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LUDOPATIA

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O leitor participa: Marino Rampazzo: Artigo ‘Ludopatia – Transtorno do jogo: significado, sintomas e causas’

Marino Rampazzo
Marino Rampazzo
Ludopatia
Ludopatia
Criador de imagens do Bing

Os ‘novos vícios’, ou ‘vícios sem substância, referem-se a uma ampla gama de comportamentos: entre estes encontramos o jogo patológico, as compras compulsivas, o workaholism, os vícios em internet e outros.

Na nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – pela primeira vez, juntamente com transtornos por uso de substâncias no capítulo ‘Transtornos relacionados

a substâncias e transtornos de dependência’, o Transtorno de Jogo (TAG), que já havia sido classificado como um transtorno de controle de impulsos.

O jogo patológico também é frequentemente chamado de GAMBLING ou vício em jogo.

O vício do jogo é a incapacidade persistente de gerir e resistir ao impulso de realizar comportamentos destinados ao jogo.

Esses comportamentos, geralmente persistentes e gradualmente intensificados, afetam o funcionamento da pessoa em outras áreas da vida, como família e trabalho.

 O transtorno do Jogo é definido como um problema de comportamento persistente e recorrente relacionado ao jogo que leva a sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo.

O jogo pode ser definido como uma forma de comportamento que envolve apostar dinheiro ou objetos de valor nos resultados de um jogo, corrida ou qualquer outro evento cujo resultado é incerto e determinado por um certo grau de probabilidade.

Os ganhos e perdas em jogos de azar são, pelo menos em parte, atribuíveis ao acaso e não a uma maior ou menor habilidade do jogador (ao contrário dos jogos competitivos).

A etimologia da palavra ludopatia indica que esta palavra parece ser composta por elementos de origem grega e/ou latina: ludo- isto é, relativo ao jogo, e -patia (do grego, termo que indica um estado de sofrimento, doença). O vício do jogo indicaria, portanto, a doença do jogo.

O significado da dependência do jogo como doença do jogo tem sido mais difundido através dos jornais e meios de comunicação social e, posteriormente, também através de projetos promovidos por diversos organismos e associações, com o objetivo de sensibilizar e enfrentar este problema, e através da utilização deste termo em circulares e leis governamentais.

Note-se, no entanto, que a palavra dependência do jogo não é a utilizada em termos técnicos pelos especialistas das áreas psicológica e médica. Embora por vezes utilizado como sinônimo, em termos técnicos e diagnósticos é sempre referido utilizando a definição de ‘Transtorno do Jogo’.

A causa exata do vício do jogo é atualmente desconhecida. Tal como acontece com a maioria das doenças psiquiátricas, acredita-se que o aparecimento da dependência do jogo patológico esteja ligado à interação desfavorável de fatores biológicos, genéticos e ambientais (em particular, no plano relacional, familiar, social e profissional).

Os principais elementos que podem aumentar a probabilidade de se tornarem jogadores ‘problemáticos’ ou patológicos: a presença de outras condições médicas ou distúrbios psiquiátricos, como ansiedade, depressão, transtornos de personalidade (por exemplo, transtorno borderline), alcoolismo ou abuso de substâncias, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e comportamentos compulsivos; idade jovem: a maioria dos jogadores problemáticos ou patológicos está na faixa etária entre 20 e 50 anos; pertencentes ao sexo masculino: os homens têm maior probabilidade do que as mulheres de jogar e desenvolver dependência.

As mulheres tendem a sentir-se menos atraídas pelo jogo e a desenvolver dependência do jogo numa idade mais avançada, geralmente em conjunto com estados depressivos ansiosos, perturbação bipolar, insatisfação, solidão e retraimento social.

Normalmente, as mulheres desenvolvem dependência mais rapidamente do que os homens; história familiar de jogo patológico ou transtornos psiquiátricos que aumentam a propensão a comportamentos impulsivos/compulsivos; tomar medicamentos (agonistas da dopamina) para o tratamento da doença de Parkinson e da síndrome das pernas inquietas, na presença de uma predisposição neurológica específica, não previsível a priori, para desenvolver este efeito colateral; características de personalidade como: espírito marcadamente competitivo, tendência a trabalhar muitas horas por dia sem realmente precisar ou ser obrigado a fazê-lo (workholism), inquietação/hiperatividade, tendência a aborrecer-se rapidamente.


Marino Otello Rampazzo
Natural de Itapetininga (SP), é formado em engenharia têxtil (Itália), Expert Manager na Gaparin Equipamentos e colunista do Internet Jornal



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Sergio Diniz da Costa
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