maio 14, 2024
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No Quadro de Colunistas do ROL, as letras lusitanas de Carla Pimenta!

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Carla Pimenta traz de Silveira, freguesia do município de Torres Vedras, o sabor das letras de Portugal

Foto da colunista Carla Pimenta
Carla Pimenta

CARLA PIMENTA, natural de Silveira – Torres Vedras – Portugal, é administradora da APEAL – Academia Portuguesa de Escrita e Arte Lusófona, do grupo Poem’Art, Pieces of My Soul e da página de autora De Volta Com o Salto Alto.

Autora do livro de poesia ‘Príncipe de Gelo’ e prefaciadora dos livros: ‘AFRICANAMENTE’ do escritor angolano Ramiro Gomes, publicado em Angola; ‘Esses Difíceis Amores’, de Miguel Ângelo Teixeira e ‘Milagre do Coração’, de Vitor Sérgio Agostinho, publicados em Portugal.

Coordenadora das colectâneas: ‘Por Caminhos Lusófonos’; ‘Entre Fronteiras – Vidas em Dois Mundos, da APEAL e ‘Dos Sonhos à Realidade’, das Edições o Declamador. E coautora de mais de 50 colectâneas.

Coordenadora dos eventos solidários ‘Quatro Corações Por Caminhos Lusófonos’, com o lançamento das colectâneas ‘Por Caminhos Lusófonos’ e ‘Entre Fronteiras – Vidas em Dois Mundos’, na cidade de Torres Vedras, Portugal.

Participa regularmente de programas de rádio em Portugal, Angola, México, Venezuela e Colômbia e é colaboradora da Helicayenne Magazine Portugal.

Em 2021, participou no Brasil dos projetos literários ‘Olho de Belize’, de Mariana Belize e ‘ComPar Poesia’, de Mário Belolli.

Inaugurando sua participação no ROL, Carla apresenta o texto reflexivo ‘Pesca à cana – Desporto solitário ou momento de introspecção?’

Pesca à cana – Desporto solitário ou momento de introspecção?

A pesca é definida como sendo “… um desporto que consiste em apanhar peixe, de água doce ou salgada, com uma cana, linha e anzol.” (Infopédia), mas será assim tão simples e linear? Para conseguir entender um pouco mais sobre este desporto que me transmite uma sensação de solidão ou de introspecção ouvi atentamente Vítor Fernandes sobre uma jornada de pesca.

Na sua opinião o “ir à pesca” começa pelo estudo das luas e marés, condições atmosféricas, temperatura das águas afim de determinar qual o melhor dia e hora, pela escolha do “quintal” onde pescar, a preparação de todo o equipamento de pesca, nomeadamente as canas com todos os seus utensílios e o isco a usar, tudo de acordo com o peixe que se pretende apanhar.

Vítor Fernandes diz que não é tarefa fácil passar uma noite junto ao mar nesta demanda que tantas vezes faz e que lhe dá um especial gosto quando a faina é farta, ainda assim, quando o peixe é escasso e o seu retorno a casa é feito apenas com alguns peixes no balde não desiste de voltar outra noite quando as condições necessárias se reunirem, o gosto pelo mar é algo que não o deixa desistir.

Entre douradas, robalos, linguados, corvinas ou raias, Vítor já pescou um pouco de tudo. O sabor único que encontra naquele pescado quando em família o degustam é algo que o impele a voltar para junto do mar em novas demandas.

Vítor salienta que para além de todo o trabalho de rectaguarda feito, é necessário ter capacidade de resistência tendo em conta que uma noite é passada acordado junto ao mar andando de um lado para ao outro quer na procura de acompanhar o seguimento da maré, quer nos cuidados com as canas quando mais que uma é colocada nas areias, assim como paciência para a espera da mordida do peixe no isco colocado no anzol algo que pode demorar algum tempo a acontecer.

A qualidade quer do isco quer das canas pode influenciar todo este acto de capturar peixe, pelo que Vítor procura sempre um bom isco assim como canas que reúnam características como “…um misto de potência, leveza e também alguma sensibilidade (o que as distingue de outras topo de gama) embora tenham sensibilidade são canas muito potentes, o que permite que sejam canas extremamente polivalentes…”.

A pesca noctura, para Vítor, deve-se ao facto de ser mais fácil capturar exemplares de maior porte, haver uma maior possibilidade de escolha do local onde coloca as suas canas, durante o dia torna-se difícil devido aos surfistas, ao número de pessoas que estão na praia a usufruir da mesma, uma vez que é durante os meses de verão que efectua a sua actividade piscatória.

O acto de pescar pode ser visto como comercial, neste caso específico de pesca à cana/linha o pescado poderá ser para um comércio pessoal e local entre amigos, nunca será de grande amplitude; Competitivo onde os intervenientes competem entre si pelo melhor pescado que será avaliado por um júri; ou meramente de lazer devido aos momentos de relaxe, de introspeccção que o acto de pescar pode proporcionar estando junto ao mar.

Pesca, uma das actividades ancestrais iniciadas para a subsistência do ser humano é hoje, para pescadores como Vítor Fernandes um acto de puro lazer, um contacto com o mar, momentos de contemplação a um mundo que merece todo o nosso respeito.

Se ao iniciar este artigo mencionei que esta actividade “me transmite uma sensação de solidão ou de introspecção”, afirmo agora que contemplação, admiração e gratidão são as palavras chave retidas na conversa com Vítor Fernandes.

Fica a sugestão de uma noite dessas embarcar numa aventura de pesca à cana.  

Carla Pimenta


Fontes de pesquisa:

https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$pesca

https://www.pesca-pt.com/linhas-pesca

Opinião de Vítor Fernandes

Fotos de autoria e cedidas por Vítor Fernandes e Maria Júlia Magalhães


Contatos com a autora



Voltar: http://www.jornalrol.com.br

Sergio Diniz da Costa
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One thought on “No Quadro de Colunistas do ROL, as letras lusitanas de Carla Pimenta!

  1. Parabéns, querida Carla Pimenta. Que o ROL lhe traga muitas alegrias e realizações, como vem trazendo à minha vida. Bem vinda!

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