembro de 2024
- Hino ao CAF- Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe - 3 de setembro de 2023
- Suziene Cavalcante: 'Sílvia Paula: Nívea áurea, a irmã da minha alma' - 28 de abril de 2023
Natural de Rondonópolis (MT), é bacharel em Direito, Letras e Teologia, policial estadual em Mato Grosso, poetisa, escritora de contos revolucionários, compositora e cantora cívica, com livros publicados em diversos segmentos: jurídico, poético-literário, ficção-romance, biográfico, contos, prosa etc. Autora do livro ‘A História de Cuiabá em Poesia – 300 anos’. É Embaixadora Cultural da AIAP – Academia Intercontinental de Artistas e Poetas e coordenadora do Projeto Arte Jurídica/2° Juizado TJ-MT. Autora de hinos de várias entidades, dentre as quais, ONU; Universidade de Sorbonne, OAB Nacional, Magistratura Federal; UFR- Universidade Federal de Rondonópolis e ABL- Academia Brasileira de Letras. É biógrafa museal de personalidades pátrias célebres, dentre as quais Cora Coralina, Carlos Drummond de Andrade, Oscar Niemeyer e Dom Aquino Correia, biografias escritas no formato poético-literário-histórico. Na senda biográfica-poética, escreveu sobre Fernando Pessoa; Juscelino Kubitschek; Cecília Meireles e a História de Rondonópolis.