Com exclusividade absoluta o ROL obteve uma entrevista com o fundador do Núcleo MMDC de Itapetininga, professor Jefferson Biajone.
Em entrevista ao nosso jornal, o professor Jefferson Biajone diz que fundou o núcleo MMDC de Itapetininga em 12 de julho de 2011 para “resgatar e preservar a memória e os feitos dos paulistas que participaram na Revolução Constitucionalista de 1932 no Setor Sul do Estado de São Paulo, em especial a luta empreendida por voluntários itapetininganos nos combates que se deram em várias cidades da região”. Nesta entrevista, o professor conta que importantes realizações foram obtidas no resgate da epopeia de 32 no setor sul por conta do apoio de várias personalidades e entidades, apesar de sua maior dificuldade nesses trabalhos residir na ausência de pesquisadores interessados em retratar o movimento revolucionário paulista. O professor encerra sua entrevista apontando para a importância de se estudar o passado para que possa projetar o futuro.
Como ferramenta de trabalho, Jefferson Biajone emprega a internet, ao manter o portal do Núcleo MMDC de Itapetininga (http://mmdc.itapetininga.com.
Jefferson Biajone é docente da Faculdade de Tecnologia (Fatec) de Itapetininga, onde leciona disciplinas na área de Matemática e de Inglês. É doutor em Ensino, mestre em Educação e licenciado em Matemática e Letras. Acadêmico titular da cadeira de nº 14, patrono Domingos José Vieira, da Academia Itapetiningana de Letras e membro benemérito do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga. Pertence também à Associação dos Ex-Atiradores e Amigos do Tiro de Guerra de Itapetininga (AEATGI) entidade que auxiliou na fundação em 2015. Residente em Itapetininga desde 2011, o professor, em parceria com intelectuais e mecenas locais, teve (re)editado os livros “Itapetininga: heróis, feitos e instituições” (Regional, 2012); “Patriotas Paulistas na Coluna Sul: edição comemorativa dos 90 anos da Revolução de 1924” (Regional, 2014); “Heroísmo Desconhecido: edição comemorativa dos 90 anos da Revolução de 1924” (Edição digital, 2014); “Continência a Morte: edição comemorativa dos 70 anos do Dia da Vitória” (Regional, 2015) e “Cruzes Paulistas: edição comemorativa dos 80 anos de Cruzes Paulistas” (Edição digital, 2016) e “Cruzes Paulistas: edição comemorativa dos 85 anos da revolução constitucionalista de 1932 ” (Regional, 2017).
Além dos livros que resgatam históricos de ex-combatentes nas revoluções de 1924, 1930, 1932 e Segunda Guerra Mundial, há também o trabalho de homenagem que realiza, o que tem envolvido a afixação de placas alusivas à condição de hospitais de campanha, enfermaria, paiol de munições, aquartelamentos e teatro de operações de diversos estabelecimentos e localidades históricas no município e região; a afixação de placas de homenagem em túmulos de ex-combatentes com acesso aos seus históricos de vida via QR CODE (Projeto Morada de Heróis) e a inauguração de monumentos em solenidades cívicas diversas, a citar os monumentos aos Bravos de Itapetininga que lutaram por São Paulo, a 3 de outubro de 2011, na sede do 22º BPM/I; aos Heróis Itapetininganos de 1932 e 1945, a 10 de Julho de 2012, no Cemitério Municipal de Itapetininga; Praça 9 de Julho, a 24 de maio de 2012, em Buri; aos Heróis de Buri que lutaram por São Paulo, a 16 de Julho de 2012, em Buri; Praça Campina de Heróis, a 17 de Maio de 2014, em Campina do Monte Alegre; Praça Osvaldo Raphael Santiago, a 9 de Julho de 2014, em Itapetininga; aos Gaviões de Penacho: aviação constitucionalista, a 15 de Julho de 2014, em Campina do Monte Alegre; ao Soldado Constitucionalista Octávio Seppi, a 8 de Julho de 2015, na Floresta Nacional de Capão Bonito; Taquaral Abaixo – a última trincheira do Setor Sul, a 17 de Outubro de 2015, em Capão Bonito e aos Gaviões de Penacho – Aviação Constitucionalista, a 1º de Julho de 2017, em Itapetininga.
Seus trabalhos de resgate da memória e dos feitos de ex-combatentes também se debruçam sobre o histórico da participação de itapetininganos na Força Expedicionária Brasileira (FEB) durante a Segunda Guerra Mundial (1944-1945). Para tanto, fundou e realiza a gestão do Portal dos Ex-combatentes de Itapetininga (http://pec.itapetininga.com.
Eis a íntegra da entrevista:
ROL) Há cinco anos o senhor foi um dos fundadores do Núcleo de Itapetininga do MMDC. Qual era o eu objetivo?
ROL) Nesse tempo de existência, o Núcleo conseguiu quais resultados positivos?
Nesses últimos cinco anos de fundação do núcleo MMDC, podemos citar as principais realizações a seguir: 1) o resgate e divulgação na rede mundial de computadores da memória e dos feitos das histórias de vida de dezenas de ex-combatentes voluntários e militares da Força Pública e do Exército Brasileiro em 24 municipios do interior do Estado de São Paulo, incluindo na capital. 2) A inauguração de oito monumentos em homenagem aos revolucionarios de 32 em quatro municipios históricos da região, a saber, Itapetininga, Buri, Capão Bonito e Campina do Monte Alegre. 3) A colocação de dezenas de placas de ex-combatentes em túmulos de cidadãos que vivenciaram essa condição na revolução e que sepultados estão em cemitérios de itapetininga e São Paulo. 4) A colocação de placas contendo QR Codes em túmulos de ex-combatentes que permitem acesso a história de vida desses cidadão via dispositivo movel, um trabalho realizado em parceria com a Fatec de Itapetininga, o Portal dos Ex-Combatentes de Itapetininga e com o Instituto Histórico Geográfico e Genealogico de Itapetininga. 5) A colocação de dezenas de placas comemorativas da condição de quartel general, hospital de sangue, enfermaria e quartel de tropas durante a RC32 nos predios do DER, E.E Peixoto Gomide, Loja Maçônica Firmeza, CRI, Clube Venâncio Ayres, Cemitério Municipal e no Tiro de Guerra de Itapetininga. 6) A realização de palestras e entrevistas em variadas entidades culturais locais e regionais. 7) A publicação de artigos, ensaios, livros acerca da revolução em variadas mídias. 8) A concessão de diplomas de honra ao mérito e medalhas em grau post mortem a ex-combatentes falecidos em combate e 9) A realização de dezenas de eventos comemorativos acerca da RC32 em Itapetininga e em outras cidades da região. Mais recentemente foi realizada a concessão de um banner contendo QR Codes que dão acesso ao histórico de vida dos jovens do MMDC ao monumento e mausoléu do Soldado Constitucionalista de 32 em São Paulo.
ROL) Como ele se mantém e quais as principais dificuldades que enfrenta?
ROL) Quais são os projetos que estão sendo desenvolvidos pelo Núcleo?
ROL) Porque é importante preservar a história?
A cultura de um povo é o seu maior patrimônio, assim sendo, preservá-la é resgatar a história, perpetuar valores e possibilitar com que as novas gerações não vivam sob as trevas do esquecimento que está sempre a ameaçar a memória e os feitos das gerações passadas. Cabe a todo cidadão cultuar o seu passado para que possamos todos ter um referencial para o futuro.
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É fundador e um dos editores do Jornal Cultural ROL e do Internet Jornal. Foi presidente do IHGGI – Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapetininga por três anos. fundou o MIS – Museu da Imagem e do Som de Itapetininga, do qual é seu secretário até hoje, do INICS – Instituto Nossa Itapetininga Cidade Sustentável e do Instituto Julio Prestes. Atualmente é conselheiro da AIL – Academia Itapetiningana de Letras.